Professor Magnoli, embora seja um excelente colunista, discordo. Atualmente, ter ficha limpa é um dos pré-requisitos para ser candidato, da mesma forma que precisa ser brasileiro nato e ter mais de 35 anos. Seria uma ameaça à democracia não poder votar num candidato que nasceu em outros país? Da mesma forma que precisa ter ficha limpa para ser motorista do Uber, precisa ter para ser presidente. Ameaça à democracia é alguém querer ser presidente só para ter foro privilegiado.

Pela primeira vez, sem nenhum orgulho, permito-me discordar do Demétrio. O que leva um cidadão ou político japonês, inglês ou norte americanos à renúncia ou suicídio não é apenas a vergonha da iminente desaprovação popular, e sim a certeza de que não haverá um Gilmarzão para libertá-los e certamente serão punidos. A Lei que impedirá os pares brasileiros à reeleição não pode ser a culpada pelo impedimento político deles, muito menos o cidadão brasileiro se ressentir em não poder votar neles.

Que raciocíniozinho, hein doutor!

Que raciocíniozinho, hein doutor!

A política não deve ter a impunidade como prerrogativa. Ficha limpa é o mínimo moral pra ser representante. Ora mais...

Morro e não vejo tudo... Demetrio defende a ideia que a LFL atrapalha. Mesmo tendo sido desfigurada por Dornelles e mantendo muito pouco de seu impeto inicial a lei é dos poucos instrumentos para dar um pouco de coerencia ao processo eleitoral. Pelo menos, ,condenados em segunda instancia não podem ser eleitos e ou mesmo disputar eleicoes. Isso ainda evita que estes mesmos condenados ocupem postos na Administração enquanto “rolam” processos com as chicanas de sempre Pequeno, mas avanço.

Há casos de prefeitos governando de dentro da cadeia. Essa separação absoluta entre justiça e política, como querem os politicos, não pode existir. Voto não é anistia para criminoso.

Raciocínio enviesado, predisposto a condenar a Lei da ficha limpa. Não é verdade que o Judiciário passaria a decidir a política, como disse o articulista. Só vai para a interferéncia do Judiciário os raros casos de denunciados, julgados e condenados em primeira e segunda instância, em suma, pessoas sem perfil para cargos públicos. Voto não é anistia pra bhanddidos, senhor articulista.

A lei é clara, cristalina e óbvia : Havendo condenação por órgão colegiado, o canidato terá registro de canidatura indeferido, portanto, não poderá concorrer a cargos eletivos. Não existe cambalhota jurídica capaz de mudar tal situação.

Aquele ditado que diz: "de boas intenções o inferno está cheio" cai como uma luva na lei da ficha limpa". Ela deu demasiado poder a agentes públicos, regiamente pagos, muitos deles escancaradamente ideológicos. Como o AI 5 era usado no regime militar para atingir adversários do regime, hoje esses agentes podem fazer o mesmo. Como dizia o Odorico Paraguaçu, querem instituir a "democradura", dizendo em quem o povo poderá votar.

Para o PSDB, é bem interessante que o Lula não seja candidato, o que demanda que ele seja condenado. Considerando que o judiciário agora é da situação, é bem provável que Lula seja condenado. Não obstante, é pouco provável que ele seja preso, pra não estragar a brincadeira.

Para o PSDB, é bem interessante que o Lula não seja candidato, o que demanda que ele seja condenado. Considerando que o judiciário agora é da situação, é bem provável que Lula seja condenado. Não obstante, é pouco provável que ele seja preso, pra não estragar a brincadeira.

“Um povo que vota nas coxas acaba tomando na bunda.” - André Dahmer

A maioria dos raciocínios se baseia na meta-narrativa de que se o Lils for candidato, sua vitória estará automaticamente assegurada nas eleições de 2018. Sua liderança nas pesquisas se deve ao fato dele ser o candidato mais conhecido e, estranhamente, ter o direito de fazer campanha antecipada. Seu eleitorado cativo será suficiente para vencer no primeiro turno, mas sem os votos das classes médias e altas, ele não terá fôlego para ser eleito. Eu exijo o meu direito de derrota-lo nas urnas.

Que lucidez e inteligência a forma como o colunista analisa a preocupante situação a que chegou a manutenção do Estado Democrático de Direito em nosso país espero que a Justiça tenha juízo e aconselhe-se com a história pois pode estar patrocinando um Mussolini do século XXI.

Esse cara que escreveu coadona com os mafiosos.

Gostei. Mas a última sentença lembra outra questao que está cansando de calar: como são essas "democracias"? Esses "três poderes"? De quê vivem? Onde moram? Sugestão para outro texto.

Dos colunistas da Folha que consigo ler, somente Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo, Luiz Felipe Pondé, Alexandre Schwartsman e, às vezes, Hélio Schwartsman conseguem elaborar textos que seguem a lógica aristotélica correta e consistentemente. Raciocínio perfeito, o apresentado por Magnoli na coluna de hoje. A turba ensandecida, com certeza, não consegue enxergar, quiçá vislumbrar, os corolários decorrentes da decantada e festejada Lei da Ficha Limpa.

Há confusão entre capacidade eleitoral ativa e competência para julgamento de crime. Não estamos na Grécia antiga onde, presumivelmente, todos conheciam a “verdade” e tinham condições de optar de acordo com seu convencimento.

Sr. Demétrio, a eleição é um método de escolha democrático, não é a democracia. E mais, já escrevia Cicero: "summus ius suma iniuria".

Sr. Demétrio, a eleição é um método de escolha democrático, não é a democracia. E mais, já escrevia Cicero: "summus ius suma iniuria".

Que texto confuso...está desarticulação e não consegue desenvolver ao raciocínio para a conclusão que pretende demonstrar.

As justificativas para a criação da lei da ficha limpa e as suas consequencias, positivas e negativas, são muito semelhantes as das leis de politicas afirmativas (cotas nas universidades).

O comentarista parte de uma premissa falsa: a de que o eleitor brasileiro tem informação, discernimento próprio e que vota seguindo valores éticos e não obedecendo os ditames de suas vísceras. Ignora, por completo, o quão alienada e desinformada é grande parte de nossa sociedade. Tomando-se isso como realidade, o que é facilmente comprovável, chega-se à conclusão que, salvo uma ou outra passagem, o artigo é descartável por não avaliar nossa realidade. A Lei da Ficha Limpa é um avanço.