Hélio Schwartsman > Ajuste trabalhoso Voltar
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Li os pontos da reforma nessa edição e me pareceram razoáveis. Talvez os que saiam perdendo são os que atuam como um gigolô, vivendo de "proteger" quem os sustenta.
Essa reforma tanto tem o único objetivo de beneficiar os donos do capital que eles se “esqueceram” completamente de fazer uma reforma sindical que de ampla liberdade de organização aos trabalhadores para que possam construir sindicatos fortes com capacidade de dar algum equilÃbrio à relação capital-trabalho. A única da qual se lembraram foi justamente a de retirar-lhes a fonte de financiamento para enfraquecê-los ainda mais no momento em que se encontram mais fragilizados devido ao desemprego.
Os ajustes são necessários porque as mudanças que ocorreram no mercado de trabalho nos paÃses desenvolvidos também ocorrerão aqui. Em 1900, 41% dos americanos trabalhavam na Agricultura, hoje são apenas 2%. Depois da segunda guerra, 30% dos americanos trabalhavam na manufatura, hoje são apenas 10%. O excesso de oferta de mão de obra que existe hoje só tende a aumentar no futuro, tornando o mercado de trabalho acessÃvel para apenas um pequeno grupo com as habilidades e competências adequadas.
Isso significa que os proprietários do capital serão os únicos beneficiários dos avanços cientÃficos e tecnológicos da humanidade? Ou seja, agora que esses avanços nos permitiriam trabalhar menos e viver melhor voltamos ao século 19 no que se refere à s relações de trabalho?
Uma boa ideia mal executada não passa de um grande erro. A reforma deveria ser pontual e discutida. Não foi. Tem inúmeros erros técnicos que não foram corrigidos no afã de aprova-la com pressa muita pressa. O trabalho de grávidas em ambientes sabidamente danosos é apenas um exemplo emblemático. Como sempre, o Brasil peca na hora de fazer... a prática já apareceu: sub emprego e pejotização.
1Reparo q a força da regulação, ñ faz direitos (Rousseau), tira. Liberdade cria. Tirar, na marra, do patrão p empregado ñ da certo. Ele se defende se ñ acha justo. Regulação valoriza o poder contra o trabalho e impede o desenv/o. Prosperidade da empresa é dos trabalhadores: patrão e empregados. O capital cresce de maneira distribuÃda: para ganhar deve produzir para os outros, o mercado. Os empregados são o mercado. As verdadeiras classes em briga: poder contra produção. Como na Revo. Francesa.
2 A pequena liberação trabalhista é apenas um pequeno, e insuficiente, entrave ao desenvolvimento. A solução é de maior liberação em todas as áreas de atuação do estado. E funcionara bem.
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