Acreditar que a empregabilidade está evoluindo nos EUA graças ao Trumpalhão é o mesmo que concluir que Luluzinho foi o arquiteto da evolução das commodities que alavancaram o crescimento do Brasil no inicio do século. Afinal, nenhum dos dois criaram nada, apenas surfaram nas obras dos antecessores.

O texto de Paul Krugman aponta, como em outros de sua lavra, o declínio de uma política que garanta, entre os americanos, atendimento básico aos mais pobres. O modelo de governo adotado por Trump, privilegia a concentração de renda, e isso implica simplesmente menos investimentos sociais. Sem o mesmo rosto embrutecido de Trump, é o que exatamente se está implantando no Brasil.

A análise dos caminhoneiros está confusa. Se há escassez de mão de obra como os rendimentos estão em queda? A não ser que o cartel (sindicato) fosse realmente muito eficiente no passado. Se é isso, o Krugman defende a formação de cartéis?

Para um brasileiro que não acompanha a realidade americana o texto é muito esclarecedor. Interessante notar a postura dos governantes antes e depois de assumirem o poder. Mesmo em democracias plenas. Pelo texto perde muito a classe trabalhadora americana, justamente aquela que apostou tudo no então candidato. Será que por aqui serviu o modelo de governar de Trump de inspiração?

Como sempre excelente e pertinente. Pergunto-me por que é tão pouco comentado pelos leitores da Folha.