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Além das questões éticas "per se", parece caber contrastar as alterações genéticas induzidas com as alterações cibernéticas, executadas através de implantes tecnológicos, que começam a estar disponÃveis como realidade. Presentemente ainda toscas, muito rapidamente poderão aprimorar ou repor capacidades perdidas por via não biológica (ou, eventualmente, mista). Ambas compartilham da seletividade de estarem disponÃveis aos "eleitos", aqueles com capacidade financeira para tanto (continua)
(cont.) Uma delas, contudo, prescinde da escolha do organismo modificado (pais decidem), o que não é algo menor; ainda, poderá eventualmente, consistir em parte de um "patrimônio" familiar, hereditária como as fortunas que se encastelam em clãs centenários, um "dote" intangÃvel legado aos descendentes e trocado entre famÃlias nobres - a noção de "sangue azul" perde feio, aqui. As cibernéticas, cuja meia-vida é a de uma vida, são mais "democráticas". Há muito a debater na polÃtica dos superseres.
Eu só tenho uma certeza, e é absoluta : Se der mer/dha, e o cientista chinês disser a frase : "Eu não sabia ", ele é pe-theba. Nesse caso, cana dura nele !
O que eu li e aprendo todos os dias é que, para cada feito cientÃfico, há um efeito colateral (ou mais ) que surge Não há exceções, ao que parece. Qual será o efeito colateral nessas crianças ?
O marxista não prega igualdade de oportunidades, mas igualdades nos resultados e por via de regra, quem opta pela ideologia, são exatamente os propensos a se beneficiar do esforço alheio, normalmente desenvolvem habilidade de desenvolver laços polÃticos, procurando cargos onde sua produtividade não seja avaliada. Fácil conferir, analisando as ocupações dos vermelhinhos. Ah, adoram tbém a vitimização e difamar adversários como egoÃstas, antidemocráticos e fascistas.
Tem que pesquisar para encontrar a cura do câncer e de outras doenças incuráveis, até agora não apareceu nenhum cientista que tenha descoberta a cura do câncer mesma em fase adiantada e outras doenças(alzheimer, parkinson e outras incuráveis)."Como viver sem doenças". Isso sim que é uma grande descoberta "Como viver sem doenças"
A diferença da igualdade entre o liberal e omarxista, é que os liberais prezam a igualdade de oportunidades como forma de garantir a liberdade, embora esta termine qdo interfere na liberdade do outro, inclusive na liberdade de gozar do benefÃcio de seus esforços e capacidades inatas ou desenvolvidas e diferentes entre os indivÃduos. O marxista as nega e não admite a obtenção de resultados superiores e por isso acaba nivelando tudo por baixo, reduzindo o potencial da humanidade, como já provado.
Que alÃvio. Quando li o tÃtulo do artigo, imaginei que o Neofrankenstein fosse uma mistura genética de Bolsonaro com o Alexandre Frota.
Grato pela gargalhada que nos oferece gratuitamente! ;-) Da próxima, cobre alguns centavos, evitará a pecha de comunista.
Proponho que a complexidade dos sistemas que geram e mantém a vida ainda espera por melhor compreensão. Quais os limites dos melhoramentos genéticos recentes? A mudança ambiental em curso poderá afetará a expressão dos genes? Especulo que só podemos conhecer o futuro do pretérito e isso ainda com muitas ressalvas. O restante, conjecturais, muitas excelentes, ou projetos de pesquisa dentro dos limites do pensamento cientÃfico.
Adler Homero de Castro, excelente o seu comentário. A idéia de igualdade é uma das bases da democracia, as tiranias surgem qdo alguns se julgam superiores aos demais e se insurgem contra a igualdade de direitos e de participação. Só inimigos da democracia, adeptos da extrema direita, tentariam reescrever a história e caracterizar a defesa da igualdade como coisa de comunista
Comentando um comentário: defender a igualdade entre os homens não é coisa de comunistas: “Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas: que todos os homens são criados de forma igual, que são dotados pelo seu Criador com certos direitos inalienáveis, e entre eles, uma vida, liberdade, e a procura da felicidade.”. Declaração de Independência dos EUA, 1776. Quem inicialmente combateu a desigualdade entre os homens foram os librtsod, que queriam as mesmas chances para todos.
A diferença da igualdade entre o liberal e o marxista é que os liberais prezam a igualdade de oportunidades como forma de garantir a liberdade, embora esta termine qdo interfere na liberdade do outro, inclusive na liberdade de gozar do benefÃcio de seus esforços e capacidades inatas ou desenvolvidas e diferentes entre os indivÃduos. O marxista as nega e defende igualdade de resultados, não admitindo a obtenção de resultados superiores por alguns e por isso acabam nivelando a humanidade por baixo
Adler Homero de Castro, excelente o seu comentário. A idéia de igualdade é uma das bases da democracia, as tiranias surgem qdo alguns se julgam superiores aos demais e se insurgem contra a igualdade de direitos e de participação. Só inimigos da democracia, adeptos da extrema direita, tentariam reescrever a história e caracterizar a defesa da igualdade como coisa de comunista.
Também não vejo problemas, por isso proponho que de hoje em diante jornalistas sem conhecimentos de biologia e medicina tomem essas decisões baseado em suas opiniões e não mais comitês de ética cientÃfica Afinal estariam certos os nazistas? Precisamos criar uma "raçã" perfeita para substituir os humanos medÃocres Só com ironia posso suportar um texto desse tipo...
Ummm. Será que o articulista leu Admirável Novo Mundo? Efeitos (pleiotrópicos) a parte, se não me engano, da última vez que a eugenia foi tentada não acabou muito bem para o mundo. Imagine se fosse com avanço tecnológico. Só quem pode pagar por edição de genoma vai poder ter filho mais inteligente? Mais bonito? E quem ditará o que é "bonito"? Avanço tecnológico não tem volta, mas o preço a pagar por ele às vezes demora para aparecer. Usemos sempre com humildade.
Será que a comunidade cientÃfica em peso se deixaria influenciar por uma questão meramente religiosa? O problema é de ética, não de religião. Vá estudar antes de escrever um artigo tão pobre.
Concordo. E bem menos polêmica seria a seleção de genes do próprio casal de genitores, eliminando o padrão sorte/azar e a grande maioria de disfunções de origem genética, selecionando caracteres ligados à adaptação dos indivÃduos. Seria uma forma de eliminarmos os efeitos deletérios causados por uma alucinada evolução cultural que eliminou o doloroso processo seletivo biológico, mas que influenciará negativamente o futuro da espécie do ponto de vista biológico.
Na manipulação genética, é perfeitamente previsÃvel que se estabeleça um sistema de suposta meritocracia, na qual só os aperfeiçoados geneticamente é que teriam direito a governar, colocando o resto da humanidade sob domÃnio. Não é ficção cientÃfica, já aconteceu na nossa história, quando a nobreza dominava e explorava as outras classes por os nobres terem 'sangue azul', 'nasciam' para governar no lazer, o resto da população para trabalhar. O processo só vai dar um lustro cientÃfico a isso.
Prezado Adler, de fato não é ficção: acontece todo dia. FamÃlia rica, com boa formação cultural, cerca seus filhos de potencializadores da expressão genética, desde o "momento zero". Boa comida, ambiente diversificado e rico em estÃmulos, escolas de alto nÃvel, variedade cultural, tudo isso é precioso fermento que diferencia e dá imenso handicap cognitivo e comportamental (algumas vezes tb afetivo). O "sangue azul" está aÃ, o pobre lustro a isso é uma noção frágil de "igualdade de oportunidades"
Na verdade, o que acontece hoje é que os menos aptos se beneficiam das habilidades dos mais aptos, via seguros sociais. Sua visão marxista de que todos são e devem permanecer iguais até hoje só trouxe atrasos.
Perfeito. Vergonhoso um colunista escrever um texto tão raso sobre tema tão relevante. Um desserviço.
Na manipulação genética, é perfeitamente previsÃvel que se estabeleça um sistema de suposta “meritocracia”, na qual só os “aperfeiçoados geneticamente” é que teriam direito a governar, colocando o resto da humanidade sob domÃnio. Não é ficção cientÃfica, já aconteceu na nossa história, quando a nobreza dominava e explorava as outras classes por os nobres terem “sangue azul”, “nasceram” para governar no lazer, o resto da população para trabalhar. O processo só vai dar um lustro cientÃfico a isso.
Teria He, ou outro laboratório ao redor do mundo, alguma ponderação quanto à convivência dessa edição com a parcela viral da tripla hélice do DNA, por exemplo? (“O quarto tombo”, Folha, 11/11/2018)? Concordo ser possÃvel já ter ocorrido esse tipo de experimento (chinês ou não) pois, se é tecnicamente viável, alguém com os meios adequados, e mesmo com as melhores das intenções, poderá ser levado a realizá-lo ("Edição de humanos", editorial de hoje).
Não é questão de "não desafiar a natureza", sua crÃtica não compreende os reais motivos pelos quais o experimento é condenável. O HIV é uma doença prevenÃvel -e argumentavelmente erradicável- somente com os meios que temos disponÃveis hoje, pois então que produzir mutações (com uma ferramenta tão pouco entendida e as vezes tão controversa) em receptores de células T é desnecessário, perigoso e certamente fere princÃpios bioéticos como o da não maleficiência
O fato é que não existe investigação suficiente sobre as consequências dessas mutações em pessoas nas quais isso acontece naturalmente, somente estudos que utilizam anticorpos anti o tal receptor alterado oferecem ideia sobre o que se passa. Irresponsabilidade do kct com essas crianças. É como diz o ditado: thats why we cant have nice things.
Pouco a comentar sobre isso. Dada a irrelevância prática e a novidade cientÃfica. E também por reconhecer que os genes do DNA são as diretrizes do projeto. Algo como vai ser uma casa de 4 quartos, 3 banheiros, 2 salas, varanda, etc. A epigenética define o resto. Além disso, os problemas comuns que se tem com os carros, os trens, os aviões, os telefones, as geladeiras, as Tvs, etc. fabricados pelo homem não torna esse assunto animador. Imaginem aqueles das modificações genéticas em humanos.
É muita inocência acreditar que podemos controlar a natureza a nosso bel prazer. Essa certeza em nossa capacidade em controlar tudo já levaram a desastres que os "çabios" , convenientemente, esquecem. Respeite a natureza mas não espere que ela te respeite de volta."É apenas a sabedoria e a experiência acumulada que nos ensinam a sermos incrédulos e elas raramente nos ensinam o suficiente." (Adam Smith)
Na verdade, o princÃpio cientÃfico moderno (iluminista) é justamente dominar a natureza pelo poder racional do ser humano (ver crÃtica da Escola de Frankfurt). Esse princÃpio foi radicalizado e hoje tentamos sopesa-lo com a ética, com o direito ambiental, desenvolvimento sustentável, etc. Criar humanos em laboratório é possÃvel, mas como fazer e ate que ponto é desejável são discussões extracientificas mesmo - moral, religiosa, jurÃdica e polÃtica.
“Os enigmas do universo, da matéria e da vida são infinitamente extensos e profundos.....No entanto, na procura do segredo da vida, temos de ir alem das descobertas da ciência, pois esta não nos pode transmitir o básico principio subjacente que estabelece a natureza dos fenômenos existentes”. Daisaku Ikeda.
O colunista flerta com a eugenia e a determinação genética de classes de cidadãos. Se é possÃvel aprimorar, é possÃvel também limitar e direcionar caracterÃsticas. Quem e como se controla isso? O q é aprimoramento e o q é escolha polÃtica ou ideológica? As questões éticas e práticas são muito mais complexas do q o colunista propõe. Não surpreende, afinal o colunista apoia a existência de clubes raciais. O tema de Admirável Mundo Novo, livro de Aldous Huxley, nunca foi tão atual.
Reprodução eh cópia de DNA e todo processo de cópia está inevitavelmente sujeito a erros(mutações). Se essas mutações não forem retiradas do genoma, seja por seleção natural(que eh cruel ou, melhor dizendo, indiferente ao sofrimento) ou artificial(a tão difamada mas necessária eugenia), o resultado eh a degeneração genética progressiva e o sofrimento a ela associado.
Não é apequenamento diante dos desafios da Ciência ou intimidação com "bancadas religiosas". É nossa terrÃvel propensão à maldade e destruição por mais que nos vejamos como "madre thereza". No séc. XIX falava-se abertamente em eugenia. Experimentos cruéis com humanos era prática médica bem antes do nazismo e de ditaduras civis e militares. Melhorou-se um titico de nada nos últimos 50 anos mas ainda nos incomoda "pessoas indiferenciadas" ao nosso lado. Gattaca é uma ficção desejada.
" 'corrigito', ergo sum": ";;; ainda nos incomodam "pessoas indiferenciadas" mas "pessoas diferenciadas", aquelas pessoas "tipo" serviçais, de pele mais escura, que começaram a compartilhar com os fidalgos do mesmo voo, do mesmo Cruzeiro e das mesmas estações de metrô em bairros higienizados ao ponto de esse fenótipo ousar evoluir para uma faculdade! Pode? Não seria o caso de construir muros em Gattaca ou engendrar uma extinção genética? Só sobraria "gente do bem".
Quantas doenças não poderiam ser evitadas? HIV , Parkinson , Demência, vários tipos de câncer , Hipertensão arterial, Diabetes realmente está na hora de abrir a caixa de Pandora. Várias questões éticas o complicado realmente é o paÃs que começou com a edição genética, não dá para confiar na China mas é um caminho inevitável da humanidade trilhar.
Concordo com a posição do Helio. Mas, creio, o mais preocupante e tais desenvolvimentos virem da China, dominada por ditadura, cheia de segredos, intimidações e falta de liberdade. A China imoral que copia, que faz dumping cambial, pode fazer nem sei la o que. Para que os desenvolvimentos tecnicos sejam seguros é preciso haver desenvolvimento moral, que em resumo tem sido eliminar poder garantindo a liberdade. Seria muito ruim chegar a Marte e as estrelas levando nossas guerras junto.
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