Painel do Leitor > 'Se o caso Queiroz não for solucionado, um fantasma rondará o governo', diz leitor Voltar
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Eu só espero que o destino do clã seja o mesmo que o do seu predecesor presidencial, o caçador de marajás, Fernando Collor de Melo. E do que parece que poderá vir a ser o de seu guru norte-americano, Donald Trump. Só assim poderÃamos ter algo novo sob o sol brasileiro.
O que é surpresa é ver um membro do clã que se vendeu como a mais pura concentração de hormônios masculinos do universo, pedindo auxÃlio penitente ao STF, que achava que podia fechar apenas com um cabo e um soldado. E esse tal auxÃlio seria precisamente o reconhecimento do seu direito a proteger-se embaixo da saia do foro privilegiado, privilégio radicalmente vilipendiado pelo clã antes das eleições. Nada novo sob o sol brasileiro.
Não é surpresa, também, porque o chefe do clã era assÃduo usufrutuário de benesses do sistema. Recebia auxÃlio moradia (usando dinheiro público) ao tempo que possuÃa inúmeras propriedades; contratava como assessora parlamentar (paga com dinheiro público) vendedora de açaÃ, para servi-lo, junto com o marido, de caseiros de sÃtio particular; recebeu R$ 33,70 mil para “mudar-se” do apartamento funcional de deputado para o Palacio Alvorada; por ficar só nestes três exemplos.
Li neste jornal que em apenas 17 dias da instalação do novo governo, já tinha aparecido “o motorista” (referindo-se a Queiroz e relacionando-o ao motorista do Collor). Ambos candidatos eleitos se elegeram pregando discursos de moralidade e ambos, tratados como off-side pelo imaginário popular, foram desde sempre membros ativos da polÃtica tradicional, corrupta, corporativista, elitista e do “toma lá dá cá”. Assim sendo, não é uma surpresa a descoberta das falcatruas de um membro do clã.
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