Samuel Pessoa > Os intangíveis Voltar
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Samuel escreve: "Achava que o orçamento da Nasa e do Pentágono e a polÃtica de compras do governo americano eram responsáveis pelo desenvolvimento daquela sociedade". Então, os trilhões de dólares investidos pelo governo americano em desenvolvimento de tecnologias de ponta, capazes de levar o homem à Lua, criar a internet ou o sistema GPS, não foram responsáveis pelo desenvolvimento daquele paÃs? Seria interessante que ele explicasse com argumentos seu raciocÃnio.
Quando se pensava que os USA seria banido da cena mundial por ter sido desindustrializado(pela produção e inovações tecnológica) com destaque para gestão Nixon e pelo fim da guerra fria por Reagan eis que repentinamente reaparece com a Microsoft. Começando por processos administrativo de empresa depois meio de produção de mercadoria e serviço e logo a seguir no comportamento social, relacionamento entre pessoas e grupos , como se constata hoje. Conquista de premio Nobel continua ótima performa
Perguntei a um rapaz que abriu uma cervejaria perto de casa quanto era o aluguel: 5000 por mês. Os espaços disponÃveis para esse fim são finitos e tem dono, e isso se reflete no preço dos serviços. Estendendo esse raciocÃnio, as atividades mais lucrativas são as que derivam de algum recurso limitado, como é a propriedade de um imóvel. Marcas e patentes são uma extensão do conceito. Plataformas digitais também, no caso se aproveitando da ideia de que "todo mundo quer estar onde todo mundo está".
Qualquer tentativa nacionalista com viés econômico é pura falácia. A de viés polÃtico é, em certos casos, defensável, mas por curto espaço de tempo. A liberdade econômica e polÃtica irrestrita deve ser sempre o ideal a ser perseguido por qualquer nação que se defina como desenvolvida.
Faça em casa o que você sabe fazer e ganhe em vantagem competitiva. O que você não sabe fazer, compre. E abra suas fronteiras para o comércio. Simples assim. Adam Smith dá uma risada sarcástica para Marx e dorme em paz.
Se o colunista for chamado a opinar sobre pq Trump é contra acordos de livre comércio e quer criar punições a empresas americanas q produzam fora do paÃs, provavelmente dirá q Trump lê Marx com muita assiduidade. Esquerdista tolo, esse Trump.
Trump é completamente estúpido. Sua visão nacionalista e isolacionista é populismo para seus eleitores ultra-conservadores. O difÃcil é entender a posição do colunista, q considera atitudes como as de Trump como tÃpicas da esquerda. Trumps ocorrem qdo o nacionalismo populista vence, e há exemplos na esquerda e na direita.
Esquerdista ele não é.Tolo ele é. Não vai trazer de volta as empresas que estão fabricando na Ãsia. Protecionismo inibe a inovação que é o caminho para a competitividade. A reserva de mercado da informática no Brasil foi um desastre. Proteção contra dumping e contrabando é outro assunto.
Interessante que paÃses fora de EUA e Europa só entraram para o rol dos mais desenvolvidos usando o nacionalismo e produção disso que não tem importância. Até os tigres asiáticos tidos como referência pelos liberais são assim, Japão e Coreia do Sul a frente. A Europa protege seus produtos, a América tem lei pra isso. Mas aqui a ideia jabuticaba diz que não pode. Como a jabuticaba é só aqui.
Eu presumo que a avó do colunista lia Marx, visto q não conseguia entender a cadeia de criação de valor q trazia o leite pasteurizado à sua casa.
O colunista deveria estudar melhor a história da revolução digital, antes de atribuir à esquerda a dificuldade de valorizar intangÃveis. A IBM, então uma das maiores empresas do mundo, decidiu criar o PC, pressionada pelo sucesso da Apple. Sob o argumento de q o dinheiro estava na produção de computadores, sua diretoria terceirizou a uma pequena empresa de softwares o fornecimento do sistema operacional. O sistema era o DOS, a pequena empresa era a Microsoft. O resto é história.
As preferências polÃticas do colunista turvam sua capacidade de análise. Visões nacionalistas produziram reservas de mercado, à esquerda ou direita. O Japão do passado foi canhoneado (literalmente) pelos americanos para força-los a abrir seu mercado, mas não me consta q Marx fosse popular por lá na época. As reservas de mercado citadas na coluna foram criadas pela ditadura militar, de extrema direita. Já o mercado comum europeu foi construÃdo por governos social-democratas e liberais.
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