Excelente artigo!Promove-nos reflexões,deve ser este o primeiro dos objetivos da filosofia e dos que sabem de sua importância para nossa existência.Todavia ouso aqui escapar dos limites do texto,para encetar-nos a observação de que será tanto mais humanista, o homem que reconhecer que somos seres espirituais passando por uma experiência humana e não seres humanos passando por experiência espiritual.Que Deus nos ilumine a todos!

O ser humano é sempre o mesmo!

Mas será que o Nietzsche e o Heidegger não idealizam um pouco essa Grécia pré-socrática? O ideal de um mundo onde as pessoas enfrentavam de peito aberto todos os dilemas existenciais. São como Euclides da Cunha falando sobre o sertanejo: o grego antigo é antes de tudo um forte, não tem a neurastenia do homem atual.

Indico a leitura de "Sapiens . uma breve história da humanidade". Ali encontramos muitas respostas a essas questões.

Ninguém definiu melhor a condição humana do que H.D. Thoreau quando afirmou que "a maioria das pessoas vive uma vida de desespero silencioso." Nos somos a nossa história genética, controlados pela nossa ansiedade natural e agressividade; a territorialidade exacerbada e a necessidade hierárquica são manifestações sociais disso. Nossa necessidade de pertencer a grupos nada mais é do que o reconhecimento de que somos biologicamente solitários; ninguém pode sentir a dor do outro, apenas imaginar.

O que existe de novo sob o sol, são as construções científicas e técnicas humanas, todo o resto continua igual, sentimentos, motivações, angústias humanas, são as mesmas de sempre.

Nâo há nada de novo debaixo do sol; sempre a mesma impotência do desejo diante de tudo isso que você já descreveu, e sempre a mesma contínua luta do desejo para se impor por alguma brecha esquecida, por um descuido da razâo. Talvez a realizaçâo dos desejos sejam tâo exultantes e valorados exatamente devido a essas dificuldades, talvez por serem tâo raros e nos encontrarem tâo sedentos deles. Apenas isso! O importante é sabermos que existem brechas na razâo pois nâo há nada perfeito no humano!