Ruy Castro > Foca de circo Voltar
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Pois é, Ruy... respeito sua opinião e concordo que muito provavelmente o filme não vai tratar a figura do Pelé como ele foi, principalmente no que diz respeito ao contexto histórico. Só o relato da cena do Dondinho vendo a partida da copa pela TV (em 1958), chega a dar calafrios. Mas ainda assim, acho que merece ser visto para depois disso, aà sim fazer a crÃtica que ele merecer, afinal, cada um pode ter percepções diferentes de uma mesma obra.
Pelé, único, incomparável.
Muitas vezes o cinema mostra a realidade como as pessoas gostariam que tivesse sido. Quem iria gostar de ver soldados romanos maltrapilhos e descalços? Melhor ve-los com armaduras reluzentes e coloridas. No filme sobre Jesus, interpretado pelo Tab Hunter, chegaram a depilar as axilas do ator durante a cena da crucificação. Quando o Clark Gable quase beija a Olivia de Havilland no filme E o Vento Levou, ninguém ousaria mencionar o mau hálito que o velho Clark tinha devido o fumo e a bebida.
O velho tinha 39 anos à época, mas já era conhecido pelo hálito pestilencial.
Que eu saiba transmissão ao vivo pela TV só com satélite, e em 1958 o único no ar era o recém lançado Sputnik da URSS. Na transmissão por rádio, acredito que o equipamento das rádios no Brasil, em cada cidade, processava o sinal de ondas curtas e retransmitia em am.
Quando se fala em dinheiro , surgem fantasmas e a enganação contÃnua. Parabéns Ruy pelo esclarecimento.
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