Demétrio Magnoli > A ciência política do negacionismo Voltar
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Rafael, seria mais proveitoso para todos que você em vez de comentar o comentário dos outros, expusesse os próprios pontos de vista para enriquecer a discussão, isto é , se é que tem algum. A propósito, acabei de volta de lá. Recomendo uma visita para conhecer melhor a verdadeira América, aquela que turistas não visitam.
Colunas assim é que fazem ainda valer ser assinante da Folha.
Tá certo, Demétrio, a Mutz e o Vinimota parecem bem equivocados. A redução dos impostos dos ricos, no Reino Unido e nos EUA (mesmo com Obama) fez aumentar a concentração de renda e a desigualdade, nesses paÃses, afetando os trabalhadores mais pobres e sem diploma, brancos ou não. Foram estes que votaram no Trump e no Brexit. Problema é vão se danar e se arrepender, pois as restrições ao comércio e à imigração, que virão por aÃ, não vão resolver o problema deles.
O colunista afirma que a análise da Diana Mutz, da Universidade da Pensilvânia, está enviesada pela ideologia. O mesmo se pode afirmar da análise do colunista, que escolhe os dados que apoiam o seu raciocÃnio enviesado.
No Brasil a eleição para presidente é majoritária, mas o Congresso é eleito de uma forma federativa, onde alguns estados elegem mais deputados por habitantes que os mais populosos, A representatividade do Congresso não é majoritária, a federação só interfere na escolha de deputados, o presidente é eleito de forma direta. As Diretas Já foi uma reivindicação popular na década de 80.
Coisas incompreensÃveis da democracia nos States: (1) nas urnas, Clinton supera Trump com cerca de 3 milhões de votos, mas este é eleito pelo Colégio Eleitoral, o que leva à pergunta: pra que tanto tempo e dinheiro para votação nas urnas, se é o tal "colégio" que decide? (2) temos visto Trump tomando decisões imperiais sobre assuntos cruciais, c*gando e andando para o Congresso. Como fica o balanceamento de poderes ( pesos e contrapesos) naquele paÃs?
Concordo com alguns dos outros eleitores que não é nem a polarizacao do nacionalismo ou questões raciais, mas entender também que vieram à tona uma série de pontos de melhorias para o governo dos democráticas, tais como: o program de saúde que vinha afundando em fraudes que chegaram no ano passado a cerca de US$ 60 bilhões, alguns acordos internacionais, a politica externa Americana, o aumento da pobreza e certamente a incerteza!
De forma magistral, D. Magnoli refuta a tese da senhora Diana Mutz da Universidade da Pensilvânia de que o resultado das últimas eleições presidenciais dos EUA foi mais por motivos raciais e nacionalistas do que econômicos. O secretário de redação da Folha, Vinicius Mota, embarcou na canoa furada da senhora Mutz. É a velha questão: nas ciências ditas experimentais e, pior, nas ciências ditas humanas, você prova qualquer absurdo, bobagem ou achismo esgrimindo estatÃsticas para cima dos incautos.
Realmente, parece que o revisionismo desse estudo foi exagerado. O partido republicano não estaria jogando no dustbin toda a sua tradição de liberalismo comercial sem um motivo eleitoral forte. Perceberam que a estratégia do Putin, orgulho nacionalista como compensação pela falta de perspectivas econômicas tem bastante apelo para uma faixa da população.
Entre Magnoli, Mutz e Mota, a briga está feia para sabermos quem está menos errado.
Na última sexta a CNN transmitiu uma reportagem que fez no interior da Pensilvânia entre os eleitores do Trump, a maioria tocando o próprio negócio. Das entrevistas duas conclusões podem ser tiradas. A primeira é que havia um sentimento de que os "amigos" dos EUA estavam explorando o paÃs. A segunda é que os "inimigos" do paÃs, haviam perdido o medo e o respeito pelos EUA. Portanto, na visão deles o DJT irá colocar amigos e inimigos na linha. Em nenhum momento se falou de economia ou empregos.
Existem elementos que fogem à racionalidade de uma análise de motivações econômicas ou raciais. Al Gore, vice de Clinton e reconhecida estrela polÃtica nacional e internacionalmente falando, foi derrotado por muito menos pelo infecto G. Bush. Pesou muito o charuto de Clinton nas pudendas de Miss Lewinski. Fosse Joe Biden, notável vice de Obama, e não a por muitos detestada Hillary o candidato democrata, alguém tem dúvidas de que o resultado seria diferente?
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