Hélio Schwartsman > Quem precisa de arte? Voltar
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Como explicar a lei Rouanet para a turma do Bozo, se eles ainda não assimilaram a lei Ãurea.
Exato! Aprimorar e não destruir. A cultura é nutrição para o “ser” ser humano.
Depois de roubaram, facilitaram para os mesmos querem moralizar. Vamos acabar com esse fonte de roubalheira. Artista bom arruma patrocÃnio e arrebenta. Chega de por a mão no meu bolso.
Carlos, com a Lei Rouanet ninguém põe a mão no seu bolso. Para fazer o patrocÃnio via isenção fiscal, uma empresa faz um aporte de 4% do imposto devido, e tem que quitar 96% para fazer isso. Se estiver inadimplente, a empresa não patrocina. Ou seja, a Rouanet age impedindo a sonegação. O patrocÃnio não vai para o "bolso" dos artistas, mas paga profissionais envolvidos num projeto, iluminadores, marceneiros, motoristas, contrarregras, designers, fotógrafos etc. E todos pagam imposto!
O mal maior está na corrupção e na forma desigual de cobrança do fisco e obrigações das empresas -itens bem inter-relacionados - A arrecadação é astronômica, há muito recurso; se não fosse a corrupção ativa e passiva haveria dinheiro para tudo. A Previdência tem um déficit provocado por quem? Quem paga mais imposto, rico ou pobre? A população tem um conhecimento muito raso sobre isso. Ah, se todos soubessem disso!!!
Hélio, o principal argumento para acabar com a lei não é a futilidade da arte, mas a ideia estúpida, disseminada na sociedade e vitoriosa nas eleições, que o PT usou a lei para dar dinheiro para artistas de esquerda. É tudo a mesma sopa: Escola Sem Partido, "Menos" Médicos, embaixada em Israel, Venezuela... Estamos numa canoa furada guiada por um capitão maluco.
É preciso acabar com isso o quanto antes.
É mais urgente acabar com a ignorância de dar palpite sobre aquilo que se sabe pouco ou que o olhar na enxerga mais do que dois palmos do focinho. A arte machuca quem não se deixa mudar um pouco em função dela. Como diz o ditado, “não se pode dar filé mignon para porcos, pois eles gostam é de lavagem”.
As empresas já patrocinam arte até como estratégia de marketing. Não é preciso deduções de imposto para isso. De qualquer forma há déficit público, não há como abrir mão de impostos se eles não estão sendo suficientes para dar conta das despesas correntes. Devia haver uma cláusula na lei: só haveria renúncia fiscal em caso de superávit nominal nas contas públicas.
O mecanismo de financiamento da arte por empresas privadas, as quais podem abater tais gastos dos impostos a serem recolhidos, é diferente do que muitos brasileiros fazem ao pagarem planos de saúde privados porque não confiam no SUS? Não se esquecendo que tais despesas com planos de saúde são dedutÃveis do imposto de renda a pagar. Na raiz de tudo está a falta de polÃticas consistentes em nosso paÃs.Acredito que um dia teremos as mesmas dos paÃses nórdicos. Ou serão sonhos de uma noite de verão?
Todos precisamos de arte; as crianças para desenvolver habilidades cognitivas e adultos para aliviar o stress. Portanto esse é um falso dilema. O dilema é se a arte deve ser mantida inteiramente com dinheiro público. Quando o mecenato tem seus impostos reduzidos por patrocinar eventos artÃsticos, quem paga é o cidadão. Quando ha muito dinheiro público nas artes, diminui o privado, aumenta os custos e a burocracia. Outro efeito é a diminuição da qualidade artÃstica pela fraca concorrência.
Mais do que considerar o “esquema de despachantes da cultura” ( necessário a toda atividade econômica ) ou a “pouca contrapartida do empresário” , é preciso fazer com que a Lei Rouanet inclua os artistas e produtores das regiões fora dos interesses de massa, ampliando seu acesso
A pergunta que fica é: um artista de renome ou uma grande instituição/empresa cultural não teria como sobreviver sem os financiamentos governamentais ou, não querem correr riscos por conta própria? Se não têm condições de se auto sustentar e não atendem uma ampla contrapartida, fica difÃcil, para um cidadão aceitar sua justificativa do valor financiado!
A insatisfação é q as classes de menor e médios salários (a grande maioria) acabam não sendo favorecidas. Um espetáculo, com alto financiamento, tem o valor do ingresso muito aquém das possibilidades financeiras para essas classes poderem vivenciar e usufruir de uma grande atração cultural paga (e até mesmo adquirir uma publicação financiada!). Elas não são consideradas como público alvo para o financiamento?
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