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EDUARDO BASTOS
O mundo trágico é um mundo de ação. Se esta frase fosse estampada em algum cartaz de algum movimento marxista do século XIX, eu até entenderia. Mas vem embalada nesta lenga-lenga pós-moderna na qual o autor tenta ligar a arte com o espírito revolucionário. Bullshit. É como ouvir: Proletariado. Uni-vos novamente. A arte nos mostra a realidade. Patético!
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José Fernando Marques
Pois é, Leivas, parece que você não entendeu o artigo.
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EDUARDO BASTOS
Pois é... acho que eu tenho uma opinião bem diversa de você.
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José Fernando Marques
Belo artigo. Concordo plenamente. E não sugere um choque para acordar o "zumbi vermelho". Mas para acordar o zumbi verde e amarelo, entre outros zumbis. Um choque de realidade para que a esquerda, posta sobre os próprios pés, colabore na realização de um mundo menos tolo e mais humano; que aceite a morte, os limites, o amor gorado e o mais. Trata-se de amadurecer.
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EDUARDO BASTOS
Os zumbis vermelhos estão até agora tentando anotar a placa do caminhão verde e amarelo que os atropelou. Vagam afoitos e ressentidos, à procura de uma nova luz, já que a seu führer foi enclausurado. O sintoma mais cabal da queda da esquerda é o seu histrionismo infantil em relação à Bolsonaro. Me lembra aquele guri que corre para o pai e chora porque seu time tomou o gol. A psicologia vermelha é tudo, menos imprevisível. Eu já passei por este Zeitgeist várias vezes... kkk
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José Fernando Marques
E pra encerrar a polêmica ("sem polêmica, a vida é um inferno") com Eduardo: ele deve achar o Bolsa Família brega; deve achar que aumentar o mínimo acima da inflação é cafona. Foram as políticas petistas, depois jogadas no lixo. Em troca, reformas trabalhista e previdenciária. Nenhum convite a trabalhadores para discutirem. E tentativas de controle do pensamento. Querem que o outro viva como eles vivem. À força. A esquerda democrática é superior, sim, a essa direita que está aí. Em tudo.
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José Fernando Marques
Seu neoliberalismo juvenil está ficando cansativo. Gramsci pensava em hegemonia como contraponto à hegemonia da direita, esta sim maquiavélica e contrária ao interesse real dos trabalhadores, conforme o pensador italiano o compreendia. Ainda que você tivesse razão - não tem, basta ler o cara -, seriam duas ambições hegemônicas a se enfrentarem, com a diferença de que a direitista é sempre bem mais popular... Ciao.
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José Fernando Marques
Falácia, Leivas, na qual você acredita ingenuamente. Se o mínimo é aumentado, gera mais consumo, o que gera mais produção. Esse foi um dos fatores que garantiram (quase) pleno emprego durante os dois mandatos de Lula. E a lição está num economista certamente mais antigo que Sowell (so, well...): o Marx de "Salário, preço e lucro". Livro escrito para criticar o argumento que você expõe. O que ocorre, segundo Marx, é que os capitais deslocam-se dos bens de luxo para os de primeira necessidade.
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EDUARDO BASTOS
Meu amigo, que eu saiba o primeiro intelectual que se preocupou em controlar o pensamento, o coração e as mentes do rebanho (de modo sutil e quase como uma lavagem cerebral) foi Gramsci, o comunista encarcerado por Mussolini. Foi ele que propôs a obtenção da hegemonia através da cooptação do senso comum pelos tentáculos da mídia, academia e entretenimento. Seu intelectual orgânico tem muita presença aqui na FSP.
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EDUARDO BASTOS
A esquerda democrática é superior a esta que esta aí. Em tudo. Onde? No envio de dinheiro para ditadores? Na escravidão de médicos? Na irresponsabilidade de aplaudir Maduro? Na incapacidade de entender que Economia não é wishful thinking? Na cor/rupção desenfreada do mensalão e do petrolão? No aumento do déficit público para justificar programas de “amigos do rei”? Ah... para. A esquerda que está aí envergonha a verdadeira, sendo uma caricatura barata e falsa (Ersatz).
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EDUARDO BASTOS
Basta ler Thomas Sowell e você terá uma aula de Economia a respeito das desvantagens cruéis a respeito da estipulação de um salário-mínimo que é, em muitos casos, acima do salário de mercado que remunera a produtividade do trabalhador. Isso gera desemprego, especialmente nas camadas mais jovens. Mas seria demais pedir uma lida em Sowell. Este dá uma aula de Economia e mostra que as intenções podem ser até boas a curto prazo, mas geram incentivos que são opostos a elas a longo prazo.
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EDUARDO BASTOS
Eu realmente acho o BF um programa desnecessário e casuístico (ainda mais quando o valor do benefício é proporcional ao número de dependentes). Ao invés de libertar, o programa aprisiona. É a falência das supostas políticas welfare do Estado sendo remediada pelo próprio Estado (um paradoxo). Ou seja, de onde a mão visível do Estado deveria sair (para gerar mais riqueza), é onde ela mais aparece.
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EDUARDO BASTOS
Parece que a esquerda sempre precisa de uma tragédia para justificar sua eterna transe utópica. É como se o autor estivesse sugerindo um choque de realidade para acordar o zumbi vermelho de seu sono profundo. Quase sutilmente, o autor sugere que somente no limite (uma revolução?), a esquerda se encontrará e fará as pazes consigo mesma. É sempre a mesma lenga-lenga retórica de tantos outros pseudointelectuais. De quebra, um ataque ao neoliberalismo (a senha do clube). Tudo elegante... e falso.
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EDUARDO BASTOS
A esquerda nunca foi moralmente superior à direita. Pelo contrário, ela é capciosa, hipócrita, manipuladora e ambivalente. Por trás da capa de justiceira social, há a caricatura ressentida e invejosa de um corpo político que não respeita o indivíduo (só os indivíduos de sua gangue) e não entende o mínimo de ciência econômica. Uma seita de fanáticos revolucionários iludidos (alguns nem tanto) por uma utopia terrestre.
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EDUARDO BASTOS
Parei de ler quando você disse que Stálin e Maduro não são de esquerda. Eu realmente li isso ou você está brincando com minha inteligência. Nunca li tamanho disparate.
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José Fernando Marques
Eu me referi, desde o começo, à esquerda democrática e à situação contemporânea. Gente como Stalin, Mao e Maduro, a meu ver, simplesmente não é de esquerda, pelos motivos que conhecemos. Esquerda ou direita, o sujeito em primeiro lugar tem de ser decente. Só que é mais difícil, sendo de direita, ser decente. Veja o Temer, o Doria, o próprio Bolsonaro... Falo em superioridade moral levando em conta os programas. A esquerda tem o dever de estar à altura dos próprios programas.
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José Fernando Marques
Você disse que tinha parado de ler o artigo... Nada como uma provocação, não? Tem razão quando fala nos crimes da esquerda. Nisso direita e esquerda se equivalem. Iguaizinhas. Refiro-me - disse isso e você ignorou - à esquerda democrática, não autoritária, como a que está no poder em Portugal. Humanismo brega? Mas o que é que você tem contra o brega? Humanismo é o que há, é só que resta. Humanismo, eu diria, erasmiano, um dos poucos pensadores radicalmente pacifistas da história ocidental.
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José Fernando Marques
Nada de aleivosias, Eduardo. Quando se fala na inferioridade moral da direita, levam-se em conta duas formas extremas, opostas, de convívio: competição e cooperação. Esta parece melhor, mais eficaz que a primeira. Enquanto a esquerda (a mais lúcida, ao menos) enxerga o sofrimento do outro e pretende diminuí-lo, a direita o aumenta ou ignora. Era disto que falávamos: a superioridade da atitude diante do próximo, que identifica a esquerda ( ou deveria). Certo?
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EDUARDO BASTOS
Quando eu leio /superioridade de atitude em relação ao próximo/ eu tenho náuseas e vejo que meu interlocutor ou não sabe nada de história ou então age com desonestidade intelectual. A esquerda é maquiavélica. Ela usa o discurso moralista para cooptar inocentes para dentro de sua estratégia. Nada mais longe e desconexo deste seu humanismo brega de amor ao próximo.
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EDUARDO BASTOS
A esquerda enxerga o sofrimento do outro e procura reduzi-lo? Diga isso para Stálin, Mao, Che, Fidel, Pol Pot, Maduro. A lista é imensa e mostra que o argumento é tão válido quanto uma nota de três reais. A esquerda é mais hipócrita e mais manipuladora. Ela usa e abusa de minorias com o discurso fajuto de justiça social a fim de conquistar o poder. Sempre foi assim e sempre será assim. O lulopetismo é o nosso exemplo mais recente. Acordem!
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EDUARDO BASTOS
Parei de ler quando cheguei no termo neoliberalismo. Marxismo cultural detected. Difícil achar algum intelectual que não tenha sido contaminado.
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EDUARDO BASTOS
Dizer que a esquerda é moralmente superior à direita é de um desconhecimento atroz de grandes textos conservadores, como Chersteton, Kirk e Burke. Este argumento é o mais velho e o mais facilmente refutável. A esquerda esquece dos quase 150 milhões de mortos contabilizados em seu paraíso moral na terra. Tão bonzinhos estes vermelhos...
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José Fernando Marques
Nada de aleivosias. Enquanto a esquerda - refiro-me à não sectária, não autoritária - enxerga o sofrimento alheio e se solidariza com ele, a direita o nega, o ignora e tende a aumentá-lo. Sugiro ainda calma ao incluir Locke entre os clássicos da direita. Dê uma olhada na "Carta sobre a tolerância". Ao falar na inferioridade intelectual e moral da direita, eu, de todo modo, pensava na situação contemporânea.
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Marco Antonio Barbeito dos Santos
Parece que os "comentaristas" de esquerda, abusaram muito da água ardente hoje. Ou será overdose de tubaína com groselha ?
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José Cardoso
"...um materialismo desencantado, capaz de encarar as contradições e os limites do real..." Difícil pois a maioria da população quer o encanto. Os candidatos que falaram abertamente em equilíbrio fiscal em 2018 por exemplo terminaram nanicos. Os que fingiram não ter problema disputaram a final.
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Bruno Andreoni
Com a queda do Muro, a esquerda perdeu o discurso da utopia. Aí, procurou outros, o ambientalismo (que a esquerda desprezava como coisa de burguês antes da tal queda do Muro) e o politicamente correto em suas várias formas. Isso se aliou à vociferação contra as desigualdades sem propor qualquer solução. Com isso, perderam grande parte do eleitorado. Acho que a esquerda não precisa de espírito trágico, precisa encarar a realidade e construir propostas. Escrever empolado não vai resolver.
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EDUARDO BASTOS
Olavo de Carvalho já dizia isso no início da década de 90 e a imprensa o ignorava. Prova de sua genialidade.
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em sua forma, indesmentível no conteúdo. Risonhos aproximamo-nos do fim da espécie, imunes ao sentimento trágico. Virá o fim e nos encontrará consumindo. La grande bouffe, filme profético.
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em sua forma, indesmentível no conteúdo. Risonhos aproximamo-nos do fim da espécie, imunes ao sentimento trágico. Virá o fim e nos encontrará
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em sua forma, indesmentível no conteúdo. Risonhos aproximamo-nos do fim da espécie, imunes ao sentimento trágico. Virá
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em sua forma, indesmentível no conteúdo. Risonhos aproximamo-nos do fim da espécie, imunes ao trp
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em sua forma, indesmentível no conteúdo. Risonhos aproxima
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em sua forma, indesmentível no conteúdo. Risonhos aprixima
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Gilda Cruz
Belo texto, lapidar em su
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Cloves Oliveira
"Pela falta de um prego a ferradura foi perdida; pela falta de uma ferradura o cavalo foi perdido; pela falta de um cavalo o cavaleiro foi perdido; pela falta de um cavaleiro a batalha foi perdida; pela falta de uma batalha o reino foi perdido. E tudo pela falta de um prego de ferradura." O poema é do Ben Franklin e ilustra o poder das coisas básicas muitas vezes ignorada pelos políticos, como a honestidade, honradez e caráter. O bater das asas de uma borboleta pode causar um furacão.
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