"Arredondaram" a verdade. Ficou assim... ;)

O problema do texto é por tudo no mesmo plano. Os militares usurparam o poder, reirando um presidente eleito democraticamente sem qualquer motivo razoável. Não havia tal ameaça comunista no Brasil de 64 e mesmo se houvesse, golpe é golpe. A pouca luta armada se formou apenas após o golpe, para lutar contra os usurpadores do poder. Violência do Estado fora dos marcos legais é inadimissivel e foi isso que os milicos fizeram e ainda fazem.

"Sua meta é celebrar a ditadura, tal como a Comissão de Anistia celebrou os ícones da luta armada". Comparação esdrúxula, mal intencionada e tacanha. Não há como existir um regime ditatorial e autoritário que não gere uma resistência armada, tendo em vista a limitação de atuar politicamente dentro dos limites da lei. Equivaler as duas posturas, só corrobora com os argumentos dos bolsonaristas.

A conta será cara. Ao elegermos essa figura grotesca, a história do Brasil, já bastante deturpada e ignorada pelo grosso da população, aos poucos será deturpada. Pobre de um povo que não Conhece a sua história.

Esse silêncio permitiu que o povo votasse numa figura como Bolsonaro, defensor ardente dos crimes contra a humanidade perpetrados pela ditadura. Meninos de 18 anos foram torturados e mortos por Ulstra e seus comparsas, mulheres foram estupradas e mutiladas, e hoje 56 milhões de brasileiros acham razoável votar num defensor do assassinato e da tortura política. Bom texto do Demétrio.

A Ditadura Vargas já passou pelo filtro da História. O Governo Militar ainda não. Como será visto o governo militar, ou Ditabranda, daqui uns anos ?

O articulista a cada texto se supera. Brasil e sua eterna "pacificação" mentirosa.

Epidemia de burrice ataca a fsp.

A ditadura cerceou a política abrindo espaço para terrorismo e luta armada, nada disso existia até o golpe em 64. E ainda querem alegar que a ditadura lutava contra o terrorismo, a ditadura trouxe o terrorismo.

Um revisionismo que já se implantou na cabeça de alguns comentaristas por aqui é o de que a ditadura só perseguiu terroristas, como se, sob esse pretexto, não tivessem cerceado e perseguido grande parcela de opositores que nunca pegaram em armas. E o objetivo era totalitário, sim: governar as mentes, enquadrá-las na visão de mundo generalesca, que alguns tomam como "nossos valores". Ao diabo com vossos valores.

Só na segunda metade da década de 1970, a democracia e o Estado de direito se afirmaram como valores em si. Em 1964 grande parte das elites partilhavam da visão positivista de uma república autoritária, que tirasse o país do atraso. Uma das facções venceu, inclusive expurgando das forças armadas os que tinham visão contrária.

A ditadura durou enquanto duraram as atrapalhadas aventuras de uma Esquerda maltrapilha, precária, tola e inepta. A mediocridade da Direita só se revela em toda sua plenitude quando alimentada por uma Esquerda estúpida. Seria hilária, se não fosse trágica, a luta armada de grupos como o da Serra de Caparaó. Quando não havia mais esquerda delirante a combater, a ditadura caiu sozinha, de madura, como fruta podre. Como é o destino de qualquer direita: o dejeto da História.

Ricardo Ferreira, perfeito seu comentário. Destacou todos os pontos importantes esquecidos pelo colunista.

Lembraria ao colunista, a famosa comissão da verdade, que teve membros de um só lado e ensejou a troca de nomes de locais públicos em São Paulo pelo prefeito Haddad. Substituíram Costa e Silva por João Goulart. Curiosamente, não propuseram a troca de locais públicos denominados Getúlio Vargas por Olga Benário. Tivemos tantas novilínguas, que a nova será simplesmente mais uma.

Perpetraram até uma comissão fajuta da verdade com viés apenas de esquerda tentando incensar seus líderes, agora é tempo da comissão da verdade da direita,né, não? Afinal pau que arregaça o chico ,pode aleijar o francisco. .!!

Não há verdade absoluta, porém a relativização dos crimes da esquerda beira o absurdo. Não porque sejam maiores, mas sim porque são travestidos de reativos a uma realidade hostil por um discurso sustentado há décadas. Nos anos da ditadura eram luta armada pela democracia (?), nos processos que devassam a corrupção dos governos petistas são condenados po corrupção passiva, quando de fato foram os agentes que se organizaram e praticaram crimes de extorsão (ou paga, ou não libero). Precisamos luz.

Terá passado pela cabeça do colunista que um eventual revisionismo possa, realmente, trazer a verdade à tona, a justiça dos fatos, suas motivações e objetivos? O que temos hoje como acontecido é a versão dos (felizmente) derrotados. Não eram integrantes de uma luta armada e sim terroristas que desejavam impor aqui um governo radical, bem mais intenso e violento que o do período militar. Houve excessos, sem dúvida, mas para preservar nossa liberdade e valores.

Arnaldo Feitosa, parabéns pelo comentário!!!

Foi uma guerra entre terroristas e o estado. Ambos extrapolaram. Felizmente o estado venceu. Infelizmente o estado cometeu crimes. Felizmente houve anistia. Infelizmente a narrativa terrorista impôs-se durante os últimos governos. Agora o pêndulo muda de lado. (In) felicidade?

Vale pontuar que o acerto de contas com a ditadura não dependia, necessariamente, da punição dos agentes de Estado. Sobretudo com o passar dos anos, a simples revelação minuciosa dos fatos, com identificação de vítimas e algozes, já poderia embasar uma narrativa histórica fidedigna, para além da condenação criminal dos culpados. A Lei da Anistia não impedia esse desvelar factual. Lamentável que nem isso fomos capazes de fazer. Vide as limitações impostas à Comissão da Verdade.

Vão ser 4 anos de oposição do Magnoli

A indiferença e a ignorância são forças a favor de qualquer ação revisionista e vamos e convenhamos que no Brasil os indiferentes e ignorantes são a maioria. A questão profunda é que a classe média que poderia se impor a este tipo de revisionismo já que estudou só quer saber dos juros de sua aplicação. Existe uma forte chance de golpe de estado para beneficiar alguns se transforme em revolução para o bem de todos. O bode expiatório não precisa estar vivo, precisa ter poder de expiação!

O nazismo criou na Alemanha dos anos 30, um bem sucedido coquetel de resultados econômicos e tecnológicos com terror político. É o que se desenha agora. Quem não adere ilimitadamente, abdicando da opinião própria e do bom senso, é imediatamente etiquetado pelos extremistas de esquerda e de direita, como "inimigo do povo". Na ditadura militar, os editoriais não terroristas do jornal O Estado de São Paulo, eram totalmente censurados. Não pode haver revisionismo nisso. Horror é horror.