Ruy Castro > Nos sapatos do passado Voltar
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Ahh que delÃcia, tenho menos de duas décadas de idade, mas essa época do Brasil mexe com a minha cabeça. Falando nisso, Ruy, não quer me passar um desses seus exemplares de Chega de Saudade? Hahaha (brincadeira, brincadeira...)
Tenho um Caruso do inÃcio da década de 1920. Tb tenho um long play de Bessie Smith dos anos 1930. Só que meu toca disco pifou e fico sem ouvir as preciosidades. Não tenho João Gilberto, embora em minha meninice sempre quis ter. Só que minha defunta mãe, então viva com uns 43 anos, não gostava de "musga brasileira" e só amava Valsas Vienenses. Perdi!
É acento grave e não agudo, bitencourt.
É acento agudo e não grave, bitencourt.
Santos, você não entendeu nada. Sua carência de discernimento é aguda, o que torna seu caso grave.
Eu só peço a Deus mais 10.000 anos da década de 50 e 20.000 anos da década de 60. Com direito a repeteco. Vou pedindo.
É uma alegria ler "escrito a mão" sem o acento grave que infesta a imprensa. O artigo não se aplica, exceto para os muitos que viajam "ao pé".
Ruy é sempre um prazer ler seus textos! Obrigada pela generosidade de compartilhar conosco!
Que texto maravilhoso!
Dane-se o LP original! Inveja eu tenho mesmo é do estilo irretocável de escrita que possui Ruy Castro.
Os bons e velhos tempos são na maioria um mito, pois em nenhuma geração as coisas eram boas o tempo todo. A nostalgia é uma sedutora mentirosa, e não é mais o que costumava ser. Se de um lado o João inovava com a sua batida diferente, do outro o paÃs estava mergulhado em mediocridade e atraso a ponto de que nas visitas de dignitários estrangeiros fazia-se musiquinhas especiais para recepciona-los e se declarava feriados nos cidades para que as crianças pudessem sair a rua com suas bandeirinhas.
Cloves, eu concordo que os "velhos tempos" são, na maior parte das vezes, mitificados, em geral porque o memorialista era jovem e esperançoso. Mas sua crÃtica, em particular, não é muito boa, pois nós continuamos mergulhados em mediocridade e atraso - não aprendemos muito nos últimos 60 anos - e se não fazemos musiquinhas especiais é por falta de compositores com talento ou oportunidade para tal: um Billy Blanco não teria chance contra a Anitta, o que é pior do que retrocesso, é decadência.
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