motivação para deixar o país ou ficar não depende principalmente da força do patriótico. Conta muito mais o bem estar material e social superiores alcançados em outros lugares do mundo. Outras motivações que eu noto são a curiosidade pela vida em outro país, a busca por realização pessoal ou oportunidades inexistentes no Brasil. O país tem muitas qualidades, mas deixa a desejar e muito em necessidades fundamentais num mundo extremamente competitivo. Falta um salto de qualidade em tudo por aqui.

Fiz comentários mal-humorados há algumas horas. Nada contra Joel, que conheço de uns poucos textos. Deve ser a aversão à palavra "liberal". De todo modo, a crônica refere-se a quem ainda escolhe - ficar ou sair. Os mais de 12 milhões de desempregados, e os precarizados que o governo empenha-se em criar, não têm opções. A crônica passa um pouco ao largo do sofrimento cotidiano dessas pessoas. O Brasil não é solar, o Brasil é sombrio. Para torná-lo melhor será preciso reconhecer isso.

o colunista é bem-intencionado, mas visivelmente não experimentou o que experimentam os que têm sucesso profissional lá e mesmo assim voltam. Volta-se porque para não ser cidadão de segunda classe por lá há que mudar gostos, hierarquia de valores e até situações em que se ri. Com o tempo, você se torna alguém que não é realmente você, e isso dá nos nervos. Tendo condições de construir uma vida boa aqui, você volta, apesar das favelas, pivetes e camelôs. Nada a ver com as aves que aqui gorjeiam.

Fico no Brasil por falta de opção. Trocaria esse buraco por um país civilizado num piscar de olhos. Aqui não se vive, se sobrevive.

O que será "movimento liberal brasileiro"? É o MBL? São os jovens reacionários? Achei a crônica pueril e reitero: é pena que o jornal dispense Boulos, que contribui para mudar a vida dos mais pobres, mas tenha o palestrante Polyanna entre os colunistas.

O colunista tem futuro. Mas precisa amadurecer. Assim como o movimento juvenil a que está ligado. A Folha dispensa Boulos, mas vai de MBL. Pena.

Valeu! Eu optei pelo meu país por saber enxergar coisas boas nele. Bom 2018!

Apesar do ensino público falido, das balas perdidas, do gillmar/lulla/sarneyy/tofoli/calheiros/lewandowski/gleice/cabrall/etc e tal, temos Moro ,Bretas e Neymar. Vamos ser hexa! Vai lá Brasiiillll!

O articulista esqueceu o principal motivo pelo qual os brasileiros não emigram em massa: falta de oportunidade e de dinheiro. Os que ficamos já não aguentamos mais, cansados de sermos espoliados por corruptos eleitos pela maioria de nossos concidadãos!

Crise! Só rindo. Quando tinha doze anos eu acompanhava meus pais para comprar pão ou óleo de cozinhar, etc com o cartão de racionamento na mão. Gasolina. Só para carros oficiais, táxi e médicos. E muito mais. E o Plano Collor. E o sequestro oficial. Confiscou a poupança, e Brasil mergulhou na hiperinflação. Quem não se lembra da URV? No tempo do repórter "Osso", ele diria “nada de novo na frente ocidental”.

Li sua Carta ,OK. Aponte, no que chama de direita, onde existe qualquer falta de amor ao Brasil??

Economista e mestre em filosofia ? Sinceramente, isto me soa incompatível . Economista e mestre e Análise microeconômica soaria melhor . Eu estudei isto em 1978 ! coisa complicada !

O colunista só faltou repetir o lema da ditadura "Brasil, ame-o ou deixe-o". Nem é necessariamente fato que quem deixa o país o faz por não ama-lo, assim como quem fica não necessariamente o ama. Oportunidades (ou falta delas) ou necessidades (comer com frequência, por exemplo) são os principais fatores de emigração. Quem é de classe alta, raramente emigra. Claramente oriundo de uma classe afluente, o colunista tem a mesma visão tacanha daqueles que apoiaram a ditadura e seus slogans.

Finalmente um artigo fora do vira latismo. Podemos melhorar, mas não é falando mal do pais. É fazendo algo pra que mude. Quem vai pra fora desistiu disso ou só quer um caminho diferente, as vezes pra voltar. O preço é alto em muitos casos.

Como na maioria dos países do mundo, emigra quem tem pouca renda ou propriedade. Ou para quem tem tudo isso, mas ficou traumatizado com alguma experiência de violência. O Brasil para quem não está nessas categorias é muito bom, e problemas existem em toda parte. Sendo que um deles é ter que falar e fazer força para entender outra língua o tempo todo.

Então. Vamos levando. Cerca de 60% das moradias no Brasil não tem esgoto. A gente dá um jeitinho. Faz coisa no penico. Depois joga no rio. O ensino no Brasil está entre os piores do mundo. É, mas nós temos a Anitta e a Gretchen. O que equilibra. O judiciário no País, marajanato caro e inepto pode levar 40 anos num processo. É, mas temos o veludo platinado da Rede Globo, que nas tardes de domingo e no noticiário noturno educam a massa. Estacionamos em vaga de deficiente. Somos espertos.