A cada 20 segundos nasce um bebê no Brasil que precisa de alimento, roupas, educação e um espaço mínimo para sobreviver dignamente. Enquanto a população continuar crescendo os espaços livres continuarão sendo ocupados e no caso do Brasil, na maioria dos casos, de maneira desordenada. Como dizia o Mark Twain, todo mundo reclama do tempo, mas ninguém faz nada para conserta-lo. Sem limitações, a população continuará crescendo até exaurir todos os recursos como um E. coli numa placa de Petri.

A ecologia no Brasil está sem pai nem mãe: nenhum partido ou movimento é capaz de formular uma política ambiental à altura dos grandes problemas do século xxI. Nesse vazio, o agronegócio submete os governos, e os ambientalistas são sistematicamente menosprezados ou cooptados pelo capital.

Se recuou até no meio ambiente a coisa fica mais grave, em 2014 já tinha recuado no programa social adotando teses neoliberais radicais.

Quando se derrubam as árvores e a área vira um deserto a coisa é grave. Mas substituir alguns tipos de vegetação por outros, que é o que constitui a expansão da fronteira agrícola, não é necessariamente uma tragédia. Minha dúvida é se a expansão agrícola no cerrado tem alguma coisa a ver com o clima mais seco no sudeste, ou se isso é consequência do aquecimento global, ou se não passa de mera coincidência.