Joel Pinheiro da Fonseca > A desigualdade importa? Voltar
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Costumamos analisar a desigualdade partindo do principio de que os homens são iguais. Talvez sejamos todos diferentes e a riqueza da espécie esteja baseada nisso. Ao que tudo indica descendemos de hominÃdeos por mutação genética, e temos instintos terrÃveis frutos dessa ancestralidade animal. Se isso for correto, o processo civilizatório se configura como paulatina superação de tais instintos e a diferença essencial diria respeito ao sucesso individual na superação dos mesmos.
Joel sempre brilhante nos artigos (imbatÃvel aquele que analisava o Brexit). Sobre desigualdade, a solução mais direta é o desenvolvimento. Vc citou os EUA e pujança econômica oferece oportunidade a todos, não importa quão desiguais. O americano vê perspectiva de progresso, e isso basta. Aà entra o mérito, a garra - para se chegar lá. É a solução para ambos - desigualdade e pobreza.
A desigualdade importa na medida em que ela é o motor propulsor que faz com que as pessoas sejam estimuladas a melhorar economicamente e como pessoa. Se o Steve Jobs não recebesse retorno e reconhecimento, por que haveria de queimar as pestanas para desenvolver o I-phone? É obrigação do governo e da sociedade esforçar-se para equalizar as oportunidades, mas equalização de resultados não é possÃvel nem sob os regimes comunistas, pois depende do empenho e talento pessoal.
A redução da desigualdade tbém é uma das estratégias para reduzir a pobreza. Nossos impostos são concentrados no consumo, e não na renda. Isso reduz o poder aquisitivo dos mais pobres. Por outro lado, temos uma das menores alÃquotas de IR entre as maiores economias, só 27%. Além das possibilidades de redução para quem é investidor ou empresário. Na América do Norte e Europa, alÃquotas de 40% para as faixas mais altas são comuns.
Há estudos q demonstram q a correlação entre crime e desigualdade é maior do que entre crime e pobreza. Ou seja, embora a pobreza tbém se correlacione com criminalidade, para reduzi-la parece ser mais importante distribuir melhor a riqueza. Assim, cada problema com sua solução. De fato, precisamos das duas coisas, reduzir a pobreza e a desiguladade.
Quando igualdade significar inveja e desigualdade significar falta de oportunidades, os conceitos estarão deturpados. IndivÃduos devem ser premiados por seus esforços e resultados e aceitarem que o esforço, resultado e prêmio variam individualmente.
A questão é importante e exige um debate mais profundo. Por que paÃses de lÃngua inglesa, tão dispersos como Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia tem qualidade de vida, tão elevados, enquanto paÃses da América Latina acumulam horror? Renda elevada pode ser consequência, e não causa. Ao que parece, cultura, no sentido antropológico da palavra, é a maior causa de bem estar. A redução da mortalidade infantil no Brasil, não decorreu do aumento de renda, mas da mudança de conduta.
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