Comente*

* Apenas para assinantes

comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

  1. Claudio Roberto Cusin

    O Coutinho é o colunista mais inteligente, lúcido e adulto da Folha. O resultado desses movimentos vitimistas é a infantilização da sociedade. A grande maioria dos nossos colunistas segue esse baile do politicamente correto com determinação. Minorias aqui, cotas ali e então conseguiremos consertar a ordem natural das coisas. Na propaganda o movimento avança incontido. A Dove, por exemplo, só utiliza modelos portadoras de belezas que dão um trabalho danado para se constatar.E la nave va...

    Responda
  2. CARLOS EDUARDO CORREA TOLEDO

    Pobre mulher! Sugiro outra explicação para o comportamento dela. Desesperada com a própria solidão, a idade e as poucas oportunidades de partilhar lembranças caras a ela e incapaz de ir para Walden, recorre ao filho, a quem nunca deveria recorrer...

    Responda
  3. Luiz Candido Borges

    Marcelo Pitta, você está se repetindo. Se a proposta da lei francesa fosse PROIBIR a maquiagem das (dos) modelos, eu concordaria com você. Mas não é, trata-se de informar que a maravilha que o espectador vê não é de todo verdadeiro. Isto pode ajudar no discernimento, na criação de senso crítico, não ao conformismo. O que os "liberais" temem é que isso "prejudique os negócios", o seu real interesse, não a maturidade intelectual dos seus consumidores, que é como eles encaram os cidadãos.

    Responda
  4. Luiz Candido Borges

    Complementando, o nosso "liberalismo" é o perfeito simétrico do nosso "esquerdismo". Este, efetivamente deseja tutelar toda a população, unificar as opiniões, tanger todo mundo para o "glorioso caminho do socialismo", como na Venezuela... Já o nosso "liberalismo" parou no século XIX, senhores de casaca de lã inglesa discutindo em francês nas varandas das suas fazendas de café, servidos por escravos, desenvolvendo teorias que provavam que a escravidão era essencial para o progresso do país...

    Responda
  5. MARCELO PITTA COELHO

    Acho um absurdo que seja necessário explicitar que uma foto é retocada, a que ponto chegamos. Quanto mais o governo tentar tutelar os cidadãos, e protegê-los de tudo, menos capazes serão de discernir e de não se deixar influenciar por qualquer bobagem. Estamos criando adultos inimputáveis, incapazes, como crianças.

    Responda
  6. Luiz Candido Borges

    Marcelo Pitta, de fato, não se pode esperar ser tutelado - nem pelo governo nem por qualquer outra instituição - mas há, sim, margem para uma proteção institucional de um governo democrático para coibir abusos (esta proteção não pode ser abusiva!), pois é enorme a assimetria entre o comum da população e grupos de interesses. Por exemplo, a proibição da propaganda de cigarros, assim como do seu consumo em recintos fechados, foi importantíssima para a saúde publica. É responsabilidade, não tutela.

    Responda
  7. MARCELO PITTA COELHO

    Claro que as pessoas podem ser influenciadas, mas precisamos de políticas que as emancipem, e não tutelá-las permanentemente em tudo, senão nunca conseguirão alguma autonomia e independência. É difícil, mas não acho que o caminho seja protegê-las de tudo e evitar qualquer tipo de frustração, que o mundo e a vida inevitavelmente trazem, senão nunca amadurecerão como seres humanos.

    Responda
  8. Luiz Candido Borges

    Marcelo Pitta, eu entendi perfeitamente seu comentário, que faz todo sentido dentro contexto do artigo. Então você admite que as pessoas podem ser influenciadas? É um passo à frente em direção ao óbvio! E as influências a que me refiro não são "qualquer bobagem", eu falo de campanhas publicitárias caríssimas e massacrantes. Você não se deixa influenciar por nada? Parabéns, mas nem todo mundo é um monumento de integridade como você. Eu também sou contra a intervenção do estado - quando excessiva

    Responda
  9. MARCELO PITTA COELHO

    Eu não consumo a maioria desses produtos que são anunciados e para mim não faz a menor diferença o que digam ou deixem de dizer essas propagandas, não me influenciam em nada, não mudo meus valores por causa delas, e nem me fazem mais feliz ou infeliz. As pessoas precisam aprender a confiar mais em si próprias, ter seus próprios valores e não se deixar influenciar por qualquer bobagem, senão continuarão a ser manipulados, e ter sua vida e seu bem estar determinados por valores alheios.

    Responda
  10. MARCELO PITTA COELHO

    Luiz Candido, você não entendeu meu comentário, que não se refere especificamente a esse caso, é um comentário muito mais geral e abrangente sobre o modo moderno de encarar e interpretar o mundo e a condição humana. De qualquer maneira acho um absurdo esse paternalismo estatal que trata os humanos como coitados, ineptos para cuidar da própria vida e interpretar o mundo. Está criando gerações de seres infantilizados e incapazes de encarar o mundo e suas inevitáveis frustrações. Passar bem.

    Responda
  11. NELSON PRADO ROCCHI

    Ufa! Ainda bem que existe ainda vida inteligente na Folha.

    Responda
  12. Luiz Candido Borges

    Bem, eu não tenho a experiência do autor de compartilhar o espaço com pessoas tão belas e maravilhosas, mas tenho alguma experiência com pessoas menos afortunadas - a quase totalidade - e posso afirmar sem sombra de dúvida que certos de modelos "juventude", "beleza", "sucesso" etc. são produtos martelados dia e noite sobre pessoas que poderiam viver melhor consigo mesmas sem esta cobrança 100% comercial. E a lei francesa não obriga a aparecer "ao natural", mas dizer que o "produto" foi retocado.

    Responda
  13. MARCELO PITTA COELHO

    Uma das desgraças da modernidade é a ideia de que a consciência humana é apenas produto de construção social. Ora, o humano é um ser com consciência própria, reflexiva e questionadora, não pode ser programado de acordo com a vontade do freguês, ou da sociedade, como se fosse um robô. É ideia típica da arrogância e presunção da modernidade, que acha que pode "construir" a consciência humana, a sociedade... O resultado disso são estupidezes, como totalitarismos políticos e ideologia de gênero.

    Responda
    1. Luiz Candido Borges

      Marcelo Pitta, do que você está falando? A lei francesa não pretende construir nada, quem vem "construindo" há muito tempo são as agências de publicidade, associando margarina à felicidade, laxante à beleza, certas marcas de roupa à juventude etc. Desta forma, se você não consumir tais produtos, você será feio, velho e infeliz. Achar que todo ser humano é autônomo, infenso a influências externas, senhor de si, é uma ilusão de um pretenso liberalismo que nega qualquer forma de proteção às pessoas

  14. Luis Fernando Farias

    Aprendemos duramente que a vida não é fácil, não é o ideal de perfeição que todos queremos ou pensamos merecer. Todos queremos ser felizes o tempo todo e a qualquer custo. Como diz o texto, mais ricos, mais bonitos, mais inteligentes, mais tudo. E sabemos que não funciona no exemplo dos nossos próprios filhos, pois é fato de que para amadurecer eles precisam saber lidar com a frustração.

    Responda