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Alimentos são sim essenciais à vida, mas os ultraprocessados não são alimentos essenciais. Os in natura e minimamente processados é que não podem ser retirados da alimentação porque são essenciais à vida. As pessoas até podem consumir ultraprocessados, mas estando devidamente informadas de que eles vão piorar a qualidade da alimentação - isso sim é liberdade de escolha.
veja-se artigo publicado ontem na revista british medical journal: http://www.bmj.com/content/360/bmj.k322
"Empresas não podem se furtar à obrigação de fornecer a melhor informação cientÃfica disponÃvel sobre o que comercializam." O problema é como as empresas agem, nem sempre da maneira mais correta, chegando inclusive a financiar "pesquisas cientÃficas", com resultados duvidosos. Já vimos isso no passado em relação à s indústria do tabaco.
o editorial não é apenas um equÃvoco. é também um abuso de má-fé.
Que essa atitude maravilhosa seja a semente que salvará milhões de vidas.
imprensa fica triste quando fazem qualquer restrição contra sua majestade o anunciante.
Quanto à liberdade de escolha de cada um, não há o que falar. Contudo, faz-se necessária sim a interferência do estado no marketing. Seu único objetivo é o de promover a venda de produtos, sejam eles benéficos ou não. Tivéssemos um alto de grau de informação ou fôssemos imunes a certos tipos de indução, não haveria problema, mas não é o que a realidade nos aponta. Tomemos por base cigarro e cerveja. Que lucro há para a sociedade na massiva propaganda da bebida? Causa menos mortes que o cigarro?
O pior mal que pode existir é o estado truculento se metendo na vida das pessoas. Por mais meritoria que seja a causa acaba degenerando e fortalecedo a ideia de poder provedor. O papel que reservaria ao estado, se é que se pode confiar no estado, ja q so da mal exemplo, é a informação. Ensinar na escola, sem obrigar, a todos a ver as calorias nos alimentos. Usar tabela de alimentos e exercicios. Da flexiblidade na alimentação.
Quem se mete na vida das pessoas é a indústria de alimentos que faz marketing abusivo e muitas vezes enganoso. Estabelecer obrigatoriedade de informações claras e de fácil interpretação é dar liberdade para o consumidor escolher o que quiser baseado em informações verdadeiras - o que consequentemente diminui a necessidade de ter que ensinar na escola a fazerem contas mirabolantes para entender a tabela de alimentos, caso consigam enxergar as letras minúsculas.
Basta conferir as pinturas antigas do tempo em que o termo alimento processado não existia para constatar que a obesidade sempre existiu e era vista como sinal de prosperidade. É verdade que hoje a incidência aumentou, mas jogar a culpa nos alimentos é um equÃvoco. Alimentos não são criaturas pensantes que escolhem entre o bem e o mal. A solução está na mudança dos hábitos das pessoas que precisam balancear a equação entre a entrada e saÃda de calorias. Se entra mais do que sai, acumula alhures.
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