Drauzio Varella > Médicos são liberados para a vida profissional sem controle de qualidade Voltar
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Concordo plenamente que se deva fazer um exame noa moldes da OAB mas,deveria ser dirigido a todos os médicos em atividade do paÃs,inclusive o que escreve.Tive experiências com profissionais incompetentes no HC de São Paulo,SÃrio Libanês, Oswaldo Cruz pois,muitos médicos que se dizem gabaritados ou estão em seus cargos nestes Hospitais por favorecimento ou estão desatualizados.A mediocridade é geral,com rarÃssimas exceções.
Se considerarmos que o número de médicos por habitante no Brasil como um todo só não é bom porque a maioria fica no Sul e Sudeste, como se explica o programa Mais Médicos nessas regiões? E mais faculdades de medicina sem condição alguma nessas mesmas regiões?
Desculpe Dr. Drauzio. O sr disse que são doutorandos. Onde? São apenas graduandos e longe da obtenção do titulo que o sr lhes outorgara.
Sem saúde e educação não há progresso. Médicos mereceriam ter carreira como a de juÃzes já que igualmente importantes.
Muito pertinente e oportuno esse levantamento Dr.Drauzio, a sociedade precisa implementar mecanismos de avaliação mais rÃgidos.
Como médico, é claro que estou preocupado com essa situação, até porque a influência polÃtica na abertura dessas faculdades de Medicina é patente.Não posso conceber um curso de Medicina sem um hospital escola e sem a estrutura de suporte nos campus para o aprendizado teórico. E esses jovens médicos encontram como porta de entrada das suas atividades os plantões de urgência e emergência dos Hospitais nos finais de semana, onde passam por situações onde não tem o mÃnimo preparo. Preocupante!
Excelente artigo, como sempre. Sobre o assunto “avaliação médica”, lembro que a Associação Médica do Rio Grande do Sul realiza anualmente, desde 1971, o Exame AMRIGS, que é utilizado como um dos itens obrigatórios na seleção de candidatos aos programas de Residência Medica no RS, sendo que um deles, o de Medicina de FamÃlia, mantido pela Secretaria da Saúde do Estado (sim, já existiu aqui) exigia dos médicos residentes, como eu fui, que o fizessem anualmente, como avaliação contÃnua.
Há 15 meses atrás fui a um pronto atendimento. Recebi um diagnóstico de virose e o médico me receitou um remediozinho e fui embora para casa. Umas 30 horas depois um vizinho teve de me acudir para me mandar um hospital. Estava com um quadro grave de pneumonia. Fiquei cerca de 10 dias no hospital. Se o diagnóstico tivesse sido antes na ida ao pronto atendimento, meu caso não teria ficado tão grave.
A mercantilização do ensino médico interessa a muitos polÃticos, que conseguem,com o tráfico de influência, autorização para funcionamento de escolas sem as mÃnimas condições , fonte de lucro que movimenta o ciclo vicioso.
Sou médica e professora Universitária e nitidamente observo essa queda na qualidade do médico que está se formando . Falta mesmo uma avaliação final como a OAB tem para tentar melhorar a qualidade .
As recentes alterações publicadas pelo MEC no final do ano passado, nos critérios de avaliação das faculdades, deixa claro a falta de preocupação com a qualidade dos graduandos por parte de nossas autoridades
É urgente a criação de um exame de habilitação, a exploração do que a OAB faz.
Em GO ha cidades interioranas com cerca de 30 mil moradores e 2 faculdades de medicina. O cabra acaba de se graduar e ja vira "professor". A quem interessa - a nao ser para os que se locupletam - essas aberracoes?
Médicos são liberados para a vida profissional sem controle de qualidade! ***Subdesenvolvimento não se Improvisa; é Obra de Séculos! N.Rodrigues
Não me diga, Dr. Drauzio Varella! Mas no paÃs em que qualquer um é professor de qualquer coisa - professores são formados em sua maioria, também sem qualquer controle social de qualidade - , haverÃamos de esperar exatamente o contrário?
Muito bom!!!
edicina Veterinaria somos os campeões mundiais em números de escolas. Já são mais de 300 no paÃs sendo mais de 70% privadas com desempenho ruim a regular, sem hospital veterinário e/ou casuÃstica clinica para adequada formação. O instrumento de avaliação do MEC tem se mostrado ineficiente em garantir a qualidade de formação dos profissionais,que somado com o impedimento legal do CFMV realizar um exame de certificação profissional, a exemplo da OAB, coloca em risco a saúde pública do brasileiro.
Na Medicina Veterinaria somos os campeões mundiais em números de escolas. Já são mais de 300 no paÃs sendo mais de 70% privadas, com desempenho ruim a regular, sem laboratórios e hospital veterinário. O instrumento de avaliação do MEC tem se mostrado ineficiente em garantir a qualidade de formação dos profissionais,que somado ao impedimento legal do CFMV realizar um exame de certificação profissional, a exemplo da OAB, coloca em risco a saúde pública do brasileiro.
Não é que o sistema seja ineficiente, Rogério. É que quando há o veto, entra em cena o objeto misterioso. Sei de uma universidade liberada por um bam-bam-bam, ainda no Regime Militar, em troco de uma mala entregue em mãos. Liberação publicada no Diário Oficial em 24 horas. O Brasil funciona assim.
O exame não resolve a má distribuição, as faculdades deviam estar nas regiões onde falta médico, mas estão nos grandes centros. Fato: esse lobby anti faculdade procura manter a situação onde essa é a única profissão no paÃs em que se pode escolher até não trabalhar. Médicos que não atendem pelo SUS, por planos de saúde aumentam cada vez mais. Sinal inequÃvoco de que falta médico. E atender a população desassistida tem prioridade sobre o discurso da qualidade.
Esse número excessivo de faculdades de medicina começou na época do falecido Jarbas Passarinho, se não estou enganado! Alguém terá que tomar uma medida coerente para qualificar nossos profissionais!
nto com todo o serviço público e boa parte do privado. Ruim para a população que envelhece e invariavelmente em algum momento precisará de um médico. Virou assunto de botequin, jornal e rodas de conversa. Tudo mundo parece entender sobre o assunto, dispões de argumaentos construtivos, debatem fortemente o assunto e entendem tanto quanto um médico de engenharia. Ao menos parecem entender mais do que o cacife Paranaense. A questão é complexa e não se resolverá. Simples assim.
Sempre falaram que há falta de médicos. Então isso virou sonhos de muitos jovens, pelo status, pelo dinheiro, do que vocação. Esqueceram de avisá-los que é uma profissão que exige muito e é muito sofrida! Agora, o excesso de faculdade não representa, necessariamente, má qualidade do ensino. Principalmente, pelo preço cobrado. Só rico consegue pagar!
Eu sugiro que todos os médicos formados no PaÃs façam a prova ( para que o senhor tenha a real noção do preparo dos colegas) existem péssimos profissionais desde sempre, pois não é de agora que médicos sem capacidade mÃnima para atuar são despejados no mercado. Artigo com crÃticas rasas e corporativistas ( vamos sabatinar do mais antigo ao mais jovem formando) que tal????
Colocar engenheiro civil, deputado federal, como Ministro da Saúde, é um despreparo.... Precisamos de ter seriedade no Brasil... Atualmente não temos... !
Prezado, caso se lembre, um dos melhores ministro da saúde dos últimos tempos foi José Serra. Criou diversos programas de atendimento a saúde básica e aos mais necessitados. A questão é a capacidade de quem é colocado para ser ministro - polÃticos, normalmente, são péssimos ministros mas grandes enriquecedores de causa própria, o que é o caso do atual ministro da saúde. Médico, como ministro, nem sempre é a solução - um bom gestor e com visão de mundo é suficiente.
O problema da saúde, é um problema de gestão. O melhor ministro da saúde foi um economista com trânsito polÃtico. Um dos piores, dos mais proeminentes médicos do PaÃs, foi ingenuamente engolido pelo Sistema. Na Educação é a mesma coisa.
Concordo com o Reinaldo
Na Espanha os médicos formados se obrigam a ir por um certo número de anos para onde há vagas abertas em todo o paÃs. Seria muito justo que isso fosse obrigatório para os que se formam à custa do Estado, de nossos impostos.
É o que se chama Serviço Civil, correspondente ao Serviço Militar. Ao concorrer no vestibular a uma faculdade pública, o candidato que admitir por contrato prestar esse serviço pelo perÃodo de dois anos após a residência, nada pagaria do curso. Caso contrário, o curso seria pago.
erfeito artigo. Eu sou médico e trabalho exclusivamente no SUS há 17 anos. Tomei essa opção por idealismo pessoal e posso comentar com muita certeza. O estÃmulo dado para o médico persistir no atendimento básico é risÃvel. Toda gestão que trabalhei está somente interessada em número de atendimentos e não sua qualidade e não há estÃmulo para educação continuada (faço a minha por iniciativa própria). Quanto ao preparo médico atual, é visÃvel que a qualidade caiu vertiginosamente na última década.
O problema está bem descrito. Qto à solução: mais estado?? As chances do corporativismo engolirem a meritocracia são enormes. Se este sistema de carreira medica publica tiver o mesmo custo beneficio do judiciario, todos teremos perdido. Exceto a nova casta criada.
Como disse no comentário acima, eu sou médico, mas concordo contigo. Seria inaceitável criar uma nova casta cheia de privilégios no setor público como o Judiciário que suga importante dinheiro da população. Uma estabilidade na carreira e bom rendimentos já seria suficiente. Precisamos de mais médicos qualificados na saúde pública do que juÃzes. Mas a valorização dos médicos é importante. O Programa Mais Médicos é um remendo não é a solução, por mais bem intencionado que seja em teoria.
Até o Regime Militar pós 64, as universidades eram exemplos de exclusivismo e excelência. O Ministro da Educação, coronel do Exército Jarbas Passarinho, como aceno à classe média que apoiou o golpe, resolveu transformar seu sonho de ter um filho doutor em realidade. Permitiu a abertura de inúmeras "arapucas" particulares. Foi-se do clube fechado à proliferação da mediocridade. Sou contra, porém exames como o da OAB. Os exames deveriam ser anuais durante o curso no estilo Enem. Nem sai da escola.
Excelente! O problema da má distribuição dos médicos também aguarda nexo com a municipalização da saúde. Como é hoje, apenas grandes cidades comportam médicos em suas estruturas. Médicos no SUS deveriam ter carreiras estaduais ou federais a exemplo de juÃzes, delegados e promotores de justiça.
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