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A Folha acerta ao mostrar a falta de bom-senso no radicalismo das discussões polÃticas atuais. Mas tem sua cota de responsabilidade. Observar colunistas que defendem a ditadura venezuelana e colocar no rodapé que a responsabilidade é do articulista, não isenta a Folha. É um acinte à democracia.
A "defesa da liberdade artÃstica" é a defesa da liberdade de mentir? Nas outras situações o que se buscava (e em alguns lugares se conseguiu) era interditar a manifestação artÃstica. Da obra do Padilha se denuncia a torção dos fatos para favorecer um grupo polÃtico. Não há qualquer ação para impedir sua exposição. Reclamar é democrático, impedir não! Foram mal comparadas as duas situações.
Caju, o tal Jucá, retornará em 2019, novamente, após "conversar" com os incriveis 22 (vinte e dois), isso mesmo, 22 prefeitos municipais de Roraima, ou seja, com 200 mil votos ele retorna como senador mais votado de Roraima... O diretor Padilha e outros mais ousados, tem mais é que escancarar o esgoto a céu aberto instalado em BrasÃlia. Bem pior que a série comentada. Não tem exagero nenhum...
O sucesso de "O Mecanismo" dá-se pelo patrulhamento ideológico, tal qual a exposição meses atrás. Sob vários aspectos técnicos, a série é fraca: o texto é ruim, a fotografia é péssima, som errático e interpretações sofrÃveis (exceto por Selton Mello, que é ótimo ator). O casuÃsmo de lado a lado é fruto da nossa inabilidade em explorar olhares. Dizem que não é por acaso que temos dois ouvidos, dois olhos e só uma boca. A era digital alterou a matemática: agora temos 10 dedos (uns têm nove!).
Para o PT só há uma narrativa, a deles. E o fato histórico é que Lula tentou estancar a sangria da Lava Jato, há uma denúncia contra ele por obstrução de Justiça, provavelmente a expressão que usou ao falar com seu advogado foi mais chula. Comercialmente a Netflix ganhou com a frase polêmica, eu assisti metade do primeiro episódio e parei porque não entendia o Selton Mello, depois da polêmica com Dilma vi a série inteira e gostei.
Octavio Paz certa vez disse que quando a hipocrisia se torna um traço do caráter, ela também afeta a maneira de pensar, porque passa a consistir de uma negação de todos os aspectos da realidade da qual alguém discorda, ou acha desagradável, irracional ou repugnante.
O obscurantismo louco da patrulha ideológica é o substrato ideológico que prevalece acima de qualquer circunstância, nega a primazia da realidade e não enfrenta a decadência . Será isso a famosa alienação? /Claudia.
Não existe "a esquerda", apenas um setor especÃfico assim carimbado, como existem também inúmeras gradações na ""direita". Só boicotou quem se sentiu incomodado. Não é uma ordem unida.
De fato, a frase "estancar a sangria" foi de Jucá, não de Lula. Muito pior porém foi a fala gravada de Lula dizendo que se a ministra do Supremo Rosa Weber, que o PT colocou no Supremo tivesse "c...lhões", não permitiria a ida do seu processo para Curitiba, e que deveria ser pressionada. Curiosamente a expressão Patrulhas Ideológicas, é de outro cineasta horrorizado com o maniqueÃsmo e ausência de auto-crÃtica da esquerda: Cacá Diegues. Pensando bem, Padilha até pegou leve.
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