Opinião > USP X escolas militares Voltar
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O aluno com pai/mãe militar entra no colégio militar por cota (80% das vagas reservadas a militares); e quer entrar na Universidade através de cota novamente. É esse o povo que defende o fim das cotas - para os outros.
Ja vi opinioes i di o tas. Mas a sua,merece premio
Os mesmos que reclamaram das cotas agora querem se beneficiar delas, tem cota para ingresso nos colégios militares?
Quem paga dois, três salários mÃnimos para preparar um filho para a universidade, na maioria das vezes universidade pública, pode muito bem pagar também o ensino universitário. O samba do crio ulo do ido impera na educação superior do pais, de um lado quem pode contribuir financeiramente, por cultura egoÃsta, se nega. Do outro, grupos ideol ógicos, encast elados nesta mesma universidade, se neg am a aceitar uma universidade p aga. Pob re Brasil.
A mensalidade das escolas militares gira em torno de 1/4 do salário mÃnimo no Brasil. Não é de forma alguma uma escola em que "qualquer um" pode ingressar (para felicidade das famÃlias de classe média que lá mantêm os filhos). Dessa forma, por que ser seus alunos seriam contemplados num sistema de quotas que impulsiona os alunos mais pobres?
Artigo correto, a favor de um paÃs democrático. A mai oria silenci osa está cans ada destes imbe cilóides, de todos os mat izes ideol ógicos. Arrog antes, extre mistas e ignor antes. Os mesmos que são contra cotas para os alunos egres sos dos colé gios milit ares, tem um pensa mento de rese rva de va gas na USP, só para seus alinha dos men tais. O FLAxFLU tem de aca bar, no paÃs.
O conceito de Educação pública e gratuita implica exatamente nisto: ser realmente pública (qualquer um pode se matricular) e gratuidade. As escolas militares dão preferência a filhos de militares, logo, não são tão públicas assim, ou são, mas se encontram aparelhadas para atenderem preferencialmente uma determinada casta estatal. Se além disto ainda cobram mensalidade, mesmo que inferior à escola privada, então, de fato, não são nem públicas e nem gratuitas. Sem cota.
Discordo do Editorial. R$250 é quantia extremamente alta, suficiente para selecionar estudantes e classificar a escola como particular. Um artigo publicado nesta Folha por Fernando Canzian mostra que 42% das famÃlias vivem com menos que R$665 reais per capita por mês. A decisão da USP está correta.
A realidade, a verdade , na prática - e todo mundo sabe disso -, é que quem entra nas escolas militares só entram se forem filhos, amigos, parentes de militares. E, idem para entrar para as forças e consequente ascensão, também. O funciona é o Q.I. O correto é acabar com todas as cotas, visto que é inconstitucional e injusta.
Hugo, boa tarde. Estás bem desinformado. Nos colégios militares, há percentuais de vagas para os dependentes de militares e para concursos abertos à sociedade, sem qualquer restrição. Para as academias militares, não há cotas. O ingresso dá-se, única e exclusivamente, através de concurso público.
Sua informação está errada. Não sou, nunca fui militar. Não tenho parentes nem amigos militares. Meus três filhos todos cursaram o Colégio Militar de BrasÃlia. Entraram porque se esforçaram e passaram num concurso extremamente concorrido. Ah, e todos cursaram depois a UnB. São homens, mulheres, profissionais e seres humanos de alto padrão. Obrigado, Exército Brasileiro.
Por acaso é diferente no colégio de aplicação?
No entanto, talvez seja produtivo excluir estudantes de escolas militares e técnicas, mesmo que públicas. Essas escolas de fato tem excelência no ensino e se equiparam ou superam boas escolas particulares e a proposta das cotas é dar oportunidade aqueles que conquistam ótimo desempenho acadêmico enfrentando as condições adversas das escolas públicas regulares.
O Brasil teve cotas [com outros nomes] quando Imigrantes europeus foram subsidiados para "embraquecer o paÃs" por volta de 100 anos atrás e filhos de fazendeiros tinham vagas reservadas em escolas de agronomia [lei do boi], só para exemplificar. "Cota não é esmola". Procure na internet essa frase. O STF reconheceu a constitucionalidade das cotas sociais e raciais por unanimidade há cerca de 10 anos atrás.
o primeiro absurdo desta estória é que a USP é mantida pelo ICMS pago pela população de São Paulo, que tem a mais desfavorável oferta de vagas para escola publicas de SP,, então deveria ser para escolas dos filhos de quem a paga. o segundo absurdo é que era para abrir oportunidade que vem de condições precárias de ensino, que não é o caso de escolas militares. USP Unicamp UNESP recebam aluno de SP para graduação, pos é outra conversa.
Temos que encontrar uma forma de eliminar essa dicotomia: os ricaços pagam mensalidades superiores a dois, três, quatro salários mÃnimos para os seus filhos estudarem em escolar particulares, mas, não abrem mão de colocar seus rebentos nas universidades públicas. Quando se fala em cobrar mensalidades para essas famÃlias a gritaria é geral e o discurso é o de sempre: "educação pública gratuita de qualidade é um dever o estado e um direito do cidadão". Durma-se com um barulho desse?
Trata-se de uma decisão polêmica, cujas consequências não serão favoráveis pela natureza da polÃtica de cotas. Mesmo sendo bem melhores do que as públicas, os Colégios Militares e os Institutos Federais, por definição são colégios públicos, mesmo tendo algum subsÃdio não estatal(via pai dos alunos). Brancos e Negros pobres também estudam nessas instituições. Não vejo a decisão da USP como contraponto aos militares, mas equivocada quanto à abrangência da inclusão.
Está em jogo aà o princÃpio da universalidade que deve nortear a ação do Estado, sobretudo quando se trata das necessidades básicas e fundamentais, como saúde, educação e segurança. Será que a polÃcia deveria cobrar para dar segurança aos mais ricos? Se eles pagarem não se acharão detentores de mais direitos do que os demais? Não estaremos acirrando a discórdia e divisão social no seio da universidade?
O que deveria acabar são todas as cotas para escolas públicas. A polÃtica de inclusão seria mais eficiente através de bolsas para alunos de renda mais baixa. Como compensação os de renda mais alta pagariam alguma mensalidade.
Em essência, o editorial me parece correto. Tanto é assim que a própria USP já voltou atrás. Mas a correção do argumento não invalida o questionamento das intenções. Por que dar destaque para uma questão menor e já resolvida senão para ajudar a manchar a imagem das Universidades públicas? Preparem-se, amigos. Costura-se um inédito concerto destinado a destruir o ensino superior público: editoriais sobre pêlo em ovo, ministério público mandando devolver salário, 'Lava jato da Educação'...
o ICMS é pago pela população de SP, as universidades estaduais deveriam atender a alunos precários do estado de SP. Escolas militares não tem alunos precários. A relação vaga universidade publica/alunos do sistema publico é a pior do Brasil em SP. USP Unicamp e Unesp tem que atender quem a paga: a população de SP. As Federais e Pós Graduação são outras estórias.
Ministério Público não tem poder de mando.
Alunos destes colégios militatres pagos são bem melhores preparados do que escolas verdadeiramente públicas, logo não devem disputar vagas com estes alunos. A escola militar nao é muito melhor? Entao não precisam de cotas. Acho péssimo quererem transformar isso em uma questão ideológica. Não é.
luiz está certo. 80% das vagas são para filhos de militares e isso já é uma COTA, um privilégio, se não quiser palavra tão forte, um corporativismo. as outras vagas, 20% são realmente para concurso público e, por isso mesmo, os que ingressam são a NATA do ensino fundamental (concurso para o 6º ano do EF e 1º ano do ensino médio). os uniformes são pagos pelos pais dos alunos, e são caros. o espÃrito das "cotas" é dar condições aos de menor condição e não aos corporativos.
Bom dia. Obrigado pelo esclarecimento. Talvez a solução seria levar em consideracao a condição social da familia em contraponto ao uso do colégio militar.
Prezado Luiz, bom dia. Está enganado. Fora os dependentes de militares que possuem amparo para a matrÃcula, as demais vagas são preenchidas através de concurso aberto a toda a sociedade, sem qualquer distinção, o que caracteriza a classificação de "público" para esses estabelecimentos. Outro aspecto fundamental é que não há o objetivo do lucro, premissa básica dos estabelecimentos particulares.
Seguindo o raciocÃnio do baixo valor da "mensalidade", os provenientes do Sesi também fazem jus a cotas. E não, esse não deve ser o critério. A escola pública está falida. Os matriculados nesse sistema precisam ser auxiliados e não só com cotas, mas com outras posturas de inclusão durante a formação. E os alunos da escola militar que cobra mensalidade, certamente tiveram uma educação que nem de longe se parece com a da rede pública, o que gera mais um entrave a ser superado pelos cotistas.
O editorial pode ser classificado como uma mistura de imprecisão, erro e amadorismo. Colégios militares não "preparam quadros para carreira mikitar", os uniformes são pagos pelos pais e é corporativo e, não, público!
sou ex-aluno de colégio militar e coronel do exército, portanto sei do que estou falando.vamos lá: 1) 80% das vagas é para filhos de militares; 2) as demais 20%, no máximo, são preenchidas por concurso público, ou seja, a NATA do ensino fundamental; 3) o orçamento que mantém os colégios, desde salário de professores, soldados da faxina e segurança, infra-estrutura é 100% na rubrica do Ministério da Defesa; 4) computados os reais custos, a taxa paga pelos pais não cobriria nem 10% das despesas...
Prezado Marcelo, bom dia. Está enganado. Fora os dependentes de militares que possuem amparo para a matrÃcula, as demais vagas são preenchidas através de concurso aberto a toda a sociedade, sem qualquer distinção, o que caracteriza a classificação de "público" para esses estabelecimentos. Outro aspecto fundamental é que não há o objetivo do lucro, premissa básica dos estabelecimentos particulares.
Editorial perfeito, justo. Faltou apenas deixar bem claro um aspecto: o porquê da picuinha. Seria, na verdade, o questionamento do pagamento de parte da mensalidade o motivo para, equivocadamente, impedir a matrÃcula ou a tentativa de barrar alunos com possÃveis ideologias e valores distintos daqueles disseminados por boa parte do corpo docente? Patrulhamento antecipado? Embora pareça pueril, a atitude da USP é perniciosa e caracteriza bem a falta de liberdade de pensamento lá existente. Triste!
Marcos, novamente, a ala esquerdista da universidsde pode ser facilemnte locslizada em serores especÃficos, como na faculdade de educação ou de historia e filosofia. O resto é amplamente centro direita. Nao é suposição. Estive inseridos em quadros desta universidade por bastante tempo durante minha pós graduação.
Digamos que, na USP, haja uma ala de direita. Se isso for verdade, são inócuos, diferentemente dos adeptos da esquerda lá existentes que, sem o menos pudor, fazem pregação de sua ideologia. Vamos tratar com a realidade e não com suposições.
Vc fala sem conhecimento. Uma grande ala dos quadros administrativos são, na verdade, de direita. Não existe viés ideolögico na atitude e a USP age de maneira justa ao não equiparara colegios militares cooperativos com escolas públicas verdadeiramente sucateadas. Se xolégios militares são tão bons pq tirar vagas de escolas verdadeiramente públicas?
Para a Folha de São Paulo não há nenhum problema em que estabelecimentos públicos de educação sejam pagos - daà a veemência com que defende cobranças de mensalidades nas universidades públicas, notoriamente a USP - eu penso que os colégios militares deveriam ser proibidos de cobrar de maneira direta, mas se é permitido, que não sejam enquadrados no sistema de cotas. São contra as cotas e contra a universidade pública, mas são doidinhos para entrar lá...
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