As seleções nacionais não são um bom reflexo do que é o país simplesmente porque não precisam se-lo. Se fosse assim teríamos que ter lá não apenas brancos e negros, mas também representantes asiáticos, indígenas e de outras etnias. Esse é um tema sério demais e não pode ser tratado ao sabor do futebol. Desde os anos 60 os negros americanos se convenceram de que não adianta esperar sentado por justiça racial; é preciso organizar e agir para conquista-la.

Bloomfield está certo ao afirmar que futebol é meritocracia, mas se esqueceu de dizer que indivíduos de diferentes raças, em media, não são igualmente bons em todas as coisas.Negros são muito bons em futebol e melhor ainda em basquete,boxe peso pesado e corrida de longa distância(lembro aqui os quenianos nas maratonas).Não são tão bons em natação, matemática ou ciências. Vestibular também é meritocracia.Ou era, antes das cotas raciais.

Agora ficam com mimimi. Sou do tempo em que nem reparava se o atleta era negro ou branco torcia para 11 jogadores do Santos em campo. E na copa 70 torci para a seleção sem me atentar que o maior de todo era,é, negro. Podem falar de brancos à vontade, mas, o Rei é Ele!E desde 1974 nem sei quem são os convocados para a seleção dita do Brasil.

Excelente texto. Uma pena que no Brasil não exista tal preocupação. Tudo passa por mimimi. Vide os aplausos da elite branca empresarial as palavras do candidato ultradireitista na data de hoje.

Na instituição onde trabalho a divisão é nítida. A coloração varia com o tipo de trabalho. Nas atividades mais qualificadas e melhor remuneradas o predomínio de brancos é quase absoluto, e vai se invertendo na direção das atividades braçais, menos qualificadas e pior remuneradas.

Vale para todos os países. Outra diferença interessante é comparar as caras de quem anda de ônibus, e quem aparece nas novelas. Tanto no México como no Brasil o branqueamento dos atores de TV é evidente. Mas quando a gente está num país estrangeiro repara mais na discrepância.

Será que um dia essa situação mudará?