A substituição do CD pelo mp3 - ou outro formato digital - é, na verdade, a troca de uma tecnologia precária por outra, apesar de mais atual, também precária. Já entre livros e ebooks, a lógica é outra. O livro é uma solução não-precária, pois é completa, autossuficiente e estável. No livro, tanto o suporte quanto o conteúdo estão integrados, são indissociáveis. Não há condicionantes para para que a função do livro se realize. Os ebooks não substituem os livros. São apenas uma alternativa.

Existem várias lugares e situações que é melhor ter um livro em mãos do que um tablet. Em certas condições, o livro físico é, simplesmente, insubstituível. E essa persistência do livro de papel nada tem a ver com "cheiros", saudosismos, fetiches, idiossincrasias ou "crenças". É de natureza diferente do "revival", por exemplo, do disco de vinil. O livro tradicional, a despeito dos novos suportes, permanecerá porque ele atende e se adapta a todas as condições do mundo real.

O e-book é uma versão do livro "sem alma" . É como se comer um pastel sem recheio ! O livro de papel jamais morrerá . Aliás, podem muito bem conviver ; àqueles que gostam de tudo virtual e cômodo ficam com o e-book. Eu gosto da mídia física ,não abro mão do livro de papel e do disco de vinil .

Estou a algum tempo ensaiando para adquirir um leitor de e-book.

Exato. Tanto que tenho um e-Reader desde 2011. Tem muita gente que ainda prefere livro em papel, porque gosta de pegar, de "cheirar" e outros fetiches, mas tudo isso é bobagem. A possibilidade de carregar uns 500 livros, ler todos ao mesmo tempo (sim, eu faço isso) e deixar que o aplicativo do e-Reader "lembre" em qual página você está em cada um deles... isso não tem preço.