Ilustrada > Kevin Spacey e Woody Allen não merecem ser jogados no limbo Voltar
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"Miguel, Miguel, não tens abelha e vendes mel",
Por uma Folha com mais textos de Miguel de Almeida.
O movimento #metoo pode ter certo exagero, e cabe à justiça fazer a filtragem necessária entre vÃtimas e oportunistas. É consabido que há assédio em todos os ambientes de trabalho, inclusive na indústria cinematográfica. Esse movimento serviu para sacudir a sujeira debaixo do tapete e fomentar homens e mulheres a refletir sobre a relação de poder no ambiente de trabalho. Agora, cada empresa tem a liberdade de querer ou não contratar obras e serviços de atores, diretores cineastas envolvidos.
Não creio que ao texto falte qualidades literárias. É bem escrito, conciso e objetivo e moderno, não precisando ficar justificando tudo o que diz, já que é um texto que, em tese, só atrairá cinéfilos. Quanto ao mérito sobre que discute, concordo em gênero, número e grau (perdoe-me perfeccionista leitora, mas gosto de frases feitas, pois economizam tempo e paciência dos outros. Os dois artistas têm muito a nos oferecer ainda. E é isso o que me interessa.
Mesmo concordando com argumento do texto - adoraria ver o novo Woody -, é preciso dizer: que coisa mais mal escrita. Texto de baixÃssimo nÃvel intelectual. Parece que está jogando opiniões requentadas numa mesa de bar. E cai num maniqueÃsmo juvenil: a diretora de "lady bird" pensa isso, logo o filme é fraco, "não li crÃtica favorável", etc. Isso lá é argumento? Folha, por favor, vamos manter o nÃvel!
kkkkkk .... os chatos da "patrulha do politicamente correto" em crise ....kkkk
As atuações de Wood Allen e Kevin Spacey em nada têm a ver com suas vidas particulares . A justiça é detentora da prerrogativa de condená-los. O que não podemos é condená-los pelos moralistas,justiça medieval e tacanha, pujante nos dias atuais. Já é sabido que gangsteres marcam horário na alta madrugada para selar acordos milionários, proveniente da corrupção, usurpando os cofres públicos. Gente que vende a mãe dizendo que é carro e açaà dizendo que é serviço para o erário. A eles nada acontece.
O grande compositor alemão Richard Wagner era claramente anti-semita, mas isso não impediu que a sua arte fosse finalmente celebrada em Israel. Ainda que Allen não esteja no mesmo nÃvel de grandeza do Wagner, qual seria a diferença de leitura entre os dois? Em primeiro lugar o assunto é uma questão de foro Ãntimo que é o julgamento da consciência sobre coisas morais. Cada um tem o seu e não muda. Segundo, no tempo de Wagner não havia Twitter, ferramenta que amplifica todo bem e todo mal humano.
Quero saber quantos vão restar da neurose purificadora nas artes. Ora, direito de boicotar determinados artistas todos têm; mas há exagero quando se exige que para fazer arte é preciso ser virtuoso, imaculado. No caso do Allen a coisa é pior porque sequer há provas de que ele seja culpado, e mesmo assim não estão lhe dando o benefÃcio da dúvida. Essa febre está de acordo com o tempo maniqueÃsta que vivemos. Não se admitem as nuances das pessoas, avaliadas com simplistas "gostei" ou "não gostei".
Comparar Médici a Stalin é exagero. TÃpico. Bom é ver a esquerda destruir a si mesma com seus "me too" enquanto apalpa adolescentes. Hahaha.
E se fosse eu ?
Excelente análise! Inteligente e reflexiva, parabéns!
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