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Ruy Castro e o rock (2) A “desidentificação” inicial de Ruy Castro com o rock talvez lhe cause algum desconforto. Tanto que ele, sempre que pode, aponta sinais desabonadores do gênero, purgando-se, de alguma forma, da “desidentificação”. Quincy Jones vem então a calhar, porque atingiu os artistas máximos do rock, os Beatles, proclamando-os como “os piores músicos do mundo”, em uma entrevista concedida a uma revista com o simpático nome de Abutre.
RUY CASTRO E O ROCK (6) Não acho que Ruy Castro deva ser criticado por esse mÃnimo deslize na citação de Quincy Jones. Nem por sua não identificação com o rock. Creio que, devido a essa “desidentificação”, Ruy Castro desenvolveu um grande interesse pela MPB, que o levou a escrever livros excelentes, imperdÃveis, sobre ela. Isto sem mencionar todo o seu excelente trabalho como jornalista, biógrafo e escritor.
RUY CASTRO E O ROCK (4) Na pressa em apontar sinais desabonadores no rock, Ruy Castro não percebeu que Quincy Jones falava do arranjo que fez para a canção Love Is a Many Splendoured Thing, do primeiro álbum solo de Ringo Starr (já fora dos Beatles), intitulado Sentimental Journey. Assim, erradamente diz que, “segundo ele (Quincy Jones), em certas passagens dos discos dos Beatles, quem desempenhava eram músicos de estúdio”.
RUY CASTRO E O ROCK (1) Acho que Ruy Castro tem o seguinte problema com o rock: nos anos 1960, não se identificou com a música de sua geração (minha também, tenho 63 anos; ele, 70), preferindo se identificar com música com reputação já firmemente estabelecida junto à geração anterior, o jazz. Em meados dos anos 1960, o rock era uma música ainda muito primária, sem evidentes sinais de qualidade artÃstica. Contudo, o rock evoluiu muito, e firmou-se como fenômeno artÃstico.
Lamentável ver Ruy Castro usar irresponsável declaração do maestro Quincy Jones classificando Paul McCartney de "pior baixista" que já ouviu. Quincy jamais trabalhou com os Beatles, e se, de fato, disse que músicos de estúdio socorriam o supostamente "limitado" Paul, o fez baseado em relato de terceiros, ou seja, fofoca pura. Em tempos de fake news, o jornalista deveria ter o cuidado de não usar informações de segunda mão que não apurou para requentar tema velho. Beatles não foram Milli Vanilli.
RUY CASTRO E O ROCK (5) Quando George Harrison convidou Eric Clapton para tocar na gravação de While My Guitar Gently Weeps, este estranhou, dizendo: “só os Beatles tocam nos discos dos Beatles!” Harrison respondeu: “a música é minha, toca quem eu quiser”. Sempre se soube que só os Beatles tocavam em suas gravações (exceto pelos naipes de cordas e metais, evidentemente). Isto é fato notório, documentado e com dezenas de testemunhas. Nenhum artista foi tão escrutinado quanto os Beatles o foram.
RUY CASTRO E O ROCK (3) Considerando o nome da revista para a qual Quincy Jones deu a entrevista (“Vulture”, isto é, Abutre) e mais outras declarações de Quincy Jones, dizendo que ele sabe quem matou Kennedy (Sam Giancana, chefe da máfia de Chicago), que ele teve relações com a filha de Trump (Ivanka), dá para pelo menos desconfiar que o tom geral da conversa é o de farsa.
Falou bem, Grace.
McCartney é excelente baixista e nos discos dos Beatles eles mesmos tocavam seus instrumentos (McCartney tb tocou bateria em algumas músicas, como em "Ballad of John & Yoko"). Jimmy Page foi músico de estúdio e conta que o trabalho foi ficado chato porque os músicos das bandas foram melhorando e ele passou a gravar comerciais (isso em meados dos anos 60).
Ah Quincy Jones, vai procurar o que fazer!!!! Buscando notoriedade e chamar atenção por meio de absurdos, denegrir a imagem dos Beatles!!! Sinceramente, ele ate pode achar que não são bons músicos comparados a outros, mas o que esses caras faziam junto é o que interessa e nenhum outro artista, inclusive os produzidos por você,um dia chegarão lá!!
Recomendo o documentário "The wrecking crew", disponÃvel na Netflix, onde mostra os verdadeiros músicos que tocaram em 99% das gravações de todas as bandas americanas dos anos 60, 70 e 80. Esses músicos foram os verdadeiros responsáveis por todos os imortais sucessos dessas décadas.
Boa dica.
Correção : Até hoje é assim.
Eu tenho o CD do Gary Lewis e sou fã deles. Gosto de ouvir a música " Jill ". Quando eu ouvia essa música, eu me imaginava dentro de uma nave extraterrestre e viajando pelo espaço sideral. Até hoje á assim. Não sei porque.
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