Vera Iaconelli > O bebê tem fome de quê? Voltar
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O neonato chora não só porque está sofrend, senão “quem não chora, não mama”, simples! Além do mais, inicialmente é a única forma de comunicação do bebê. O artigo é muita teoria porém aparentemente pouca pratica
Só um engano: "O bebê, diferentemente dos outros mamÃferos, nasce faminto pelos odores (...) com os quais conviveu durante a gestação"; nada muito diferente de "outros mamÃferos", há farta evidência dessas influências pré-natais em outras espécies (especialmente em ratos, mais estudados... ver Bennett Galef e cia).
Quais estudos demonstram que a fala dos pais podem salvar ou destruir as perspectivas de um bebê na UTI neonatal? Porque, como pai de uma bebê que ficou internada por 3 semanas, ouvir que a maneira como eu falava poderia ter sido a ruÃna dela, pra mim, foi muito doloroso. Fico com a sensação que a tentativa é colocar controle onde na verdade não temos muito o que fazer (como pais). Pq se hoje os bebês sobrevivem, não é pq falamos melhor, mas pq a medicima moderna nos da essa chance...
Oi Dan (respondi ontem, mas não apareceu) Eliacheff, Caroline, "Corpos que gritam" Trabalhos de Françoise Dolto (há vÃdeos e filmes sobre ela), Rosine Debray e inúmeros psicanalistas trabalhando com bebês recém nascidos. Todos nós vamos adoecer e alguns se curarão, as variáveis são inúmeras, mas a presença humana e as intervenções verbais são muito importantes em alguns casos. Minha tese de doutorado traz um atendimento dessa natureza. Espero que sua filha esteja bem.
Oi Vera, obrigado pela resposta No seu texto você disse: "algumas intervenções verbais podem reverter quadros somáticos gravÃssimos na UTI neonatal e outras podem pôr tudo a perder". Você conhece estudos que dão suporte a essa frase? Você pode me enviar? Que tipo de quadro gravÃssimos pode ser revertido dessa forma? Como podemos saber que o ingrediente ativo da intervenção é, de fato, a linguagem dos pais? abs
Caro Dan Josua, A frase muito concisa pode ter dado margem a essa interpretação, mas lhe asseguro que se trata do oposto. Antes dos anos 60/80 se imaginava que diferentemente de crianças e adultos, os bebês recém-nascidos eram indiferentes à dor -sistema nervoso imaturo- ou à fala - eles não entendem as palavras. De lá para cá, sabe-se que mesmo cantando “boi da cara preta” com afeto e interesse, transmitimos algo de que um bebê humano não prescinde, como os demais mamÃferos.
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