Marcos Lisboa > Os filhos da desigualdade Voltar
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Em uma situação "normal" aos 23 anos, o rapaz ja deveria ter terminado o ensino medio, o reporter não explicou se ele estudava de dia ou a noite, etc.mas com 23 já deveria ter um trabalho e se sustentar. Agora com a mulher grávida e talvez sem estudo ou trabalho a situação vai piorar, pois vão ter que criar um filho e não houve nenhum planejamento.
Há muito o que avançar, mas os números são eloquentes. É uma farsa dizer que no passado era melhor. Evoluiu e muito a partir de 88 com a democracia.
A velha tese batida de que o nosso problema de educação é culpa do governo e falta de verbas públicas. Eu advogo que o problema são a maioria dos professores e a falta de dom para o ensino que faz o aluno odiar a escola e evadir. O aumento de salário traz pouca melhoria apesar de justo. Felizmente, o futuro e a tecnologia nos reserva uma solução: o EAD, que tornará obsoleta a figura do mestre opressor em sala de aula.
Assisti na semana passada um um filme francês, em que um professor sofre para ensinar lÃngua e literatura a jovens da periferia de Paris. É difÃcil entender como essas informações podem melhorar sua produtividade futura. Compreensivelmente eles não estão nem aà para esses assuntos, mesmo porque a maioria vem do norte da Ãfrica e outra tradição cultural. Acho que o Estado podia bancar escolas profissionalizantes. Quem quiser ensino médio teórico que pague por isso.
Qual a finalidade da educação? Martin Luther King a resumia em inteligência e caráter. Eu prefiro resumi-la no desenvolvimento cÃvico, emocional e cognitivo da pessoa. Nem sempre os três são desenvolvidos no âmbito do sistema formal de ensino, ou seja, as escolas. A famÃlia, formadores de opinião e outras lideranças e a própria sociedade desempenham papel importante na formação cÃvica e emocional. Resumindo, os "drop outs" têm maiores desafios, mas nem todos estão condenados a pobreza.
Caro colunista, a solução para este problema obviamente é seguir o seu receituário: juros altos para fazer a festa do rentismo, congelamento (na verdade, redução) de gastos sociais e fé que o mercado vai resolver tudo, inclusive educando todo o povo graciosamente, como já faz o banco Itaú, patrocinador de uma adorável campanha educativa.
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