Por mais sistêmica que seja a nossa corrupção, por si só ela não explica o fosso entre o nosso potencial e a realidade. Samuel Huntington, o cientista político de Harvard e autor, enfureceu portugueses e brasileiros quando declarou que se os EUA tivessem sido colonizado por portugueses, hoje os EUA seriam como o Brasil. Mesmo tendo muita corrupção, principalmente no início, os EUA conseguiram se distanciar de nós porque legislaram com a razão e conseguiram criar instituições fortes e duradouras.

Na minha modesta opinião, o economista-articulista demorou, um pouco apenas, mas não tardou; como leitor assíduo, cabe-me, agora, elogiar-lhe pelos esclarecimentos produzidos, com o vasto e sofisticado instrumental que sabidamente domina, em tema tão importante para todos nós.

O que parece assustador, enfim, é a imensa capacidade de o Estado investir e gerir mal. O que leva à conjectura de que seria bom que ele se retirasse dos setores em que sua presença não é essencial (saúde, saneamento, segurança, educação, pesquisa).

Creio q o último parágrafo resume bem a questão. Vale para grandes projetos, mas tbém para pequenas comunidades e nos serviços públicos. Por ex., se dinheiro é desviado da educação, o custo da corrupção se multiplica pela perda de competitividade por baixa formação da mão de obra, de capacidade de inovação e de empreendedorismo, custos pelo aumento da criminalidade, etc.