Marcus Melo > Por que os candidatos não dizem a verdade sobre a economia? Voltar
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"Afinal os eleitorados de democracias maduras aprenderam...que a estabilidade fiscal e monetária é pré-condição para a prosperidade." É no mÃnimo 'forçar a barra' apresentar uma informação como essa. Fica subentendido que nos paÃses do norte ocidental os eleitores são, majoritariamente, favoráveis à austeridade fiscal - e isso por saberem ser pré-condição para a prosperidade. Se analisarmos os dados eleitorais do último perÃodo de metade desses paÃses, esse argumento vai pro espaço.
aconteceu também em 1998, convém não esquecer.
Por quê não passa no horizonte do cientista polÃtico alternativas como a reforma tributária progressiva? Ou a taxação dos rentistas, que foram abençoados com a isenção tributária, ainda na década de 1990, sob argumentos como a possibilidade de atração de capital estrangeiro para cá? Ou tais ideias não podem ser pautadas já que o lugar de fala do articulista representa uma elite que não tem interesse de apresentar alternativas decentes para modificar as estruturas que os séculos nos legaram?
Será pq os veÃculos encarregados de desmenti-los, a imprensa em geral, não fazem nada e aceitam tudo como verdade? Pq a nossa imprensa é comprada e partidária?
Creio que o Macron foi eleito, não pelas suas propostas, mas por falta de alternativas. Estava no lugar certo na hora certa, tanto é que a oposição às suas propostas só faz aumentar. A questão é do sistema. Nas democracias de voto, o novo governo não se sente obrigado a dar continuidade aos projetos do anterior, pelo contrário, faz questão de descontinua-los como tenta fazer o Trump com o legado do Obama nos EUA. Ainda que houvessem projetos nacionais, essa irracionalidade tenderia a persistir.
Se de fato houvesse algum candidato disposto a dizer a verdade, "para fazer o bem da sociedade", Não apresentaria apenas as duras pautas aos trabalhadores, mas, também para as elites econômicas do paÃs. Que tal trocar a reforma da previdência e a trabalhista por um reforma tributária progressiva? Porque estes colunistas "liberais" nunca atacam as vantagens legais da elite e apenas os direitos dos trabalhadores?
O programa do PT tinha essas propostas mais radicais antes de 2002. Mas o Lula eleito desistiu delas rapidamente. A fantasia se desfaz rapidamente na cadeira da presidência.
Desses que aà estão se apresentando, por ex Bolsonaro e Doria, nenhum deles rigorosamente convence como um Macron à brasileira, seja por absoluta falta de conhecimento em matéria financeira, caso do Bolsonaro, seja por gestão, caso do Doria (ou Diria para o que veio). Assim, talvez o novo se resumirá, caso sejam candidatos, ao Ciro e ao Meirelles. A ver a Manuela e o Huck, sendo que esses sem experiência em ambos, financeira e gestão.
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