Opinião > Paulistas têm de defender as universidades estaduais Voltar
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Quando o cobertor é curto deve-se escolher se vamos cobrir os pés ou a cabeça. Todas as áreas sofreram cortes, não seria diferente com a educação. O bom gestor é aquele que faz mais com menos e, pelo menos na USP, aumentaram tanto os gastos com salários que não sobram recursos para mais nada. Uma das formas de obter mais recursos é cobrar mensalidade daqueles que podem pagar, mas alguns setores da sociedade têm urticária quando se fala a respeito!
Criticam o governo (que está com suas contas em dia) porque não tiveram competência de gerir o próprio recurso (gastando mais do que arrecada).
Se por exemplo você dobra o número de cursos de graduação (e de docentes e técnicos) para atender à própria demanda do estado nos últimos 23 anos, significa que que uma hora a conta não vai fechar, pois o investimento não aumentou. Seria interessante a USP fechar metade dos cursos (sem contar outros recursos, como hospitais e clÃnicas que atendem a população) pra conter gastos e ver a reação da população.
Se por exemplo você dobra o número de cursos de graduação (e de docentes e técnicos) para atender à própria demanda do estado nos últimos 23 anos, significa que que uma hora a conta não vai fechar. Seria interessante a USP fechar metade dos cursos (sem contar outros recursos, como hospitais e clÃnicas que atendem a população) pra conter gastos e ver a reação da população.
Falar em aumento da porcentagem destinada as universidades paulistas, é um discurso demagogo. Todos os órgãos da administração paulista sofreram cortes, saúde, segurança, habitação. Em todas as esferas, o gasto de recursos foram remanejados e conseguiram serem inferiores a arrecadação (gasta-se menos que arrecada). O que as universidades estão sofrendo é uma falta de gestão, onde - diferentemente do governo que criticaram, elevaram os gastos de forma desenfreada e agora querem socorro.
Só que a Usp cresceu em 23 anos para que a população pudesse usufruir de serviços de qualidade, os quais foram aumentados, incluindo cursos de graduação. Por exemplo, a aposentadoria dos docentes fica pra Usp pagar. O rolo não é só gestão da Usp, mas do Estado. Resta saber o que a população quer.
São Paulo é referência em saúde e pesquisa em diversos campos no Brasil e no mundo. Tudo isso graças à s nossas três valorosas universidades estaduais. O repasse deveria ser no mÃnimo de 11,6% da cota-parte do Tesouro estadual do ICMS. A pesquisa precisa ser ainda mais apoiada através de agências de fomento. Outro ponto: devemos sempre rebater discursos irresponsáveis e contrários ao ensino superior público gratuito. A USP, Unicamp e Unesp são patrimônio do povo paulista.
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