Um belo artigo, não necessariamente é a sua opinião. Do nada não se pode nada, como se pode esperar?

Essas ideias refinadas, expressadas na Coluna, servem aos ateus, repudiam os pregadores de igreja interessados apenas no dizimo, que tanto mal causam ao povo. Há algo mais que a religião, mas é nada. Então o Humanismo parece ser o melhor caminho. Ética. Respeito ao próximo. Amor. Esquecer esse negócio de vida eterna. (Escrevo isso como se fosse necessário ouvir a mim mesmo para então seguir adiante).

É notório que quando o articulista opta por fazer filosofia (em detrimento de dar pitacos em Política como um torcedor) temos o melhor dos Pondés. Que primor de coluna! Se se tomar o niilismo como um "e daí?" para tudo, eis aí o perigo. Mas se, por outro lado, o tomarmos como um "é o que é", talvez possamos unir esforços em prol de uma existência menos miserável - afinal, só ela importaria.

"Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo". A física quântica há mais de duzentos anos desenvolveu teorias que foram comprovadas há mais de cem anos. Um dos experimentos, esse mais recente, mas também antigo, comprova q a expectativa do observador sobre o observado altera o resultado. (é comprovado também para pensamentos e intenções...). Então,Universo, Uno + Verso. Vc vive mergulhado em espelhos das suas crenças.

Li uma vez um texto de Bergson em que ele argumentava que o nada era uma abstração a qual se chega com muito custo. É preciso muita disciplina mental para afastar os pensamentos sobre o que existe, tão difícil como retirar o ar de um recipiente para produzir vácuo. O niilismo me parece uma tentativa artificial de considerar natural ou originário esse estado muito artificial.

Esse é o Pondé que admiro!

“A vida é uma História contada por um I.diota, cheia de Som e de Fúria, sem Sentido algum.” - William Shakespeare

Expor a compreensão de Niilismo não cai bem para um filósofo modinha. Tantos erros de interpretação para um "cultuador" do conservadorismo nada politicamente correto só confirma aquilo que eu já imaginava: qualquer um poderá alcançar a alcunha de pensador nos tempos modernos.

Os filósofos niilistas adoravam recorrer ao suicídio. Não posso tirar-lhes a razão, pois dentro do conceito em que vivem mergulhados, creio que diante de uma situação de sofrimento contínuo de média a forte intensidade, é a coisa mais lógica a fazer. Se a vida não tem propósito algum, se somos um pacote de carne autônomo, à deriva em um universo totalmente sem sentido, desgovernado, surgido ao acaso há 15 bilhões de anos, qual a diferença entre viver 80 ou vinte e poucos anos ? Tolinhos!