Rodrigo Zeidan > Não, a culpa não é dos outros; é toda nossa Voltar
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"Não há complô dos Estados Unidos contra o nosso desenvolvimento" é um atestado de desconhecimento histórico, seja do Brasil ou do desenvolvimento do capitalismo no mundo, principalmente após a Segunda Guerra.
Tanto a norma cultural quanto o termo correspondente existe no Brasil. Deixando de lado a subordinação cultural à lÃngua inglesa, o Houaiss informa: ‘responsabilizarÂ’; “tornar-se responsável pelos seus atos ou pelos de outrem”. Logo ‘responsabilizaçãoÂ’ não é “uma tradução falha”, mas a certa. Do dicionário Oxford: ‘accountabilityÂ’: “responsabilidade”, e ‘dar satisfação para as ações”. Portanto, eventual ausência de responsabilidade não tem nada a ver com a lÃngua portuguesa.
É tradução falha sim. Use numa frase. Em português, responsabilização é quase culpabilização. Responsabilização é o mais perto que se pode chegar num dicionário mas não exprime o conceito de accountability - ser accountable não é ser responsável! Dicionários também erram. Se não fosse o caso, não teria coluna.
Há décadas leio sobre o mito do brasileiro q não assume sua responsabilidade, mas não somos muito deferentes de outros povos. Os exemplos do colunista são risÃveis. Como se ninguém no Brasil nunca dissesse "Derrubei o copo" ou "Meu filho precisa estudar mais". Não há nada errado em tesponsabilizar polÃticos pelo caos do paÃs, é culpa deles sim. Quem votou neles em geral foi enganado. Para o colunista, o culpado é a vÃtima.
Excelente artigo. Comentário brilhante.
Excelente artigo. Enfim um economista construtivo, com abordagem socialmente aproveitável.
Na verdade, em inglês pergunta-se "how much do you earn", que quer dizer quanto você ganha ou recebe.
Não, "how much do you earn" significa "quanto você fez por merecer". Veja a frase: "you earned it!" significa "você conseguiu! (i.e., fez por merecer)." A tradução de earn não é ganhar ou receber e sim fez por merecer.
Parabéns Rodrigo. Eu credito a esse comportamento, que infelizmente é majoritária na população brasileira, boa parte das nossas mazelas. Uma delas é a qualidade dos nossos representantes no Congresso, que nada mais é que um reflexo do baixo nÃvel de cidadania do nosso povo, que tolera, convive e até compactua com a corrupção no seu dia a dia, dando esmolas nas esquinas, cometendo infrações no trânsito, jogando lixo nas ruas, depredando bens públicos, sonegando impostos etc.
Quem já viveu em outros paÃses sabe que esse comportamento não ocorre apenas no Brasil, mas aqui é endêmico, talvez uma influência da religião onde tudo acontece "se Deus quiser". Ou seja, se ele não quiser, nada acontece e todo mundo fica satisfeito. Nas classes mais pobres a solução para todos os problemas é "colocar nas mãos de Deus". Como dizia o P. Drucker "a melhor maneira de prever o futuro é cria-lo." Todos somos os donos do nosso próprio destino e não os outros, ainda que divinos.
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