Sérgio Rodrigues > O paradoxo do moleque Voltar
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Prezado colunista. Agradeço a lição de etmologia e, claro, concordo que certos comportamentos boçais e masculinos são ridÃÂculos e desprezÃÂveis e mais do que isto, inaceitáveis. Mas os "machistas misóginos" brancos têm seus pares nas classes menos favorecidas com suas "expressões artÃÂsticas". Estas são tanto ou mais grosseiras e estúpidas mas também são apologia ao crime ou ao quase crime - seja sexual ou não. Seria muito útil para mim ter uma visão crÃÂtica destas também.
Vivemos tempos super chatos...gostei da postagem onde vamos comprar uma fogueira de eucalipto para que eles sejam queimados pelo nosso moralismo da Botocundia...tempos monótonos esse nosso...bocejos! Outro articulista da Folha criticou a exacerbação moralista das reações citando que na copa de 2006 no Japão houve a mesma gravação com um homem japonês levado a dizer que tinha "pau pequeno" e o video está até hoje na rede...sem reações..
A questão é a condenação, a crucificação sem direito de defesa. Será que os indignados com as grosserias ou brincadeira de mau gosto nunca cometeram um deslize? Tenho pavor a santos.
Parabenizo vc por nunca ter feito uma "molecagem" da qual tenha se arrependido. A questão é crucificar pessoas por um ato e, pior, sem direito de defesa.
Três medidas seriam suficientes para resolver a questão: 1) um pedido formal de desculpas do governo à moça, em nome do povo brasileiro; 2) aplicação de multa aos “moleques”, a ser revertida em favor da vÃtima como indenização; e 3) suspensão do passaporte dos envolvidos, até que aprendam a se comportar. É só fazer a lei. A imagem do paÃs lá fora agradece.
Aqueles senhores, parecem crianças que desgarraram dos pais e correram para fazer traquinagens. Isso é o resultado da falta de educação em casa. Falta de respeito ao próximo. E quem acusa de massacra, deveria saber as sábias palavras de Gasset y Ortega: eu sou eu e minhas consequências. Os machistas/infantis deram causa...Ah, e quem alude ao funk: pelo menos que ouve a música(?) sabe o que está ouvindo. Parabéns pelo artigo.
Mais um querendo matar moscas com tiro de canhão.
Quero colaborar com o jornalista e com os demais heroicos escribas que desejam ver os "moleques" que humilharam até a morte a pobre russinha. Vou comprar um caminhão de lenha de eucalipto para a fogueira em que hão de arder esses "moleques". À coitada vilipendiada por eles - que sequer sabia o que o "moleques" diziam - e aos vigilantes da conduta irreprochável, que nunca cometeram um deslise sequer, deve ser concedida a honra de atear o fogo. E viva a terra dos carcereiros da moralidade.
E se aquela moça fosse a sua namorada/esposa?
Mas não foi um deslise, me parece. Foi a manifestação mais pura da necessidade de humilhar o outro, de fazer do outro um palhaço, e só assim se achar "bacanão". Humilhar o outro (até porque há vÃdeos de brasileiros fazendo o mesmo tipo de "graça" com crianças) é horrÃvel, não tem desculpa e nem graça, não é perdoável. Ninguém vai atear fogo em ninguém, não se trata disso. Agora, tentar considerar essa atitude "deslise" é muita boa vontade, pra não dizer canalhice igual aos moleques.
Não é de se comparar moralidade ou imoralidade. É uma falta de ética as brasileirices que eles fizeram.
Não é questão de moralidade, de inquisição e, muito menos, de ser politicamente correto. É questão de se ter postura ao se visitar um paÃs estrangeiro. Educação e sensatez nunca fizeram mal a ninguém.
"Moleque", aqui no Nordeste, sempre teve o significado de canalha, cafajeste, por aÃ. Então, quando um nativo da região, sobretudo se continua morando lá, quando ouve na tevê alguém pronunciar a palavra como sinônimo de muito jovem, estranha muito.
Já que nosso futebol não está lá essas coisas, falemos dos "moleques". Quem sabem eles ganham a copa.
Por um momento, achei que o articulista Sérgio Rodrigues faria como algum(uns) colunista(s) da Folha fez(fizeram): justificar o injustificável, defender o indefensável. Fiquei aliviado ao ler o último parágrafo. Em tempo: uma palavra que tenha significados antagônicos, em termos lógicos consistentes, não pode significar nada, a menos que o argumentador queira que se aceitem quaisquer absurdos como válidos.
Engraçado como vários 'comentaristas' (inclusive mulheres!!!!) não vêem problema no comportamento dos moleques do vÃdeo... Segundo a legislação brasileira, eles cometeram dois crimes contra a honra: injúria e difamação. Mas isso não parece ser problema. É só 'mimimi' para alguns. Queria ver se a moça do vÃdeo - que está tendo a sua imagem e honra devassadas - fosse a filha, mãe, esposa desses mesmos 'comentaristas'. Aà provavelmente a opinião seria outra...
Sei não. Esse tratado a que se refere foi assinado pela Rússia? Foi internalizado? Duvidoso já que há perseguição ao público LGBT em seu próprio território. Outrossim, diversamente do que disse, o MP não efetuou denúncia nenhuma e nem poderia, já que injúria é crime de ação penal privada e depende de queixa formal da supostamente ofendida.
Desenhar para vc, Paulo Henrique, que não conhece o Direito, pelo que bem se vê, e gosta de fazer comentários esdrúxulos e ofensivos. O Brasil é signatário de um tratado internacional que prevê a aplicação da lei brasileira em casos de discriminação e abuso contra mulheres. O MP já está providenciando a denúncia. Pesquise e se informe antes de falar bobagem e passar vergonha.
Não, Sra. Juliana. Segundo a legislação brasileira, a lei brasileira não se aplica fora do território nacional. Simples assim. Na Rússia, aplica-se a lei russa, e no Brasil, a lei brasileira. Precisa desenhar ?
Ao se ver no meio do grupo a jovem provavelmente se lembrou dos apelos do governo para que os russos fossem amigáveis e educados para com os turistas da copa. Ficou fragilizada por isso e pelo fato de que não entendia o idioma dos estrangeiros. Tirar vantagem de uma pessoa incapaz de se defender é o principal motivo pela revolta com o comportamento dos brasileiros, porque certamente o grupo não iria se atrever a fazer o mesmo com alguém do sexo masculino. E se a Shestyorka resolver se vingar?
Se no vÃdeo eles tivessem atirando de fuzil na polÃcia, tinham menos reprovação da sociedade... vai entender
Eles erraram? Sim, mas e quanto as músicas que denigrem as mulheres tocadas nas rádios e bailes funks do nosso paÃs, estas podem, é cultura segundo alguns entendidos da nossa inteligência.
Até parece que todos somos deuses, infalÃveis e severos, que proferimos sentenças pesadas, cheias de referências etimológicas para conferir-lhe credibilidade , e punir um crime que nunca cometemos.
Coluna excelente; além de discutir o fato, trazer informações etimológicas, suscita caracterÃstica pouco lembrada do comportamento: a covardia.
De longe, a melhor coluna que li sobre esse lamentável acontecimento.
Discordo. A coluna do Leandro Nardoch de ontem foi melhor.
O cronista disse tudo. Foi uma curra simbólica. E eles se comportaram como cafagestes. Como se muda isto? Com justiça. Com punição exemplar.
Talvez a mudança possa começar pela comentarista que escreveu cafajeste com "g". Meu Deus!
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