Vinícius Torres Freire > O outro buraco na Previdência Voltar

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  1. paulo holmo

    Prezado Ricardo,reconheço que outros fatores como aumento real para o SM tambem influenciam,mas não há correlação entre entre os aposentados viverem mais (sobrevida) e aumento do gasto previdenciario? Como é possível isto se a Previdencia terá que pagar as pessoas por mais tempo?

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  2. Angelo Antonio Agostinho

    E o eminente perdão da dívida das corporações do agronegócio (FUNRURAL) e outras? Porque esse tema não merece a mesma atenção na preservação da Previdência ?

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  3. Ricardo Knudsen

    Dizer que a receita previdenciária ajuda é piada do colunista. Até 2014, o RGPS urbano tinha superávits de R$ 30 bi ao ano. Se tivessem sido aprovisionados, o seu déficit acumulado em uma década seria de meros R$ 20 bi, média de R$ 2 bi aa. Mesmo esse déficit só ocorreu pelo aumento do desemprego, que derrubou a receita previdenciária. Se o desemprego voltar a 1 digito, o déficit do RGPS urbano desaparece. O RGPS urbano não precisa de reforma, e seu equilíbrio não depende de aumento de impostos.

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  4. Ricardo Knudsen

    É improvável que o crescimento das despesas do RGPS cresça a 12,3% do PIB até 2039. Essas previsões são feitas com parâmetros meio absurdos. Por exemplo, considera-se que a porcentagem de trabalhadores rurais pobres (q não contribuem, mas recebem do RGPS) não será alterado. Que o crescimento da economia nunca atingirá aquilo que Meirelles chamou de taxa natural de crescimento do PIB, sempre se coloca algo muito menor. E se manipulam os dados demográficos, como fecundidade baixa (q reduz a receit

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  5. Ricardo Knudsen

    O número de benefícios hoje reflete o aumento da PEA entre 30 e 50 anos atrás, pouco tem a ver com o envelhecimento, que se acelerou neste século. A PEA crescia mais do q a população a partir de 1950, pela entrada de mulheres no mercado. A taxa de crescimento da PEA era de 3 a 4% ao ano, não por coincidência, a mesma do crescimento do número de benefícios do RGPS. Mas isso aumentou também as receitas, fazendo o RGPS urbano ser superavitário e o déficit global do INSS cair, até a crise.

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  6. Ricardo Knudsen

    É errado correlacionar diretamente envelhecimento populacional e despesa do RGPS. O aumento da despesa tem outros componentes, como crescimento da renda média e do SM. O certo é ver a evolução o número de benefícios (pessoas aposentadas). Nos anos 1990, o número de benefícios crescia mais de 4% aa. Caiu para média de 3,5 no começo do século, e foi de 2,3% no último quinquênio. Foi de 1,7% em 2018, e 2,1 em 2017. Se está em queda, envelhecimento não é a causa, mas a mentira pegou.

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  7. Ricardo Knudsen

    São muitas manipulações num só artigo, desanimador. É falso q haja um crescimento explosivo das despesas do INSS, e q a causa seja o envelhecimento acelerado da população. A taxa de crescimento das despesas do RGPS está em queda, foi de 2,3% em 2018, e de 1,1% em 2015. Foi maior em 2016 e 2017, para o que contribuiu o adiantamento das aposentadorias por medo da reforma. A taxa média do último quinquênio foi 4%, contra perto de 6% nos períodos anteriores.

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  8. José Cardoso

    "despesa crescerá de 8,4% do PIB para 12,3% do PIB". Isso sem reforma? Imagino que uma reforma bem desenhada com uma regra de transição gradual, diminuiria esse gasto como porcentagem do PIB, (considerando um crescimento desse último a 2 ou 3% ao ano.)

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