Ilustríssima > Brumadinho evidencia Estado submisso a interesses de empresas, diz autor Voltar
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Parabéns! Artigo como há muito tempo não lia na grande imprensa. Seria um alento se a Folha adotasse em sua linha editorial a mesma perspectiva apresentada pelo prof. Henri Acselrad - uma análise séria e voltada ao interesse público. Infelizmente, o que vemos na imprensa é o uso doloso de palavrinhas patrocinadas como "tragédia" e "acidente". O mais adequado seria "segunda matança da Vale" (como propõe Adriano Pilatti), a irresponsabilidade organizada de um Governo a serviço da morte.
Do livro "A curvatura da banana", de Marcos Costa:"Tendo a sociedade brasileira sido constituÃda desde o inÃcio da forma que foi, o resultado não poderia ter sido outro. É da natureza de um sistema completamente descompromissado com um projeto de nação gerar uma sociedade também extremamente personalista, cuja peculiaridade é a prevalência da parte sobre o todo. Assim como é da natureza da bananeira gerar um fruto como a banana, com todas as suas caracterÃsticas, inclusive sua curvatura peculiar
Leiam o livro "A curvatura da banana" escrito por Marcos Costa. “A recorrência, no Brasil, das relações espúrias entre governo e empresários ao longo de 500 anos de nossa história e a consequente falta de distinção entre o público e o privado devem ser objeto de uma reflexão profunda, por serem a vertente de nosso descompasso com a civilização, de nosso eterno voo de galinha como nação, de toda a nossa tragédia cotidiana."
Caro Prof. Henri, seu artigo é um roteiro ao pensamento crÃtico, agradeço. Não somente por compartilhar o ponto de vista mas também por encontrar referências para estudo. Os exemplos de predatorismo de empresas contra seu público vão desde a Johnson's com seu talco carcinogênico até a Nestlé com sua campanha em favor de alimentar bebês com seus pós mágicos ao invés de peitos eficazes contra mil mazelas, contando, sempre, com a aquiescência de burocratas remunerados à parte. Obrigado!
Além destas causas, muito bem descritas pelo professor, impera o sentido da impunidade. No Brasil não se pune crimes culposos, vide Mariana. Boate Kiss e agora a soltura do "Dr. Bumbum". Aos familiares enlutados das vÃtimas, resta o descaso e o sofrimento.
O artigo coloca empresas como vilãs que corrompem o Estado. Ignora que o Estado brasileiro existe em função de si próprio ou da elite estatal que o compõe e o usa p/ obter privilégios em dinheiro, por altos salários ou propina. Com o notório "criar dificuldades para vender facilidades", na maioria das vezes é o Estado que corrompe as empresas que, se não aliarem e "cooperarem" têm seus projetos inviabilizados ou simplesmente quebram. O nosso problema é o Estado e nossa solução, as empresas.
Prezado Sr. Hildebrando, faltam alguns ossos ao corpo de seus argumentos, se me permite apontar. "Vender facilidades" é uma das possÃveis hipóteses, não a única nem a mais evidente. A voracidade corporativa, com a demanda por lucros e sem o devido controle do Estado - entidade mediadora em um pacto social bem azeitado - passa por cima de pontos essenciais à sobrevivência de uma sociedade, como o respeito por aqueles afetados pela atividade produtiva. Sem falar de clientes afetados pelos produtos
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