Discordo! O incêndio não culpa dos prefeitos(Haddad ou Dória), a culpa é do dono do prédio, federal, do seu lula que investiu dinheiro público em estádios de futebol, investiu dinheiro público no estrangeiro(Cuba, Moçambique, Angola, Venezuela, Equador, Nicarágua), menos aqui em moradias. A Culpa é do lula que investiu dinheiro em propagandas autopromocionais menos em moradias. Os prefeitos não têm culpa.

Brasileiros não são muito afeitos a planejanamento, os do setor público então, nem se fala; nossos queridos representantes só se movem, mesmo que minimamente, só depois de consumadas as tragédias. E seguimos vivendo nesses amontoados de gente que alguns chamam de cidades.

A opinião do articulista até tem lógica, mas poupa a União, esta sim a grande responsável por não ter dado uma destinação ao imóvel abandonado que acabou ocupado por um movimento até então estranho que como se viu cobrava taxa mensal das vítimas do incêndio. O Doria, mais uma vez falou besteira e certamente seus opositores vão deitar e rolar em cima desse falastrão.

Mais de 80% desse pessoal que estão nas ruas das grandes cidades foram da agricultura. Boias fria a maioria que foram expulsos do campo com a modernização da agricultura. Está na hora de reverter o processo. Investir na formação de agropecuaristas. Criar escolas técnicas agropecuárias para formar agricultores especializado e no no fim do curso premiar os melhores alunos com uma propriedade de 30 hectares para o aluno produzir e com uma porcentagem da produção pagar a propriedade.

A causa ser (tambem) politica é inegavel. Mas nao somente. Tem a ver, mais, com questoes culturais(ou com aquilo que cultuamos), que é a perversidade que desponta em nossa sociedade regida sob o apelo da avareza, em detrimento a cobiça, como ha tempos aponta Cortella. A personalizacao dessa responsabilidade em Haddad e Doria parece-me ainda mais exagerada, ja que a politica tem raizes historicas e estruturais (muito) mais abrangentes.

Menos Demétrio, a história é longa demais para você apontar culpados pelo desastre, ainda mais sendo um doutor.

Se somarmos a renda familiar com o custo do transporte dá para um casal pobre trabalhador com um filho morar no centro da cidade com dignidade, o aluguel não é caro. O vale transporte desloca o pobre para a periferia.

A questão urbana no Brasil lembra o caso da ovelha que se sentou à mesa com dois lobos para discutir o que comer no jantar. Não é preciso ser um gênio para adivinhar o resultado. No caso da urbanização, um dos lobos é o poder público, o outro a indústria imobiliária. Acreditar que os dois lobos irão tomar decisões que favoreçam a ovelha, ou seja, o cidadão comum, não é só um ato de fé como ingenuidade. Esse desafio é maior que SP, pois ameaça todo o país. Cabe a sociedade se organizar para lutar

O colunista escreveu para a sua platéia. É inútil contestar as informações desprovidas de fundamento que constam em seu texto. Seus seguidores pensam como ele. Apenas ele esqueceu de acrescentar algo. Faltou lembrar para quem ler e concordar com ele que não esqueça de olhar embaixo da cama antes de dormir. Pode ter algum comunista escondido. E se tiver crianças em casa, cuidado redobrado. Os comunistas comem criancinhas!

Principalmente em épocas como essa de estagnação econômica, vê-se grande quantidade de imóveis com placas de vende-se, muitas vezes há mais de um ano. Imóveis há mais de 2 anos sem uso deveriam ser desapropriados e leiloados com valor do lance inicial bem baixo. O proprietário receberia o valor da venda, que por definição seria o valor de mercado. Caso o novo proprietário não usasse o imóvel, o processo se repetiria.

As cidades são artefatos políticos.Não é à toa que seu nome está inscrito na etimologia do termo: pólis. A crítica de Demétrio é irretocável, porém nenhuma cidade de grande porte( talvez Tokyo única exceção,mas o Japão é excepcional em tudo) logra equacionar este problema que está na raiz de sistemas altamente complexos que cristalizam-se temporalmente em o que chamamos “evolução urbana”.Londres,por exemplo,também está perdendo a luta contra a exclusão social,no próprio berço do “planejamento”.

A crítica é tão pontual que poderíamos deixar apenas uma frase: a culpa é sua Sr. Boulos. A culpa é sua morador sem teto. O pobre é usado para defender uma única tese: movimentos sociais são criminosos. Não subestimem a inteligência dos leitores. Esse incêndio deve ser melhor investigado. E se a Sociologia analisa, realmente, as relações entre homem e seu lugar vai descobrir reais responsabilidades. Manipulação dos fatos não é caminho para disseminar e difundir informação.

A paisagem urbana das grandes cidades é a imagem da combinação da cultura de segregação de pobres nas periferias com os favores aos comércio imobiliário. Por isso ocupam territórios imensos, distantes, com infraestrutura precária, e violentas.

Em apenas 20 anos, de 50 a 70, a população urbana, 36% do total, foi a 55% em razão do Êxodo Rural. No Censo de 2000, já era 80%, e hoje deve se aproximar de 90%. Todo esse enorme fenômeno nunca foi objeto de qualquer planejamento. Naquela época, 50 a 70, a Reforma Agrária esteve sempre no centro dos debates. A Reforma Urbana jamais foi discutida. Enquanto no Interior se faziam desertos, nas cidades se faziam infernos urbanos. Sob a batuta da especulação imobiliária. Deu no que deu.

A solução não está em recuperar áreas degradadas. Todas as tentativas fracassaram. A solução está em criar eixos de desenvolvimento ao longo das rodovias que saem da capital, levando o emprego, a moradia e a habitabilidade civilizada, humanizada e planejada para lá. Esqueçam o Estado. Nada que faz funciona, exceto como motor de mais corrupção. O caminho é através da parceria público privada, onde o Estado regulamenta e coordena, e empresas executam. O Pib dobraria.