Hélio Schwartsman > Iguais diante da lei? Voltar
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Todos iguais, mas uns mais iguais que os outros. O igualitarismo de esquerda é tudo, menos igualitarismo. A fachada é linda, mas o conteúdo é ativismo social puro.
Tem um erro aà na sua coluna: a pena qualificada por motivo fútil não chega aos 30 anos. HomicÃdio doloso: pena 12 a 30 anos. Dificilmente o Juiz ao aplicar a pena , com a qualificadora de motivo fútil chega aos 30 anos. Fui Jurada durante muito tempo e nenhum dos condenados pegou mais de 20 anos de prisão. FeminicÃdio é outra qualificadora. E penso que o Brasil é o paÃs onde tem mais gays enrustidos no mundo! Todo preconceituoso o é!
infelizmente, em um paÃs no qual se elege um bolsonaro, há que detalhar todos os direitos, grupo por grupo.
Não gosto de bolsonaro(jamais votaria para ele), mas, a ação é antes dele entrar na presidência e também o feminicÃdio.
Você sabia que já somos tremendamente poderosos? Preste atenção. Já fiz a soma de todos eles. Um professor que, com as crianças, ri do Deus dela, é alguém que está do nosso lado. [...]. O promotor que, num julgamento, treme de medo para não parecer progressista o bastante, é nosso, é nosso. Você sabe quantos deles vamos conquistar aos pouquinhos, por meio de pequenas ideias prontas? (Dostoiévski, Os Demônios, 1872)
Por trás de uma lei que já está incutida em outra mais genérica, rugem os tambores do ativismo social da esquerda.
Acho que está faltando interpretação de textos por aqui. Onde eu disse que eu sou contra proteger o ser humano? É você quem quer diferenciar algo indiferenciável e que já está protegido por lei. Eu sou totalmente contra a criação de leis que tratam os iguais de modo desigual (ou que trazem à tona desigualdades que não deveriam existir). Se já existe uma lei maior, porque criar uma menor?
Desculpe-me! Jamais fui de esquerda e acho essencial proteger os homossexuais. Se ser de Direita for :preconceituoso,fofoqueiro(ama se imiscuir em cama alheia!),digo bendito ser de esquerda! Se o homem brasileiros , cada vez que bedelhasse na vida dos homossexuais, fosse ler um livro, o Brasil seria o PaÃs de intelectuais. Se cada polÃtico, dito de direita, cuidasse do bem comum, invés de se imiscuir na vida dos homossexuais, seria o PaÃs mais poderoso do mundo! O amor é lindo.
Para as pessoas entender, principalmente e infelizmente pela quantidade de analfabetos funcionais que temos, e necessário detalhar e tipificar sim as leis indicando com clareza o que é errado. Criminalizar a homofobia cria uma barrera para as pessoas homofóbicas que em qualquer momento podem cometer um crime.
Muitos evangélicos têm medo da aprovação de uma lei que os impeça de dizer que homossexualidade é pecado, mas, ao fazer isso, vão de encontro aos ensinos do mestre que confessam: Jesus desafiou o sistema, revelando a força do seu verdadeiro amor, que ecoou na eternidade. Assim, quem estiver pronto para falar a verdade em amor, nada deve temer.
Perfeito comentário! A inveja é pecado capital e interior também. Se todos(ditos evangélicos ou não), aplicassem os ensinamentos de Jesus ,contidos nas Escrituras Sagradas, o Brasil seria o PaÃs mais pacÃfico do Universo. Peço para que os preconceituosos (evangélicos ou não),leiam as Sagradas Escrituras:Mateus 19:3 a 9; 22,39 22:21, Êxodo 20:7,Jo 8. 1 a 11 e 15, 12 a 17.
Sandro, releia meu comentário, por gentileza. Acho q vc não entendeu o que eu disse.
É mesmo? E é proibido dizer que é pecado se divorciar, fazer sexo antes do casamento, trabalhar aos sábados, mulher orar sem véu na CCB, jogar na loteria, ir na discoteca, beber e fumar? O que os fundamentalistas temem é serem impedidos de incitar o ódio contra gays, de dizer que são doentes, imorais e endemoniados. Temem, ainda, que essa lei seja uma pá de cal em sua ideia de promover a tal cura gay abrindo clÃnica em cada igreja e vendendo ilusões
O que leva alguém supostamente em paz com a comunidade gay, que supostamente não tem preconceitos e não discrimina a se colocar contra uma lei que pune a homofobia? O que essa pessoa teme? Lembro-me que quando foi aprovada a lei contra o racismo, houve alguns que se colocaram contrariamente à lei. Usavam, como hoje, argumentos falaciosos. Quem respeita os gays não se coloca contra uma lei que é feita para castigar o transgressor. Como disse Paulo, Apóstolo, só teme uma lei quem a transgride.
Ocorre, Ricardo, que nosso congresso, por influência do fundamentalismo religioso e de preconceitos pessoais, se recusa a legislar sobre a matéria. Nesse caso, a Suprema Corte pode decidir até que a omissão do congresso termine.
Parece que você não entendeu a mensagem: lei criminal tem que ser votada no Congresso, não estabelecida por tribunal. Vc mesmo disse "...quando foi aprovada LEI contra o racismo..."Na Constituição, quem está autorizado a legislar é o Congresso, não o Judiciário, simples assim. Além disso, é só faze funcionar a lei que pune qualificadamente o crime com base em preconceito. Se a polÃcia funcionasse e o Judiciário fosse mais rápido, não estarÃamos discutindo isso.
Realmente parece que temos uma tendência cultural a elaborar leis para tudo, não conseguimos nos adaptar a uma lei mais genérica que abarca diversas condutas. Para nós não basta o "matar alguém", precisamos especificar cada um dos "alguéns". Talvez isso tenha algo a ver com os subterfúgios morais que utilizamos para excluir alguns alguéns. A igreja católica na época da escravidão criou um álibi para aplacar as eventuais culpas explicando que o negro não tinha alma.
Por isso não seriam verdadeiramente humanos, justificando a escravidão. Hoje os evangélicos fazem algo semelhante ao classificar como aberração as condutas homossexuais, o que os tornaria menos humanos. Talvez essa seja uma das origens da nossa necessidade de tornar tudo preto no branco, nao basta dizer que nao se pode matar alguém, é preciso que se diga expressamente que homossexuais, pretos, mulheres, etc são também "alguém".
Esse é para mim o equÃvoco do autor em tentar ideologizar a questão, mais histórico/cultural do que ideológica. O que faz a esquerda é tentar suprir esse "desvio" cultural com leis na tentativa de proteger os discriminados.
“(...)a esquerda erode a mensagem mais esquerdista de todos os tempos(...)”, Isso mestre Hélio. Veja: “A ignorância é a condição necessária da felicidade dos homens, e é preciso reconhecer que as mais das vezes a satisfazem bem”. Anatole France. Sim. Pode ser a chave da felicidade. Assim caminha a humanidade.
Pode ser a chave para a felicidade individual: irresponsável, egoÃsta e de curto prazo. Na mesma categoria está a felicidade do bêbado. A longo prazo a somatória das ignorâncias individuais resulta em catástrofe e tristeza universais.
Certamente não é função do judiciário legislar. Mas como corte constitucional tem obrigação de verificar a adequação da legislação existente aos preceitos fundamentais da constituição, como igualdade e combate ao preconceito.
A luta da Esquerda sempre foi a igualdade , é isso implica as vezes em dar maior proteção a vÃtima. A criminalização da homofobia é parte disto. Quando não houver mais preconceito pode até ser eliminada.
A primeira opção, claro. Não tem como policiar o pensamento. Agora sobre os tais desejos reprimidos violentos não posso afirmar que homofobicos violentos são homossexuais reprimidos.
Neber, a frase "Quando não houver mais preconceito..." é problemática: o que você quer dizer com isso, exatamente? Quando não houver mais práticas discriminatórias, agressões etc, ou quando tais pensamentos não passarem na cabeça de ninguém? A primeira opção é o que se está tentando conseguir; a segunda supõe uma fabulosa evolução do ser humano ou algum tipo de "polÃcia do pensamento". Lembro que desejos reprimidos irrompem de forma extremamente violentas.
Caro Helio, entendo a preocupação com a criminalização de condutas pelo Estado, que compartilho, inclusive. Porém, o principal motivo pelo qual estudiosos sérios do tema defendem a criminalização é para que se tenha registro dos casos de LGBTfobia, que hoje não são contabilizados oficialmente, diferentemente do que ocorre com racismo e feminicÃdio. Esses dados são essenciais para polÃticas públicas. Além disso, a criminalização da discriminação é dever constitucional (art. 5º, XVI) não opcional.
O identitarismo vai matar a esquerda. A coluna é perfeita e visa colocar a discussão do ponto de vista técnico. Como encontra eco em setores da direita, será bombardeada. A troco de que estamos nessa? A conversa está ficando irracional. A proteção, como bem diz o Helio, tem de vir do Estado e não de uma simples lei, que nada muda. Muito menos do judiciario, que não legisla. Viva a diversidade. Sejamos mais inteligentes que isso.
Os princÃpios imorredouros da Liberdade,Igualdade e Fraternidade entre todos os homens,ficaram associados à revolução francesa e à maçonaria,mas pertencem em realidade,a todo mundo civilizado e a todas as ideologias polÃticas sérias.Que Deus nos ilumine a todos e um abraço fraterno em agnósticos e ateus!
Brilhante artigo!O problema não é advogar as teses de tratamento igualitário para todos os Seres Humanos,porque isto se nos afigura uma obrigação ética,moral e jurÃdica e natural.O problema reside quando isto é feito como forma de manipulação polÃtica,como por aqui se vê.Que Deus nos ilumine a todos e um abraço fraterno em agnósticos e ateus!
O termo ridÃculo desqualifica a pessoa e não contesta a ideia.Este espaço é uma iniciativa feliz deste jornal,para troca de ideias,com o objetivo de se colaborar ainda que modestamente para o debate nacional,e não de agressões pessoais,a falta daquelas não autoriza estas.Ademais, a minha forma de encerrar os comentários não fere nenhuma norma deste site e de nenhum outro civilizado.Deus!
Soa muito ridÃculo esse abraço fraterno em agnósticos e ateus. É aquele tal de "Jesus te ama"!! (Na verdade, eu não!!) que ouvimos quando não embarcamos em teses, cultos, etc de certa corrente religiosa. Trocar o disco é bom! Rsrs
O cidadanismo, pois é do que se trata, é mais liberal que realmente "esquerda". E esquerdismo, já dizia Lênin, é uma "doença infantil". No mais, o articulista está certo.
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