Marcos Lisboa > A triste despedida das livrarias Voltar
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Parabéns Marcos Lisboa. Já pode largar a economia e pensar em virar escritor. Texto está ótimo....rsrsrs.....Abcs
Se não fossem os bons livros, eu seria escritor.
Livrarias são meu refúgio constante. Comecei a ler há 2 dias, de novo, "Cultura" de Dietrich Schwanitz, que comprei na Fnac do Porto há exatos dez anos. Que alegria quando o li pela primeira vez. Se depender de nós, as livrarias não vão morrer. Quero passar essa paixão para os meus netos, que agora são bebês. Quero vê-los felizes, num canto qualquer da casa, saboreando bons livros por toda vida. Dostoiévsky, Theckov, Machado, Garcia Marques Yuval Harari, a lista não tem fim. Puro encantamento!
Estive em Portugal em outubro próximo passado e comprei três livros. Um deles em uma livraria antiga em uma esquina do setor histórico da cidade do Porto. Nesta quem me atendeu foi um senhor idoso, seguramente seu proprietário. O outro comprei em uma loja da rede de livrarias Bertrand em um shopping, sendo que o terceiro em um sebo em Óbidos. Percebi que a depender dos europeus as livrarias não irão desaparecer. Oxalá que a experiência deles nos influencie mais uma vez, pelo bem da leitura.
É a lei dos processos de transformação da vida. A fantástica difusão da informação, para o bem e para o mal, proporcionada pela revolução digital cobra o seu preço, fazendo desaparecer os templos sagrados daqueles que descobriram o mundo encantado dos livros.
As livrarias? Ora bolas as livrarias, contemplem minha erudição! A propósito, meu Machado preferido não é o que lamenta o ciúme, mas o que denuncia a elite rasa, a vaidade e vacuidade do medalhão. O que faz do lastimável Bentinho um casmurro.
Com relação aos livros, Alberto, talvez vivam o mesmo fetiche do Graal. Não seria mais importante o "sangue do Senhor" que ali dentro esteve?
As livrarias certamente deixarão a mesma saudade que sinto da sua coluna voltada para economia. Marcos vc eh hoje um dos melhores economistas do mundo e suas ideias expostas aqui para solucionar o mar de lamas q chegamos (vc disse q Ãamos chegar) faz muita falta ... #voltemarcos
Mal comparando, quando surgiram os primeiros supermercados e depois os hipermercados, todos prediziam o fim dos mercadinhos familiares que vendiam o básico, mas funcionavam também como financiadores na forma da famosa carteirinha. Meio século depois as mercadinhos continuam vivos simplesmente porque oferecem algo que as grandes cadeias não podem: a pessoalidade. Entrar num mercado ou no açougue e ser recebido pelo nome possui um valor incalculável. As livrarias não vão morrer.
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