Opinião > Corporativismo nota 10 Voltar
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A incongruência no serviço público espanta os brasileiros. Enquanto os próprios funcionários reclamam da falta de pessoal, um dos motivos da greve dos Correios, a folha de salários só faz aumentar. A conclusão mais lógica é que tem muita gente recebendo sem trabalhar no melhor dos casos, ou nem comparecendo no pior deles. Por outro lado existe luz no fim do túnel; meu filho que mora nos EUA solicitou ao mesmo tempo renovação dos seus passaportes americano e brasileiro; o brasileiro chegou antes.
Há vários equÃvocos na opinão da Folha a respeito das gratificações de desempenho. Tais vantagens não são privilégios. Na verdade, foram criadas para substituir reajustes, com grande vantagem para o Governo Federal, já que os aposentados recebem apenas uma fração do que recebe o pessoal da ativa. Além disso, o estratagema de burla ao princÃpio da paridade é muito anterior a 2008 (a Gratificação de Desempenho de Atividade Tributária - GDAT, por exemplo foi criada pela MP nº. 1915/99).
O importante é o seguinte: não tem jeito, pode ser o governo que for, o Estado nunca vai cuidar bem do seu dinheiro! Alguém tem alguma dúvida disso? Cidadão Máximo, governo mÃnimo.
A gratificação é correta. Mas deve existir quando a empresa tem lucro. No caso do Estado Brasileiro quando houvesse superavit nominal (não apenas primário).
Falando em âmbito municipal,, pelo menos na cidade onde resido e trabalho como funcionário público, é uma farra. Existem casos tão bizarros que narro o de uma funcionária que, após hum ano de afastamento por licença médica, retornou com restrição e foi deslocada para atender telefone, função inferior a que ela exercia. Qual foi a surpresa: após dois meses, agraciada com Gratificação de função. Fora outros mais irregulares que não tenho espaço para narrar. Repito: aqui é uma farra!
Acho um absurdo que um editorial tão mal escrito é que expressa total desconhecimento e ignorância sobre mecanismos de gestão respeitados e testados em grandes corporações. Esse é um dos mecanismos para obtenção de resultados que usa critérios objetivos. Um pouco de pesquisa não faria mal ao editorialista: deveriam ao menos ouvir o Bresser Pereira, autor do inÃcio dessas reformas do Estado brasileiro que só trouxeram benefÃcios ao paÃs. Se a Folha os utilizasse teria bons editoriais.
Um tÃtulo pomposo para um editorial raso como quase tudo que se escreve sobre serviço público.
As gratificações de desempenho, ao contrário do parece a reportagem, surgiram mais para burlar a Constituição Federal que estabelecia mesmo Ãndice de correção salarial anual para ativos, aposentados e pensionistas. Os primeiros podiam atingir o máximo de 100% e os dois demais 50%. A intenção nunca foi avaliar o mérito dos servidores.
O pior legado do governo petista, não foi a corrupção que sempre existiu. Mas o monstro do corporativismo dos funcionários públicos. Criou-se mais uma oligarquia no paÃs das oligarquias, pobre povo brasileiro.
O funcionalismo foi linha de frente pelo impeachment de Dilma. Judiciário a frente. Foi depois dela vetar o reajuste do judiciário que sua vida ficou difÃcil nos tribunais.
Enquanto isso, os funcionários da saúde, que estão se desdobrando, fazendo até 6 horas extras por dia e trabalhando aos sábados e domingos, recebem R$100,00 por dia em que fizeram essas horas extras (se tiverem nÃvel superior, porque se tiverem nÃvel médio recebem apenas R$70,00).
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