João Pereira Coutinho > A inevitabilidade da burrice Voltar
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Espero ansiosamente as terças - feiras. Coutinho tem a pena afiada e, ouso dizer, é um dos melhores articulistas em atividade no jornalismo nacional. Outro texto imperdÃvel.
O estudo de Feldman e Newcomb de 1969 causou tremores no sistema educacional americano. De maneira resumida eles concluÃram que o que determina o aprendizado da criança não é o que o professor ou a professora faz, mas o que a criança faz. Professores não podem aprender pelos estudantes. Além disso adaptar-se a própria inteligência - criativa, analÃtica ou prática - é fundamental para ter sucesso na vida e na carreira profissional, os principais objetivos da educação formal e informal.
O ensino escolar é muito cartesiano para perceber isso. Basta olhar as provas ou métodos de avaliação Quantos já não questionaram a utilidade do que aprenderam lá para suas vidas? Alguém mais apressado vai lê isso aqui e ainda dizer que defendo então um pragmatismo...Além disso, a despeito do viés polÃtico - pouco notado enquanto sentado lá, se à direita ou à esquerda - fica a pergunta: porque os de hoje parecem nada saber comparado aos de ontem? O que houve pelo caminho? Falta tal reflexão...
Já o Brasil conseguiu transformar sua educação através da cartilha esquerdo.patah de Paulo Freire, atingindoo inédito, emburrecer jovens talentos, fazendo-os acreditar que o mal de nossa sociedade são os EUA, a Rede Globo, a classe média branca ou quem gera emprego... É a sociedade do conhecimento do Poste delirante, eficiente em gerar votos e dinheiro para os pe.trahlhas e sócios.
Como dizia o Lenin sobre o esquerdismo, esse romantismo educacional é a doença infantil da educação de qualidade. Há muita disparidade no desempenho escolar de crianças, decorrente de meio familiar e da qualidade da escola a que ele tem acesso. O objetivo deve ser reduzi-la, tanto por justiça como para não desperdiçar talentos. Mas também é evidente que independente do meio há diferenças individuais, mesmo entre irmãos numa mesma famÃlia. Não adianta brigar com a realidade.
Depende de como se aborda a questão: dizer que um aluno que não multiplica 5 x 5 dificilmente será um engenheiro não é crueldade. Mas é preciso deixar claro para qualquer estudante que a régua que a escola possui para medir competências é extremamente limitada. Que o mundo é muito, muito maior que a escola e que o tempo e a história solapam sempre as pretensões absolutas de sucesso.
Um julgamento de valor ou racionalidade? A educação é a difusão do saber, o homem não se distingue intelectualmente pela classe ou meio, mas sim, pela razão, nosso diferencial na natureza. Como explica a praxiologia, o homem usa a razão para escolher entre satisfações incompatÃveis de desejos opostos.
Falta Charles Darwin na educação atual. A Natureza é cruel, mas não dá p negar q ela faz o seu trabalho em selecionar o mais capaz p uma dada situação. Não necessariamente o mais inteligente rsrs...
Se Platão estava certo, a utopia se constrói a partir da educação das crianças. Vendo desta forma, a função da educação é, ou deveria ser, antes polÃtica (no sentido em que O Filósofo usava a palavra) e depois prática. É certo que somos diferentes em nossas capacidades. O desafio está em como expor as diferenças negativas (sem aspas para não ser romântico), sem destruir esta praga, como diria Rousseau, que é a auto-estima da criança. No exemplo do filme, existem várias lições além da matemática
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