João Pereira Coutinho > Só consigo condenar uma pessoa depois de ela falar, nunca antes Voltar

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  1. Paulo Henrique Andrade

    Só existe liberdade de expressão quando é para ouvir o que não gostamos ou concordamos. Não existe liberdade 'seletiva'. Isso vale também para o jornalismo. Como já disse George Orwell, 'jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade'. É realmente muita arrogância achar que nossa opinião é tão superior à opinião alheia que podemos (e devemos) impedí-lo de falar. Calar o outro é uma forma de controlá-lo, manipulá-lo e, muitas vezes, abafar a verdade.

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  2. Cloves Oliveira

    Como dizia o artista Tom Smothers, a liberdade de expressão, escrita ou falada, não são muito importantes a não ser que sejam lidas ou ouvidas. A liberdade de ouvir e ler são tão importantes quanto a liberdade de falar e escrever. Por que as pessoas se incomodam tanto com o que outros escrevem ou falam quando dispõem do direito nato de ignora-los? Já o Salman Rushdie levou o conceito para outro nível, pois segundo ele, liberdade de expressão sem a liberdade de ofender não existe. É relativo.

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  3. Nilton Silva

    Apesar da, como sempre, excelente coluna, não se trata de "isegoria" ou "parrésia", a questão aqui é a da mais cristalina censura. É muito mais fácil aos que não têm argumentos utilizarem o artifício da censura.

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  4. CLEIDE BRAGLIOLLO

    O ultimo parágrafo de seu texto - que é também a chamada para a coluna - é uma verdade que, de tão cristalina, deveria ser a premissa básica de qualquer discussão. Infelizmente não é.

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