Enquanto não legalizarem a maconha as "forças da lei" continuarão fazendo o que tem feito nos últimos 50 anos: enxugando gêlo. Enquanto um policial ao revender uma AR15 apreendida terá faturado dez vezes seu salário mensal, essa equação não vai fechar nunca.

Enquanto não legalizarem a maconha as "forças da lei" continuarão fazendo o que tem feito nos últimos 50 anos: enxugando gêlo. Enquanto um policial ao revender uma AR15 apreendida terá faturado dez vezes seu salário mensal, essa equação não vai fechar nunca.

Não dá para esquecer que a violência, que existe não só no Rio de Janeiro, que deve ser combatida com rigor, tem origem também na injusta distribuição de renda, que faz do Brasil um dos campeões mundiais.

Jogo de cena e oportunismo político. O RJ já está sob intervenção há bastante tempo, pois as forças armadas já atuam no policiamento da cidade, sob o manto da GLO (garantia da lei e da ordem), eufemismo encontrado para designar situação própria de intervenção. A conferir.

Jogo de cena e oportunismo político. O RJ já está sob intervenção há bastante tempo, pois as forças armadas já atuam no policiamento da cidade, sob o manto da GLO (garantia da lei e da ordem), eufemismo encontrado para designar situação própria de intervenção. A conferir.

Sem dúvida que a solução definitiva só virá(ia) no médio ou longo prazos. Dada a alarmante situação no Rio de Janeiro, a intervenção não só faz-se necessária como tem um papel didático no tocante à adoção de medidas que venham resolver a questão. Os militares só devem ser empregados de forma pontual, complementando e apoiando o trabalho das polícias militar e civil, a quem compete a atuação direta com os criminosos. Mesmo que tardiamente, o estado cumpre seu papel na tentativa de uma solução.