Samuel Pessoa > Reforma possível Voltar
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Desde a Lei 12.618, de 2012, os servidores públicos e os demais trabalhadores do PaÃs têm equiparadas as suas aposentadorias. Por quê os jornais não explicam isso? As pessoas seguem pensando em privilégios dos servidores, o que é uma tremenda falsidade, até porque os servidores antigos só terão direito de receber proventos maiores porque pagaram mais durante toda a vida.
Recebe acima do teto, porque pagam acima do teto. Não há privilégio se há pagamento.mas é mais fácil pra este governo cleptocrata eleger um bode expiatório.
As previsões do colunista são como horóscopo, as vezes, por acaso, até se confirmam. Por suas previsões, juros estariam hoje acima de dez por cento, inflação acima de cinco por cento e crescimento em 0,3%. Essas eram suas previsões otimistas em janeiro, caso houvesse reforma da Previdência. Não houve reforma, e os indicadores já são muito melhores. Ninguém precisa se preocupar com suas previsões.
A maior perda de receita vem do desemprego, que reduziu em dezenas de bilhões a contribuições ao INSS. A reforma trabalhista, com a pejotização e o trabalho intermitente, reduzirá as contribuições previdenciárias e a recomposição da arrecadação do INSS, mesmo com o retorno dos empregos. As reformas trabalhista e da Previdência estão plantando um desastre no INSS, que não reduzirá o deficit, pela perda de receita, mas diminuirá a cobertura social, via endurecimento das regras de aposentadoria.
O que significa consenso para o colunista, quando mais de 70% da população rejeita a reforma? Consenso envolvendo partidos que traÃram seus programas eleitorais, como PMDB e PT, com partidos que traÃram seu passado, como PSDB, DEM e PPS, que aprovaram a lei 85/95, que na prática derrubou o fator previdenciário?
Esta reforma tem coisas boas como a tentativa incompleta de unificar a idade única e verdadeiras crueldades como restrições a receber aposentadoria digna quem já atingiu a idade mÃnima. Tempo de contribuição, assim como idade, são coisas que as pessoas praticamente não tem controle durante a vida, portanto não pode ser penalizados se não contribuÃram o suficiente. Isto irá sacrificar muito os velhinhos pobres. Reconsiderem. Há muita outra gordura a cortar antes de cortar a carne fraca.
O colunista esqueceu de mencionar que o PSDB votou em massa na regra de aposentadoria 85/95, que segundo o secretário da Previdência, Marcelo Caetano, aumentou as despesas e o deficit do INSS. O mesmo fez o PPS do relator da reforma na Câmara, bem como outros partidos que agora dizem que o INSS está falido. Os ministérios recebidos devem explicar a mudança de opinião.
A esquerda é completamente obtusa quando se trata de entender as operações matemáticas mais simples, vivem em um mundo de faz de conta no qual basta boa vontade politica para que tudo se resolva.
Uma das frases preferidas dos filmes de g/angsters é: podemos fazer isso de maneira fácil ou de maneira difÃcil. A maneira fácil infelizmente não é possÃvel porque não existe consciência polÃtica sobre a necessidade da reforma. Assim a reforma será feita de maneira difÃcil, na forma de pagamentos de pensão atrasados e outros p/esadelos que só quem depende da aposentadoria para sobreviver tem a dimensão do que isso representa num paÃs onde o aposentado é a única fonte de renda em muitas famÃlias.
Muito generoso com o economista do "New School". Não "escapou", ele convenientemente "omitiu".
Na proposta defendida o colunista aponta um grupo para pagar a conta da previdência: servidores públicos que o são antes de 2003. É a reforma possÃvel, o tiro no bode expiatório. A previdência dos servidores públicos passou a ficar muito deficitária após a reforma daquele ano, já que os que ingressaram depois não contribuem sobre o salário integral. Se é justo ou injusto, importa que é possÃvel. Mas não se pode chamar de reforma.
Enquanto não atacarem a sonegação é golpe sim senhor. O que propõem como sacrifÃcio para os parlamentares, que possuem aposentadoria integral, plano de saúde integral e vitalÃcio?
Concordo, desde que o governo deixe de perdoar dÃvidas bilionárias, combata a sonegação, tribute a sociedade de forma equilibrada, que o Judiciário respeite o teto salarial e que os militares tenham tratamento compatÃvel com as demais categorias profissionais. E que a mÃdia não se omita neste debate, escamoteando as discussões que atinjam os grupos mais poderosos, não é mesmo, caro articulista?
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