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  1. Ricardo Knudsen

    Spacey perdeu o emprego por evidências de ser um assediador sexual em plena atividade, oprimindo colegas sobre os quais tinha posição de poder. Suas vítimas acusaram-no de criar um ambiente tóxico no set de "House of Cards" com suas investidas. Ninguém está pedindo que seus filmes sejam proibidos, o colunista confundiu as coisas. Parece acreditar que "famosos" tenham direito á impunidade.

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  2. George Marques

    Talvez Richard Wagner seja um exemplo até melhor que Heidegger. Anti-semita convicto e compositor preferido de Hitler, Wagner está virtualmente banido da programação musical de Israel. Os motivos não são artísticos, obviamente, mas os israelenses creem impossível ouvir sua música e ignorar a pessoa. A conduta pessoal de Wagner também é extremamente condenável, mas suas óperas não são fruto de falta de caráter e anti-semitismo,sim de genialidade musical. Assim devem ser julgadas.

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  3. Marcia Guimaraes

    Pela régua dos politicamente corretos e vergonhosamente medíocres, exclua-se também, toda a obra de Chaplin. Essa gente ainda vai transformar um mundo em um inferno sem qualquer consolo, promovendo obras de quinta-categoria produzidas nas suas oficinas de imbe..cis. Veja-se a péssima e baixissima qualidade das exposições de arte a que eles vem dando cobertura.

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  4. marcio mira

    Bom, se fôssemos julgar a obra de qualquer pelos seus atos acho que não sobraria ninguém, pois sempre existe podre moral ou intelectual em qualquer um. Quem não acha isso que atire a primeira pedra.

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  5. CLAUDIO RODRIGUES ZAMANA

    Robert Snyder, famoso autor de uma renomada e aclamada série de livros de Xadrez intitulada "Chess for Juniors", foi acusado de pedofilia. E preso. Imediatamente surgiram pessoas exigindo que seus livros fossem retirados da Amazon. Pois bem... Michael Jackson também foi acusado de pedofilia, fez vários acordos financeiros para escapar de julgamentos, e no entanto sua obra ainda é aclamada. Ainda fazem tributos a ele e tal. Parece que separar o autor da sua obra tem sempre 2 pesos e 2 medidas.

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  6. José Cardoso

    As companhias de media só tomam essas medidas contra artistas ou jornalistas consagrados porque avaliam que o público cobra, e nesse ramo imagem é tudo. Deveriam se arriscar a afrontar a sensibilidade dos espectadores? Se trabalhassem no cinema ou na TV, o Aécio e o Temer já estariam afastados há bastante tempo.

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    1. HERMANN KLEINHEISTERKAMP

      Imagem é mesmo tudo? E o conteúdo, não tem valor?

  7. Renato Cruz

    Concordo, Hélio. Duro é afastar as emoções na hora de fazer nossos julgamentos. Abs.

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  8. Luiz Antônio Fiorio dos Santos

    Muito bom, Hélio. Parabéns

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  9. OSCAR DOELLE

    Lembrando o que considero uma mais importantes mensagens do cristianismo: ‘... que atire a primeira pedra aquele dentre vós que nunca...’ . Quer dizer que o negócio agora é condenar, mesmo a priori?

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  10. Ezio Freitas

    Parabéns pelo seu trabalho, trazendo sempre temas atuais e interessantes. Você é uma ilha de sensatez e equilíbrio em meio a tantos colunistas tendenciosos.

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  11. Herculano JR 70

    São muitos temas. Penso q as obras e trabalho falam do individuo, ñ o q se supõe q ela é, mais diante de julgamentos tão absurdos q a questão sexual suscita. Assediar, como abordar, p ex, acho um dever do macho. Chantagem sexual é q é condenável, seja por poder ou sedução. Mas, de fato, as ações de um famoso é exemplo para muitos. As propagandas provam. Qto Heidegger, trata-se de ato político e ser crime depende do vencedor. Sobre ator me pergunto: a Globo faz o artista ou ele faz a Globo?

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  12. Cloves Oliveira

    Essa é uma questão de foro íntimo que depende também dos valores culturais de cada sociedade. No caso específico do Kevin Spacey, não se trata de condenar a sua obra, pois ninguém clama por queimar todos os filmes que ele fez no passado. Todo o reconhecimento que recebeu foi por causa da sua obra e não teve nenhuma relação com a sua vida privada. Além disso, até agora nada foi julgado ou comprovado, tratando-se apenas de acusações que podem ou não serem verdadeiras.

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    1. HERMANN KLEINHEISTERKAMP

      Está enganado: ela já perdeu o emprego e a mídia já o julgou e o condenou. Não faço apologia a ele. Todavia, estamos vivendo uma nova onda do politicamente correto, conservadora no mau sentido, hipocrita

  13. Beatriz R Alvares

    E por mais genial ou talentoso que o infrator possa ser, o mal estar causado por quem estuprou, assediou, fez comentários racistas ou homofóbicos pode gerar igualmente um sentimento de repulsa tão grande que impossibilite a interação com o lado criativo destas pessoas. Pelo menos naqueles que já vivenciaram estas situações e nos que defendem as boas práticas e relações não abusivas.

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  14. Beatriz R Alvares

    Se esta separação é feita, sendo pessoas de vida pública isto pode significar uma tolerância com os mal feitos que tanto mal vem causando. Pessoas de vida pública devem ter responsabilidade e dar exemplo. Não acho que simplesmente o que fizeram de errado deva ser colocado de lado enquanto continuamos a aplaudir o que nelas nos agrada. Sobre o jornalista da Globo está certíssimo seu afastamento. Sua fala foi horrorosa e ele deve ser penalizado pelo que falou. Assim como todos os demais.

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    1. HERMANN KLEINHEISTERKAMP

      Ninguém está defendendo relações abusivas. Está em debate o valor da obra vs o valor da pessoa. Sócrates, pelos critérios atuais, foi pedófilo e homo- e/ou bisexual. Vamos queimar a obra dele?

    2. Aparecida Penna

      As pessoas de vida privada podem tudo?

  15. Paulo Henrique Andrade

    Perfeito. Chega de "caça às bruxas" no meio artístico. É como disse o próprio Jesus - "a cada um, de acordo com as suas obras". Isso vale tanto para as escolhas pessoais e morais de cada um, ao longo de sua vida, quanto para as obras artísticas, intelectuais ou científicas em si. A velha máxima do 'shoot the messenger' (atirar no mensageiro, em vez de criticar sua mensagem) precisa mudar. Santos Dumont e Van Gogh se suicidaram, e Hitler era vegetariano. Isso não agrava nem atenua as suas obras.

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    1. Peter Janos Wechsler

      Censura oculta. Se vc quiser pode perguntar à ombudsman, mas me parece perda de tempo. porém, irrita.

    2. Paulo Henrique Andrade

      Puxa Peter, vc tem razão. Aquele seu comentário foi excluído assim como a minha réplica e a sua tréplica. Parece que já estamos sob uma espécie de 'vigilância', e veja que não se trata de descumprimento das normas de serviço, pois se fosse esse o caso haveria uma mensagem dizendo 'seu comentário foi excluído por descumprir ... etc'.

    3. Peter Janos Wechsler

      Você tem ideia por que motivo a nossa troca de ideias sob Heidegger desapareceu?

  16. Nilton Silva

    Pelo menos alguém sensato tentando jogar um pouco de luz racional sobre este tema que virou uma histeria só.

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  17. Adriana Maccacchero

    Acho que a comparação é um pouco simplista. Há grande diferença entre o sujeito não ser "um bom pai", que pode ser relativizado por questões culturais ou morais de uma época, do que alguém que pratica um crime. Não faz muito sentido fazer esse tipo de comparação com exemplos que ocorreram há 50 anos atrás. A sociedade mudou.

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    1. Paulo Henrique Andrade

      De fato, a sociedade mudou. Agora estamos numa ditadura do "politicamente correto". Mas usando o seu próprio raciocínio, os chamados "crimes contra os costumes" sempre foram relativizados segundo a moral de cada época. Veja que adultério e sedução de menor virgem já foram crimes perante o Código Penal brasileiro, porém vieram a ser abolidos após transformações culturais.

  18. Adriana Maccacchero

    Acho que a comparação é um pouco simplista. Há grande diferença entre o sujeito não ser "um bom pai", que pode ser relativizado por questões culturais ou morais de uma época, do que alguém que pratica um crime. Não faz muito sentido fazer esse tipo de comparação com exemplos que ocorreram há 50 anos atrás. A sociedade mudou.

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  19. Renato Almeida

    Esse é mesmo um tema controverso, mas tendo a concordar com o Hélio. Quem comete algum crime deve ser devidamente processado e punido na esfera particular, mas não acho razoável apagar tudo o que fez na vida profissional. Vejam o que está ocorrendo com William Waack, da Globo. Ele fez um comentário desastroso e racista, isso é fato, mas não deve ser esquecida a qualidade dele como jornalista.

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    1. Paulo Henrique Andrade

      Concordo. Não acho razoável demitir um jornalista sumariamente por causa de uma frase racista dita privadamente. Ele não estava divulgando ideias racistas. Tem grande mérito profissional, possui vasta cultura geral inclusive história, sociologia, política, relações internacionais, e um currículo impressionante, ao que consta fala alemão, russo e polonês, além do inglês e espanhol. E isso tudo é anulado por uma frase ? Devia ter recebido uma advertência por escrito, e está de bom tamanho.

  20. ADEMIR G PINHEIRO

    Hélio, outro exemplo interessante: há fortes indícios de que Johannes Kepler tenha matado Tycho Brahe, mas ninguém sugere que por isso devemos esquecer seu trabalho.

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  21. ADEMIR G PINHEIRO

    Hélio, outro exemplo interessante: há fortes indícios de que Johannes Kepler tenha matado Tycho Brahe, mas ninguém sugere que por isso devemos esquecer seu trabalho.

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  22. ADEMIR G PINHEIRO

    Hélio, outro exemplo interessante: há fortes indícios de que Johannes Kepler tenha matado Tycho Brahe, mas ninguém sugere que por isso devemos esquecer seu trabalho.

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  23. Luiz Carlos de Abreu Albuquerque

    Quem acha que pode encontrar um ser humano perfeito está fadado ao fracasso. Para complicar, quem procura o ser humano perfeito teria que ser, ele próprio, perfeito.

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