Elio Gaspari > A dissimulação do general Mourão Voltar
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Gaspari mostrou-se ressentido pelo militar abordar de forma objetiva e coerente questoes que Gaspari acha propriedade de jornalistas e intelectuais. As Academias militares produzem individuos cultos e competentes ao contrario de jornalistas a cometerem frequentes equivocos, inclusive gramaticais, em colunas mistificadoras e ideologicas.
Não há dissimulação alguma, posso não concordar com o general, mas ele busca resposta para uma questão que continua na ordem do dia, por que na América do Sul o desenvolvimento econômico parece sempre travado? Ainda que na academia usa-se um latim é mais sofisticado que o dos quarteis. Acredito mais do amor do general pelo povo mestiço a que pertence do que no amor do colunista, diz que não!
Sendo aqui do sul, sempre acreditei que a indolência do brasileiro vinha dos imigrantes alemães do Vale dos Sinos e a malandragem dos portugueses açorianos que colonizaram a capital. Mourão traz novas luzes sociológicas ao debate.
Nao cansam de falar mal do Bolsonaro nao? Essa Folha esta pra lá de tendenciosa..
Dizer que a indolência vem da cultura indÃgena é sugerir que todo Ãndio é preguiçoso, o que, obviamente, é uma bobagem. É o mesmo que dizer que todo militar é torturador e assassino, o que também não é verdade. É bem verdade que elogiar o Ulstra não ajuda.
Povo ignorante, polÃtico ignorante! Não poderia ser diferente.
Quantos aos ibéricos, é preciso observar que a Espanha e Portugal tem em média o dobro da renda per capita de suas ex-colônias americanas. Que já são independentes há 200 anos. Enquanto isso Canadá, EUA e Austrália tem renda semelhante à Inglaterra. Já passou o tempo de botar a culpa nos Portugueses, o problema é nosso.
Concordo com seu pensamento, porém, destaco que Portugal e Espanha melhoraram muito com os bilhões de Euros, a funco perdido, doados pela Comunidade Europeia. Até os anos 90 estávamos em igualdade de condições.
Caro P.H.A. Max Weber também já escreveu a respeito em seu clássico . Caros leitores - favor não confundirem Max Weber com Mark Webber . Não são a mesma pessoa (assim como Martin Luther King e Martin Luther não são a mesma pessoa , apesar de a imprensa muitas vezes os confundir)
A ideia de que a cultura ou pior, a raça, forma a sociedade que temos, utiliza um racismo invisivilizado que faz muito mal ao Brasil. Todos precisam ler Jesse Souza para tirarmos esta trava. Com ela, o Brasil nunca será nada. O general no fundo se sente um vira-lata.
Nosso paÃs é imenso . O que a imprensa pehtehbah paulista sabe de um militar gaúcho ? provavelmente pouco ...
Com relação ao Gal. Mourão, sugiro ao colunista a leitura do arrazoado do professor emérito do MIT, quando implantou o CTA, ao comando da Aeronáutica justificando porque o ITA deveria implantar os cursos desde o primeiro ano e não a partir do terceiro. Lá ele menciona os maus costumes dos estudantes brasileiros, inclusive de honestidades, ressaltando que o cidadão queria um diploma para levar uma vida descansada.
Esses conceitos tratam da formação cultural do povo brasileiro e estão no clássico “RaÃzes do Brasil” (1936), de Sérgio Buarque de Holanda, aliás pai do Chico Buarque, de esquerda. E foram usados por Roberto Campos para explicar as travas culturais para o desenvolvimento econômico brasileiro. Faltou falar na culpa do católico em relação ao dinheiro, em contraste com o conceito de prosperidade dos protestantes. Isso se chama Sociologia, nunca racismo.
Seja qual for a herança cultural estamos em 2018 e já tivemos tempo de sobra para evoluirmos com nação. Suspeito que as causas do mau caráter nacional são mais atuais do que se pensa.
Você, pelo visto, cita "RaÃzes do Brasil" sem ter lido o livro. Sérgio Buarque não fala em "indolência indÃgena" ou "malandragem africana", ele trata de uma questão especÃfica, que são os efeitos do patrimonialismo sobre nossa cultura e relações sociais. Nem ele, nem Gilberto Freyre, exprimiram esse essencialismo étnico do Gal. Mourão, que está muito próximo do racismo.
Na verdade, a teoria das "três raças tristes" não tem nada a ver com RaÃzes do Brasil - ela foi enunciada por Paulo Prado em Retrato do Brasil - Ensaio sobre a tristeza brasileira. E muita gente considera racista sim. Boa parte da sociologia brasileira de um século atrás era profundamente contaminada por racismo. Procure informações sobre os escritos do médico Nina Rodrigues (bastante citado por Gilberto Freyre), o racismo ali é inquestionável.
Colocações perfeitas Paulo. É necessário acabar com essa visão politicamente correta da sociedade brasileira, afinal basta ver nossa realidade. Nunca conheci banda de pagode de japonês.
Não é racismo mesmo, apenas ignorância!
Mais um belo exemplo da dissimulação do homem cordial. Mais cordis do que nunca, aliás. (Deus, que edição que eu li de RaÃzes? Será que tava faltando página?)
Isso, Paulo Henrique, esse pessoal fica a buscar cabelo em casca de ovo.
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