Marcelo Leite > Por que um periódico científico aceita um artigo moralmente impalatável? Voltar
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Oras, muitos defendem o Temer a ascender a corrupção enquanto esfolar o povo com danos irrevogáveis a Previdência, INSS, saúde, educação, legislação trabalhista. Literalmente voltando um século.
A moral é um assunto individual. Moralismo é impor a nossa moral aos outros. A mente totalitária não distingue uma coisa da outra.
A diferença é óbvia. A exposição era de arte e deve merecer todo respeito de liberdade de expressão. O artigo sobre colonialismo quer ser ciência, mas não respeita as regras do saber cientÃfico porque não traz evidências sólidas que apoiem suas teses. Trata-se de mera opinião que quer ser travestir de ciência. Deu para entender?
Não se pode censurar o Queermuseo e deve-se censurar a revista e o autor que defende as vantagens para os colonizados do colonialismo?
Ciências humanas não têm provas. Tem debates. Por exemplo, O Capital de Marx não prova nada. Artigos fakes de ciências humanas já foram publicados em revistas internacionais sérias e de propósito eram um monte de baboseiras num linguajar de certa esquerda francesa. Tem um autor que diz que a ditadura chinesa atual onde se permite um capitalismo selvagem é o nazismo sem Hitler e ambos são derivados da República de Platão. Deve-se censurar essa reabilitação do nazismo sem a loucura?
Por que a Folha abre espaço para colunistas mais comprometidos com sua própria agenda? Simples: os leitores que julguem. Não gostou? Critique! E ponto! Qual a diferença entre o que sugere o articulista e o que fizeram contra a exposição de arte? Tanto o articulista quanto os defensores dos bons costumes podem espernear a vontade. Se os alvos das crÃticas irão "abrir as pernas" ou não vai determinar em que tipo de mundo iremos viver. Convicção ou covardia.
O artigo em questão trata do colonialismo. Não é ciência exata. Alguém pode discorrer sobre os portugueses no Brasil e encontrar vários pontos positivos e outro pode fazer o mesmo e se concentrar nos aspectos negativos. Se o Brasil seria melhor ou pior caso assumisse os valores da provÃncia ou os repudiasse não dá pra saber. O que o autor fez foi tabular o desempenho das nações hoje e associar os resultados com o tipo de resposta ao colonialismo.
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