O argumento á válido, a simpatia pelo ditador venezuelano revela uma esquerda autoritária. Mas isso não faz de quem se opõe a essa esquerda legítimos democratas. Especialmente aqueles que apoiaram o golpe de 2016. E é esse quadro, onde a pose democrática serve apenas para se fazer passar por politicamente correto segundo os valores do ocidente, esse quadro completo, que me tira a esperança de melhorarmos.

o a HWR faz relatório sobre o Brasil, é ataca como instrumento de esquerda. Vejam os inúmeros dela aqui no país sobre violência institucional e como são rechaçados. Mas quando ela fala do minguado governo da Venezuela, vira ferramenta imparcial para a direita daqui apontar os erros dos outros. Olhem para os problemas do Brasil, que hoje não dependem de Cuba, Venezuela ou de regimes autoritários de esquerda. O problema aqui é que o país só serve para elites, sejam elas de direita ou esquerda.

Se a esquerda começar a falar mal da Venezuela do que a direita falará? A doidinha da Gleisi defendeu o Maduro, é verdade, mas acho que foi mais 'provocação' e também para não ficar na defensiva. Já tem a direita para falar mal da Venezuela, contribuímos, os moderados, com nosso silêncio. Não seria ridículo se pedíssemos para a direita falar mal do Trump? (E precisa?) rsrss ;)

É pedir pouco. Quase pedir desculpas. A atitude de avestruz de certa militância em relação a esses regimes afronta o combate à violência interna e desmoraliza a defesa dos DH. Juntando isso às blagues desenvolvimentistas e ao consórcio com o atraso pemedebista, chega-se à atual prosa e práxis política da chamada esquerda.

De fato, direitos humanos são invioláveis. Extrema direita e extrema esquerda tem histórico de violações. O apoio incondicional de Gleisi foi vergonhoso, visto que as violações na Venezuela são evidentes. Espero que o colunista trate também de tema mais próximo, Bolsonaro, segundo colocado nas pesquisas eleitorias. Foi sempre defensor da tortura, deixou claro que daria um golpe se chegasse ao poder e mataria cerca de 30 mil pessoas, começando por FHC. Vamos falar de direitos humanos por aqui?

O articulista cai na mesma vala comum: esquerdistas não são necessariamente progressistas. E, ao admitir essa confusão como premissa, acha-se contradições.

O descrédito que recai sobre as organizações de Direitos Humanos no Brasil (e o artigo tem plena razão na análise) é o mesmo que recai sobre a grande mídia: veja que o artigo começa por analisar um tema e acaba por criticar o PT. A crítica é justa, mas impertinente ao tema.

Para a ascendência de um esquerda moderna, consciente e alinhada com os interesses do País é imperativo da desmoralização da esquerda populista pixulequeira petista, dominada por quadrilheiros e defensora apenas dos próprios interesses.