Joel Pinheiro da Fonseca > Lugar de silêncio Voltar
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O movimento feminista não representa as mulheres, adora verbas públicas no caixa de suas Ongs, e pouco tem feito de fato para avançar os seus direitos. Se querem respeito, precisam primeiro se dar ao respeito. Digo mais - os homens ainda precisam lutar pela igualdade, começando pela isonomia na aposentadoria, e pela licença-paternidade igual à maternidade. Também é preciso mudar o nome da Delegacia da Mulher para Delegacia das VÃtimas de Violência Doméstica, pois os homens também são vÃtimas.
O movimento feminista ainda representa várias mulheres, eu inclusa, e não necessariamente passa por ONGs, ainda mais nos dias de hoje, em que é muito mais fácil a pessoa ter voz pública. Só que tenho que lhe dizer, Paulo, que as reivindicações que você faz não são contrárias a nada do feminismo... aliás, licença-paternidade de tempo igual à licença maternidade É bandeira feminista (diminui o preconceito contra empregar mulheres, e, mais importante, filho não é para ser criado só pela mãe não).
Então mulheres falam de machismo sem ter lugar de fala!
O feminismo não é contrário de machismo, é a luta pela igualdade dos gêneros. Já o machismo é a ideia de que a mulher é inferior ao homem e, como são as mulheres que sofrem essa discriminação (do machismo) elas têm, sim, lugar de fala para discutir o machismo.
O texto traz verdades a respeito da reflexão que a todos nós deve ser inerente. Contudo, o evento pelo qual se funda possui uma interpretação totalmente errônea. O rapaz discursou com um tom descambando ao desdém, como forma de deslegitimar o movimento. Esse discurso já está cheio por aqui. Kefera até mesmo ressaltou que há espaço para pontos de vistas, mas, ressalto eu, que ele deve ser dado por quem de fato respeita e quer contribuir. CrÃticas veladas como aquela, basta!
O movimento feminista atual não merece qualquer respeito, pois já se autodeslegitimou reiteradamente. Saudade das sufragistas do inÃcio do século XX e daquelas que abriram espaço no mercado de trabalho nos anos 1950 e 1960. Hoje ca*gam em fotos de polÃticos, inserem crucifixos no fio*fó, exibem seios de forma agressiva e, sobretudo, sugam verbas públicas. Não representam as mulheres, e são seletivas em suas ações. Estão caladas com João de Deus. Nós homens queremos a isonomia na aposentadoria.
Parabenizo pela reflexão tão necessária num paÃs no qual se abriu mão do diálogo em prol do sectarismo e diversidade passou a significa unicidade (ou pensamento único, como se dizia nos velhos tempos). Estamos nos tornando incapazes de admitir que existem nuances, opiniões divergentes, alteridade enfim. Sobre alguns temas fortemente identitários ou de cunho polÃtico, discordar é o mesmo que entrar em um duelo: ou matas, ou morres. Tempos sombrios.
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