Hélio Schwartsman > Carnaval de exceção Voltar
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Filnalmente encontro uma alma que mora em cidade e gosta de dormir e acordar cedo. Eu que já estamos tão acostumados ter os nossos direitos cerceados, que as vezes nem analisamos quão pouca liberdade temos
Isso é caso de PolÃcia. Qualquer cidadão pode registrar Boletim de Ocorrência pelo crime de abuso de autoridade previsto na lei 4.898 de 1965, artigo 3o, inciso A.
Impedir ou restringir o direito constitucional de ir e vir para pedestres, em pleno logradouro público, sem que haja uma calamidade ou situação de emergência, de fato é legalmente aberrante e revela pendores ditatoriais da autoridade que deu a ordem. Ademais, usurpou poderes do Legislativo, já que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei” - artigo 5, II, da C.F.
O legislativo é corrupto, legisla em causa própria e de forma populista afim de se reeleger, logo muitas leis não têm mérito e cabe ao judiciário fazer vista grossa às incongruências.
Isso é caso de polÃcia. Qualquer cidadão pode registrar BO pelo crime de abuso de autoridade previsto na lei 4898 de 1965, artigo 3, inciso A.
Aproveitando o eufemismo apontado pelo Hélio, gostaria de expor também a minha singela opinião sobre a tal festa pagã. O carnaval é uma festa de purgação coletiva, por óbvio. Esse tipo de festa toma proporções gigantescas em sociedades sufocadas, não-realizadas ou não-realizáveis. O gigantismo do nosso carnaval é proporcional à nossa imensa tristeza como povo, nação. Uma festa triste, portanto. Um espelho patético da nossa condição.
Tambem moro na Vila desde a epoca que o maximo que se via no carnaval era um bloquinho que se concentrava ali perto da mercearia. O que se seguiu foi um crescimento desordenado, com muita violencia, drogas, depredacao de bens públicos e privados, pancadao a ceu aberto ate amanhecer. Caos total, selvageria mesmo, travestida de “manifestação cultural”. De modo que, em favor de uma ordem minima, não sinto meus direitos restritos por ter que apresentar um comprovante de endereco.
Pouco importa o seu sentimento pessoal diante dos direitos e deveres de toda a coletividade. Como fica quem tem sentimentos diferentes dos seus ? Se moradores de outro bairro quiserem almoçar num restaurante na V. Madalena, não poderão. Empregados domésticos ficarão impedidos de entrar no bairro pois não têm uma conta de luz pra mostrar, inclusive as babás de filhos pequenos. O visitante terá que ligar pro morador ir buscá-lo, como ocorre nos territórios dominados pelo tráfico aqui no Rio !
Muito bem!apoiado!viva a liberdade.
O velho Tucidides já dizia que o segredo para a felicidade é a liberdade... e o segredo para a liberdade é a coragem. Durante décadas os carnavalescos forçaram a suas escolhas sobre a sociedade sendo que o amor ao carnaval nunca foi unanime no paÃs. O que Doria faz, e não faz mais do que a obrigação, é justamente resguardar o direito da minoria, coragem que faltou para a maioria dos prefeitos anteriores. Carnaval nem é festa, é um negócio que enriquece uns poucos à s custas de muitos.
Resguardar o direito da minoria ? Como assim ? Veja o seguinte - eu moro em Copacabana, no Rio de Janeiro. Agora o Sr. imagine que o Sr. vem passar férias no Rio, e de repente o Sr. descobre que a PolÃcia cercou o calçadão da Praia com grades ao longo de 4 km, de modo que somente moradores podem pisar na areia e ir ao mar, mediante comprovante de residência. Seria super tranquilo para mim, mas isso não seria certo. Seria a privatização do espaço público só para alguns. Vergonha ! Vergonha !
Colunista, estilo orelha-de-livro, pretensioso: basta se mudar para um lugar onde não tenha Carnaval.
É ululante que o direito de ir e vir é universal. Contudo, é muita pretensão “universo sem carnaval”.
Não votei no Prefeito e não o admiro, mas esse artigo é pura perda de tempo!
A força fisica e da natureza do poder, e ele ñ perde oportunidade de exibir truculencia, querendo a cada vez mostrar ao mundo que o poder é a solução, ñ como de fato é: o problema. O poder é dado por nós e deve ser tirado. A inteligencia nas soluçõs e o dialogo ñ é da natureza do poder, ou do gestor, nesse caso. Dialogo com a população e a oferta de meios, so em ultimo caso. No transito se ve com clareza o uso de proibições e barreiras como se fossemos uma manada acefala.
Como se fôssemos...infelizmente a maioria é. Somos.
Impressionante. Nunca está bom. A impressão que o leitor tem é de que a Folha fornece uma cartilha aos seus articulistas/jornalistas orientando-os a criticar por criticar. Já passou à cabeça do autor do texto que o direito de ir e vir não se vê prejudicado por exibir RG e coisas do gênero, mas apenas adaptado a uma situação em que, não fosse assim (no caso, blocos de Carnaval perturbando toda a coletividade de um bairro), haveria imensa violação ao direito à paz? Texto reducionista e raso.
Peralá. O colunista disse comprovante de residência e não RG. Isso muda tudo. A PM tem o direito de pedir o RG das pessoas, mas a PM não pode - e nem a GM pode - exigir o comprovante de residência para alguém entrar em certa área pública. Isso equivale a privatizar o espaço público para alguns, e não para todos. Então se eu não gosto de Carnaval, mas quero ir a um cinema ou teatro ou restaurante em V. Madalena, não posso ? Isso é tão aberrante como um bantustão na Ãfrica do Sul do Apartheid.
Poderiam todos viver internados na amazônia e serem pautados de lá. Talvez a cabeça funcionasse de forma diferente.
Se a Sra. não se importa em ter sua liberdade de ir e vir restringida, ficará muito feliz na Coreia do Norte, onde qualquer viagem para outra cidade pode ser proibida sem explicações, pelo governo de Kim-Jong Un. Já pensou se a moda pega, e cada bairro ou cidade do Brasil resolve criar seus bantustões - territórios segregados para algumas pessoas - a Sra. ficaria feliz de não poder entrar no território alheio ?
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