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José Cardoso
Gustavo, os pobres não são "ameaça ao bem estar dos privilegiados". Quanto mais consumo melhor para todos. Quanto ao México e Argentina a escravidão foi muito menos importante que no Brasil. É só ver a composição étnica desses países.
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PROF ROGERIO LUSTOSA BASTOS
Discordo de Barros ao criticar Jessé qto ao laço existente entre a Globo, Lava Jato e questões geopolíticas. Ora, quer dizer que do golpe de 1964 para cá, de repente, a Globo aceitaria o Brasil ser mais independente da hegemonia vigente? Isto pode se dar "fora" de tal hegemonia? Jessé, no livo citado, cita documentos que amparam tal crítica. Pode-se discordar desses autores, mas eles existem. Ex: Klein,N. A doutrina do choque: ascensão do capitalismo de desastre. RJ: Nova Fronteira.
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Rodrigo Carvalho
Não se pode negar que o Celso é bem mais inteligente e preparado que a média dos petistas. Dá até pra desconfiar de que ele nem é lá tão petista assim. No presente caso, ostenta grande mérito ao demonstrar que quem nasceu pra jessé nunca vai chegar a Raimundo Faoro ou Sérgio Buarque de Holanda.
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José Cardoso
Um bom teste para teses sobre o Brasil é a situação da América Espanhola. Por exemplo. se a escravidão é tão fundamental para explicar nosso atraso, porque Argentina e México são nossos companheiros de subdesenvolvimento econômico e político, se lá essa instituição foi muito menos importante?
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Rodrigo Carvalho
Além do mais, Cláudio, por que a escravidão não atrasou os EUA? A verdade é que o atraso da América Latina, e do Brasil em particular, deve-se, em sua maior parte, ao obscurantismo do catolicismo ibérico, com suas restrições históricas à ciência e à contracepção. O que falta é coragem, para que se desenvolvam teses mais amplas sobre o assunto.
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Gustavo Carvalho
Primeiro, a escravidão foi estruturante na História de México e Argentina sim. O problema é que você, como quase todos os brasileiros, não conhece essas histórias. Segundo, o ponto principal não é o quanto a escravidão influenciou no nosso subdesenvolvimento, mas o quanto ela influenciou no tipo de sociedade que temos hoje, profundamente desigual, na qual os pobres são vistos com desprezo e como ameaça ao bem estar dos privilegiados.
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Luciano Narciso Sanches
Como sempre brilhante. Abraços
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